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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Atividade 1 - Questão para pesquisa

A primeira atividade pode ser realizada como uma atividade de pesquisa na WEB ou mesmo em textos de referência. O objetivo é familiarizar alunos com a busca de conceitos, que ajudem a delimitar o campo de estudo. Não pode pretender resolver o conceito em todas as suas especificidades, mas deve introduzir ideias que possam ser futuramente exploradas. A primeira questão é:

O QUE É CULTURA?

Conforme escrito no post que trata do curso, ele pode ser redigido como um verbete de dicionários, tendo o mínimo 2 páginas e no máximo 4.
A resposta deve ser postada por cada um nos "comentários", logo abaixo deste post. Assim fica registrado o dia e a hora. A data para postagem é até DIA 5 DE JUNHO.

Valor: 5 pontos.

104 comentários:

  1. Cultura de acordo com grandes autores tais como Schwanits, Lichtenberg, Leipzig, é poder, em regras de aplicação em fenômenos sociais. Denomina-se cultura compreensão da própria civilização, obtidas a partir de estudo. É a familiaridade com traços principais da historia de nossa civilização, com as grandes teorias da filosofia e da ciência, bem como com as formas linguísticas e as principais obras de arte, da música e da literatura. É também a flexibilidade e a boa forma da mente. Cultura é a capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas, sem produzir uma má impressão. Uma definição da enciclopédia Brockhaus é processo e resultado de uma formação intelectual do homem, em que ele, como ser cujos instintos não estão estabelecidos de modo fixo, alcança sua plena realização como ser humano, sua humanidade, ao confrontar-se com o mundo e com os conteúdos culturais. Educação, instrução e saber comportarem-se, é um objeto complexo, um ideal, um processo, um conjunto de conhecimentos e de capacidades e um estado de espírito. A realidade social, a cultura, jogo social cujo objetivo desse jogo é parecer culto. O resultado disso é a divisão dos homens em integrados e marginalizados, pois é somente por meio de uma nítida delimitação que um grupo consegue formar o perfil a partir do qual reconhece a sua identidade e os seus ideais. Isso faz com que os excluídos da cultura tenham o anseio de fazer parte dela. Na arte tudo é igualmente importante como na filosofia e na teoria política, sociedade, ética, vida boa, natureza, ciências naturais e pelo espírito da época só é interessante como teoria do conhecimento. Somente a escrita liberta a linguagem da situação concreta e a torna independente do contexto imediato. Aquilo que se mantém idêntico nessa transformação recebe o nome de sentido. Somente a conversão da linguagem falada em escrita torna palpável a categoria sentido, o sentido é equiparado à escrita. Textos escritos devem ser estruturados a partir de temas. Somente a escrita permite estruturar o sentido, a organização linear da sequência sujeito-verbo-predicado. Só mantêm o habito da leitura e da escrita aqueles em cujas famílias ele é considerado obvio e necessário. A leitura deixa de constituir um esforço para tornar-se puro prazer. Habituados a leitura, que sempre absorvem novas informações e já estão acostumadas a estruturar melhor seus pensamentos, pautando-se pela escrita. Ao contrario logo são relegados para segundo plano em sua profissão. Como não desconfiam de que sua abstinência de leitura e sua hostilidade aos textos também afetaram o estilo de sua comunicação, não entendem por que suas experiências são tão pouco reconhecidas, e aos poucos passam a interpretar toda tentativa alheia de desenvolver um pensamento complexo e expressá-lo de forma adequada como um ataque á sua auto-estima. Portanto, quem não gosta de ler deveria refletir se não valeria à pena vencer essa falta de vontade, pois, caso contrário, não terá acesso aos caldeirões da cultura, bem como a remunerações melhores. Quem ainda não adquiriu o habito da leitura deve exercitá-lo. Essas pessoas deveriam encarar esse treino como uma espécie de exercício para manter a mente em forma. Ate que tenhamos adquirido habito. Os livros toneladas de sabedoria são a medida de sua ignorância. A vida interior do livro, em relação a um livro devemos primeiro conhecê-lo. Na seção de sociologia, encontraremos nomes como Luhmann, Parsons, Simmel, Weber. Primeiramente deveriam ler um clássico recente de sua especialidade e estudá-lo a fundo, de modo que possam entender bem seus conceitos. O suplemento cultural e os jornais que se preze há uma seção dedicada á cultura, o chamado folhetim, originalmente destinava-se apenas a critica do teatro. Nesse meio tempo passou a incluir tudo o que se relacionasse a mídia, etc. Não devemos acreditar piamente nos folhetim sem dirigir-lhes um olhar crítico.

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  2. Considerando a definição antropológica, Cultura é um conjunto de normas de comportamento de cada sociedade, iniciadas com o intuito de adaptação ao embasamento biológico e ambietal de um grupo de indivíduos, transmitido hereditariamente e aperfeiçoado de acordo com questionamentos dos próprios valores e pricipalmente por fenômenos culturais como revoluções, contatos com outras culturas e aculturação. É o conjunto de comportamentos definidos pela forma como é tratado o matrimônio, a sexualidade, o trabalho, a religião, a educação, o status social, etc. Em determinados aspectos a cultura também pode ser compreendida como algo necessário para se avançar no meio social em que se vive, seria uma espécie de jogo teatral entre os membros da sociedade, composto por regras específicas onde quem desobedece é excluído, e quem melhor se adpta às regras é tido como superior por outros membros do meio social, porém definir o termo cultura desta maneira é obviamente uma fuga do conceito antropológico da mesma, ao passo que o indivíduo que mesmo se encaixando na sociedade e obedecendo a certos padrões, mas não conseguisse se adptar as regras do que é chamado de "boas maneiras" para se portar perante a outros, ou não possui conhecimento sobre outros aspectos culturais como a arte clássica, literatura e a música erudita, seria dito por um ser sem cultura. Porém, uma definição de cultura mais realista e abrangente seria a de que Cultura é aquilo que forma homem, é compreensão do próprio ser e a compreensão dos outros que vivem a volta, a identidade de uma sociedade e também o que separa o homem do animalesco, ao passo que ao incorporar a cultura como sua forma de viver, o ser humano abriu mão de certas caracteríticas próprias dos animais como o instinto. Tudo o que um ser humano é, pode ser determinado pela cultura: a maneira como trata os membros de sua família, a maneira como fala, como anda, como come e até mesmo como sorri, tudo isso através do aprendizado e observação de outros membros da sociedade em que o indivíduo nasceu. As únicas coisas que um humano nasce sabendo são as mais básicas: a respiração, necessidades fisiológicas, o ato de mamar. Abslutamente todo o resto é formado pela cultura. Até mesmo certos instintos tido como comuns a todos os seres humanos podem ser determinados pela cultura, o instinto sexual por exemplo: há muitos casos conhecidos de pessoas criadas em contextos puritanos, que desconheciam completamente como agir em relação aos membros de outro sexo, ou instinto materno : o infanticídio é muito comum entre variados grupos humanos como os índios Tapirapé que por crenças religiosas as mães eram obrigadas a matarem todos os filhos após o terceiro, não criando nenhum tipo de remorso entre as praticantes de tal ato. Também pode ser considerado cultura, a lente pela qual o indivíduo enxerga o mundo, incorporando o etnocentrismo, separa-se o natural do exótico, ou numa maneira mais errônea de se considerar, comportamentos "certos" e comportamentos "errados", também se diferencia pela cultura o padrão de beleza, o grau de agradabilidade de fatores como: música, comida, arquitetura, vestimentas, aromas, etc. Outro sentido muito relevante do termo, seria o de cultura como o "habitat natural do homem". Um animal deve se adaptar ao ecossistema que vive, ou não sobreviverá, assim como um homem deve se adaptar ao meio cultural em que vive, caso contrário será marginalizado ou em casos mais graves punido. Existem muitas variantes de definição, e sendo um tema tão abrangente a definição de cultura tem sido tema de debate por séculos. Esse processo acumulativo de aprendizado, formação da mente e do pensamento, criador de regras para um bem convívio entre muitos indivíduos, pode ter seu significado básico definido em um verbete de dicionário, porém sua concepção completa é tão complexa, que abrange enciclopédias.

    Ramon Paulino de Castro.

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    Respostas
    1. O que é cultura
      Por Lucas Silva de Paula
      O que é cultura? Essa é uma pergunta com muitas respostas.
      Cultura pode ser um fenômeno social em que indivíduos são marginalizados e outros integrados, cultura é a compreensão da própria civilização, cultura é a familiaridade com os traços principais da historia de nossa civilização com as grandes teorias da filosofia e da ciência, formas linguísticas, as obras de arte, musicas e literatura.
      Cultura pode ser a capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas; cultura é portanto um objeto complexo, um ideal, um conjunto de conhecimentos e de capacidades e um estado de espirito; se considerarmos a realidade social, veremos que cultura não é apenas um ideal, um estado, mas também um jogo social, seu objetivo é simples: parecer culto.
      Esse jogo social é caracterizado por elevadas expectativas e expectativas de expectativas em relação ao saber cultural dos outros participantes, o resultado é que na cultura, assim como no amor, as expectativas são irreais já que não podem ser comprovadas.
      Além das diversas definições de cultura, temos as suas diversas áreas, como a Cultura erudita é a produção academica centrada no sistema educacional, sobretudo na universidade. Trata-se de uma cultura produzida por uma minoria de intelectuais das mais diversas especialidades, e geralmente saídos dos segmentos superiores da classe média e da classe alta. A cultura erudita está ligada à elite, ou seja, está subordinada ao capital pelo fator de viabilizar esta cultura. Esta exige estudo, pesquisa para se obter o conhecimento, portanto não é viável a uma maioria, e sim a uma classe social que por sua vez possui condições para investir nesses aspectos e em fim obter o conhecimento.É uma cultura em que a sociedade valoriza como superior ou dominante. No entanto em termos sociológicos existem grupos sociais que mantêm entre si relações de dominação e de subordinação, Cultura como sistemas de normas A cultura é normativa. Isso quer dizer que ela estabelece quais são as formas de conduta adequadas e quais as inadequadas, sendo que a aprovação e a punição variam de acordo com a importância ou a gravidade do ato praticado.
      As funções da cultura são:
      • satisfazer as necessidades humanas;
      • limitar normativamente essas necessidades;
      • implica em alguma forma de violação da condição natural do homem. Por exemplo: paletó e gravata são incompatíveis com clima quente; privar-se de boa alimentação em prol da ostentação de um símbolo de prestígio, como um automóvel; pressão social para que tanto homens quanto mulheres atinjam o ideal de beleza física.
      O que é belo numa sociedade poderá ser feio em outro contexto cultural.
      Já o conceito de cultura de massa pode ser definido como padrões compartilhados pela maioria dos indivíduos, independente da renda, instrução, ocupação etc.
      Cultura de massa é produto da indústria cultural, tipicamente de sociedades capitalistas; refere-se aspectos superficiais de lazer, gosto artístico e vestuário.
      A indústria cultural está sempre “fabricando” modas e gostos, a cultura de massa só é viável em razão da invenção da comunicação em massa.

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  3. Monique Alves Oliveira
    A definição do termo “Cultura” é muito ampla. Ao longo da história o conceito foi se modificando, e ganhado mais características e significados. Pode-se referir ao termo, por exemplo, destacando as várias práticas sociais que um determinado grupo cumpre entre gerações, como seus costumes e suas crenças. Porém, ao mesmo tempo pode se referir ao conjunto de ideias e saberes de determinados grupos, como produção intelectual de arte, música, cinema, etc.
    José Luiz dos Santos, divide o conceito de Cultura em duas concepções. “A primeira dessas concepções preocupa-se com todos os aspectos de uma realidade social. Assim, cultura diz respeito a tudo aquilo que caracteriza a existência social de um povo ou nação, ou então de grupos no interior de uma sociedade.” Ou seja, ela é caracterizada pelos aspectos gerais de uma sociedade. Já a segunda concepção refere-se “ao conhecimento, às ideias e crenças, assim como às maneiras como eles existem na vida social.” (SANTOS, 1987, P. 23-24). Portanto, é um olhar que prioriza o conhecimento e suas dimensões associadas vistas como uma parte da vida social. É importante destacar que essa segunda concepção não se distingue da primeira, o que modifica é a forma de olhar para a cultura, afinal uma se encontra dentro da outra.
    Dietrich Schwanitz elenca diversos significados para o conceito de Cultura, dentre eles, podemos citar: 1) Compreensão da própria civilização; 2) Conjunto dos conhecimentos; 3) Familiaridade com os traços principais da história de nossa civilização, com as grandes teorias da filosofia e da ciência, bem como com as formas linguísticas e as principais obras de arte, da musica, e da literatura; 4) Flexibilidade de boa forma da mente; 5) Capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas, sem produzir uma impressão desagradável. Resumidamente, para Schwanitz, cultura é “um ideal, um processo, um conjunto de conhecimentos e de capacidades e um estado de espírito” (Schwanitz, 2007, P. 361-362). Devemos salientar que essa profusão semântica pode prejudicar na utilização do conceito de cultura enquanto categoria explicativa da realidade.
    Segundo o Dicionário de Conceitos Históricos,“(...) à palavra cultura é aquela que a define como produção artística e intelectual. Assim, podemos falar de cultura erudita, cultura popular, cultural de massa etc., todas expressões que designam conceitos específicos para a produção intelectual de determinados grupos sociais.” (SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique; 2009, P. 88)
    As outras definições que o dicionário apresenta, corroboram as definições acima citadas, principalmente, a de cultura como conjunto de conhecimentos acumulados historicamente. A produção intelectual formada por determinados grupos sociais, é outra visão que o dicionário sugere, estabelecendo características peculiares a cada grupo, formando assim a definição de Cultura de Massa, Cultura Popular, Alta Cultura e Cultura Erudita. Sobre essa divisão cultural é importante lembrar como as relações econômicas, em uma sociedade capitalista, interferem na definição do que é cultura. Neste aspecto a “Escola de Frankfurt”, fundada em 1923, trouxe contribuições importantes para este estudo, como a cunhagem do conceito de “Indústria Cultural”.
    Por fim, o conceito de cultura não deve ser utilizado para fragmentar, excluir, e principalmente para hierarquizar. Pelo contrário, o conceito deve servir de ferramenta para que o indivíduo se compreenda, se encontre no seu meio social, identifique seus valores e os relacione com a coletividade de maneira horizontal.
    Referências Bibliográficas:
    ADORNO, Theodor W. Indústria Cultural e Sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
    SANTOS, José Luiz dos. O que é Cultura. São Paulo: Ed. Brasiliense, Col. Primeiros Passos, 1987.
    SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos Históricos. São Paulo: Contexto, 2009.
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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  4. Marcos Carvalho Oliveira

    Cultura vem de o termo cultivar. Inclui a arte, o conhecimento, as leis, as crenças, os costumes, a moral e todos os hábitos e aptidões, q foram adquiridos pelas sociedades e suas famílias em particular cada membro dela.
    Contida em cada país, ela é influenciada por muitos fatores. A disposição e a alegria marca a cultura brasileira, refletindo na música, o samba, por exemplo, faz parte da nossa cultura.
    O conceito de cultura segundo o campo das ciências sócias tem muitas definições, mas foi o antropólogo inglês Edward Burnett Tylor, nos parágrafos iniciais de Primitive Culture (1871; A cultura primitiva) oferecer pela primeira vez uma definição formal e explícita do conceito: "Cultura ... é o complexo no qual estão incluídos conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e quaisquer outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade." Outros antropólogos descreviam a cultura de forma diferente, porém parecidas, Melville Jean Herskovits descreveu a cultura como a parte do ambiente feita pelo homem; Ralph Linton, como a herança cultural, e Robert Harry Lowie, como o conjunto da tradição social. No século XX, o antropólogo e biólogo social inglês Ashley Montagu a definiu como o modo particular como as pessoas se adaptam a seu ambiente. Dessa forma, o modo de vida de um povo, seus ambientes de vivências, seus territórios comuns criados na forma de instituições, idéias, linguagens, serviços, instrumentos e sentimentos, tudo isso é cultura.
    A cultura tem uma característica bem interessante, existe um mecanismo adaptativo onde os indivíduos se adaptam com as mudanças de hábitos. Também tem um poder de acumulação, as culturas sobrevivem de gerações em gerações sem perder suas forças, ou perdendo lentamente, mas também tem o poder de incorporar, ficando mais forte e assim procurando melhorar as vidas das novas gerações.
    A cultura é um conceito que nunca vai desaparecer, pois ela esta sempre se renovando e esta sempre em desenvolvimento, com o passar do tempo ela é influenciada pelas novas gerações, com suas maneiras diferentes de pensar e agir.
    Segundo Dietrich Schwanitz em “Cultura – Tudo que se deve saber” é “a familiaridade com os traços principais da história da nossa civilização, com as grandes teorias da filosofia e da ciência, bem como com as formas linguísticas e as principais obras de arte, da música e da literatura”. Ele também caracteriza a cultura como “a capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas sem produzir uma impressão desagradável, está voltada ao ideal de formação geral da personalidade, em contraposição a formação profissional e prática dos especialistas”.
    Conforme dados os conceitos tiro a conclusão que é fundamental o estudo das ciências sociais e a expansão desse conhecimento para a evolução da humanidade, permitindo uma maior compreensão do ser humano como agente modificador e modificado em relação ao mundo em que vive.


    Referencias Bibliográficas:
    ADORNO, Theodor W. Indústria Cultural e Sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002. Santos, José Luiz dos. O que é Cultura. São Paulo: Ed. Brasiliense, Col. Primeiros Passos, 1987.
    Dietrich Schwanitz em “Cultura – Tudo que se deve saber”.
    Edward Burnett Tylor, Primitive Culture (1871; A cultura primitiva).

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  5. Francklin Batista Pedro

    Partindo da máxima antropológica que afirma que “o homem só se torna homem quando pode transmitir conhecimento, crença, lei, moral, etc.” e a de que “sem homens não haveria cultura e sem cultura não haveria homens”, Geertz assim definiu em A Interpretação das Culturas, este conceito tão complexo, cuja primeira definição já havia sido feita por Tylor, em Primitive Culture (1871). Neste mesmo caminho onde o homem é agente passivo a ativo de cultura, e a recíproca se faz verdadeira, podemos a denominar também como símbolos- matrimônio, línguas, representações artísticas, padrões estéticos e religiosos. Desenhando esse paradigma, é perceptível que cada grupo étnico tenha sua “cultura”. Prova disso são as formas de enxergar o suicídio pela cultura japonesa e pela cultura da igreja católica- em uma, um ato heroico como forma de sanar dívidas e limpar o nome da família, e em outra, a crítica e a confirmação de pequenez espiritual.
    Ampliando todos estes conceitos, temos também o lado cognitivo e transformador da cultura. Como no exemplo do filme alemão Kaspar Hauser, onde o personagem, que viveu preso numa torre, isolado do mundo e de todos por muitos anos, ao se deparar e ser confrontado com uma cultura completamente nova passa por um processo de inicialização da mesma, sendo testado a todo o momento, desde como andar até mesmo entender todo o mistério religioso, matrimonial, político e a lógica da época. E que ao fim do filme, não se “adaptando” bem a ela, é morto e estudado para se tentar definir o que se passava em sua mente, já que não pôde absorver e agir de acordo com o que “pregava” aquela cultura. Retomando assim a ideia de que a cultura é um agente passivo ou ativo do homem. Neste caso, a nova cultura atuou como agente de integração e exclusão do personagem, o inserindo naquele meio que o excluiu e o matou posteriormente, pela não adaptação de Kaspar áquele regime ideológico.
    Etimologicamente, “instrução; educação; saber; desenvolvimento das potencialidades do ser humano, através de técnicas específicas; aplicação de engenho humano a um determinado estudo” também se caracterizam como cultura. Provando ser um agente e objeto de transformação, deve ser valorizada como construção de um povo ao longo dos tempos e máquina pela qual se opera as correntes populacionais e existenciais desse tempo.
    Referências Bibliográficas:
    0 que é cultura / José Luiz dos Santos. São Paulo : Brasiliense, 2006. - - (Coleção primeiros passos ; 110).
    Enciclopédia Universal Brasileira 4- Página 1060.
    Laraia, Roque de Barros, 1932- Cultura: um conceito antropológico 14.ed. — Rio de Janeiro: Jorge"Zahar Ed., 2001.
    Geertz, Clifford, 1926-
    A interpretação das culturas / Clifford Geertz. - l.ed. - Rio de Janeiro :
    LTC, 2008.323p.
    MELANDER FILHO, Eduardo. A Cultura Segundo Edward B. Tylor e Franz Boas. Gazeta de Interlagos, São Paulo, 13 mar 2009 a 26 mar 2009. História, p. 2.

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  6. Vitor Nogueira Dias
    A cultura refere-se ao depósito acumulativo de conhecimento, experiências, valores, significados, hierarquias, religiões, noções de tempo, papéis, relações espaciais, conceitos do universo e objetos materiais e possessões adquiridas por um grupo de pessoas ao longo de gerações através de conquistas grupais ou individuais. Trata-se de um sistema de saberes compartilhado por um grupo relativamente grande de pessoas, e é o sentido mais amplo de comportamento cultivado, que representa a totalidade do aprendizado de uma pessoa através de experiências acumuladas que foram socialmente transmitidas, ou mais brevemente, condutas obtidas através do convívio e aprendizado social.
    Cultura é a maneira de viver de um grupo de pessoas – os comportamentos, atitudes, estimas, símbolos aderidos por ele; geralmente são tomados de maneira automática e natural, sem que se pense neles como um todo, e que são transmitidos pela comunicação e imitação de uma geração para a outra. É um aspecto genuíno da comunicação simbólica. Alguns desses símbolos incluem as aptidões de um povo, conhecimentos, hábitos, rituais e motivações. O significado de tais símbolos é aprendido e deliberadamente perpetuado em uma sociedade por meio de suas instituições.
    O processo cultural baseia-se em padrões, explícitos ou implícitos, de conhecimentos adquiridos e passados através de “emblemas culturais”, constituindo, assim, a realização distintiva de grupos humanos, incluindo sua gama de artefatos. Porém, a essência da cultura encontra-se em suas ideias e concepções, essencialmente seus valores agregados. Sistemas culturais podem, em contrapartida, ser considerados produtos da ação, que por sua vez, é considerada influência condicionante sobre outra ação.
    Em sumo, valores culturais podem ser classificados como a programação coletiva de mentes que distingue um grupo de outro, tornando evidentes as características de tudo que é alheio àquilo rotulado como ordinário dentro de uma comunidade.
    Diferenças culturais manifestam-se de maneiras distintas e níveis diferentes de profundidade. Os símbolos representam o aspecto mais superficial e os valores as mais profundas manifestações de cultura – com heróis e rituais inseridos.
    Os símbolos são palavras, gestos, fotografias ou objetivos que carregam um significado particular que é somente reconhecido por aqueles que compartilham uma cultural específica. Novos símbolos facilmente se desenvolvem, assim como velhos constantemente podem desaparecer. Símbolos de um grupo em especial podem ser copiados por outros – assim, representando a camada mais exposta e primária da cultural.
    Heróis e pessoas, do passado ou presente, reais ou inventivos, que possuem características absolutamente louváveis em uma cultura, podem servir de modelo comportamental dentro da mesma comunidade.
    Os rituais são atividades coletivas, às vezes supérfluas em alcançar objetivos desejados, porém considerados socialmente essenciais. Portanto são, muitas vezes prestados por força do hábito, ou de maneira enraizada culturalmente, como cumprimentos, dar os pêsames, cerimônias religiosas ou culturais, etc.
    A parte mais central da cultura é formada pelos valores. Esses são tendências abrangentes de preferências de certa peculiaridade a outros assuntos (bem/mal, certo/errado, normal/anormal). Muitos valores mantêm-se inconscientes àqueles que os carregam; e portanto podem não ser usualmente discutidos ou diretamente observados por outros. Valores somente podem ser inferidos da perspectiva de quando as pessoas agem sob diferentes circunstâncias.
    Símbolos, heróis e rituais são os aspectos tangíveis e visuais da prática da cultura. O verdadeiro significado cultural da prática é metafísico, e é somente revelado quando a prática é executada por nativos dela.

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  8. Quando se fala em cultura pode-se estabelecer uma série de conceitos e enfoques diferentes. É uma tarefa complicada definir seu significado e delicado construir um conceito. Neste texto, há que se delimitar o conceito de cultura pautado pelo aspecto erudito desta palavra, visando dois aspectos distintos, o objeto estudado e o fenômeno social a este relacionado.
    Quanto ao objeto, cultura nesse aspecto se refere à produção intelectual com dado nível de sofisticação ao qual os membros de dado grupo social os quais detêm o poder de decisão sobre o que se pode considerar culto, ou seja, parte da escolha se dá ao nível de elaboração de certa expressão do intelecto humano, já outra é dada pelos próprios homens que analisam certo objeto. A cultura dita erudita leva como requisito a elaboração, esse aspecto é dado pela inovação da técnica alcançada por meio do aperfeiçoamento intelectual. Requer estudo para que o produto ou expressão humanos sejam caracterizado como cultura. Dentre esses objetos podemos nos ater aos clássicos exemplos de expressão cultural: música, literatura, teorias filosóficas, dentre outros.
    Por outro ângulo, percebe-se que a produção cultural se reflete no contexto social criando um novo código onde se entendem apenas os que o dominam. Este dito código cultural é um conjunto de regras em sua maioria implícitas, que não é reproduzido pelos membros de certo grupo social.
    Nesse contexto, este fato social que ocorre constantemente nas mais altas esferas da elite intelectual é citado como um jogo social. Este jogo se torna interessante e poderoso, vincula o conhecimento da época e se torna algo restrito para os que possuíam status sociais.
    Esse conjunto de regras é interessante e peculiar, se forma naturalmente ao longo da interação social pelo curso da história. Os membros de dado grupo social já devem estar a par desse código, o que lhe confere status de culto. Isso se torna um paradigma ao ponto que somente os cultos tem acesso a cultura e só se é culto uma vez que previamente já se saiba o que é ser culto ou como se portar para que lhe confiram o rótulo social de cultura. Para tanto vamos definir o que é ser culto nesse dado aspecto: para ser considerado deve ser aceito pelo grupo social através de um diálogo sustentável em se tratando de temas considerados cultura.
    Entretanto, sabe-se que os homens não sabem sobre todos os assuntos, além deste fato existe o risco natural de ser excluído do grupo social a que se encontra e por fim, se configura numa dada regra do jogo da cultura não deixar transparecer a falta de conhecimento, dessa maneira, não raro, ocorre uma espécie de camuflagem do que não se sabe. Através de subterfúgios e manobras estratégicas durante o diálogo, os cultos deixam transparecer um conhecimento superior do que realmente tem, por vezes confundindo os outros participantes da conversa ou mudando o rumo do diálogo. Isso se deve ás expectativas de que todos saibam de tudo que se trata no tema em pauta, pois o que é tratado neste contexto é cultura e para que seja considerado culto deve-se saber do assunto ou ao menos não demonstrar a falta de conhecimento causando desagrado aos demais. Como em qualquer outro contexto social, refletem em sansões, as infrações ás regras ocultas da cultura, seja o descrédito daquele que comete a falta, seja a completa exclusão do indivíduo. Ainda nessa contexto, todo esse meio de obscurecer as regras da cultura se deve ao caráter dogmático e irracional da cultura, pois não existe fundamentos para sua ocorrência.
    Logo, cultura são leis de convívio social para o diálogo com outras pessoas cultas com a finalidade de evitar indisposições durante conversas sobre temas gerais da produção intelectual de obras com grau de elaboração e sofisticação elevados dentre os quais agrade mais os que detenham o crédito para decidir aquilo que deve ser considerado cultura ou não.
    Referências Bibliográficas:
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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  9. Atividade 1 – O que é Cultura?
    Aluna: Luísa Bertini Gonzaga
    Cultura pode designar significados diferentes, com isso, uma simples pergunta indaga várias respostas. Indo para o lado cultural, pode-se dizer que cultura é a expressão de um povo, que se passa de geração em geração. E ela varia dependendo da localização, como a cultura dos esquimós e a dos beduínos no deserto do Saara. Porém, há outro significado para essa palavra. Quando ouvimos que tais pessoas são cultas, quer dizer que elas possuem um vasto conhecimento, podendo ser pelas artes, línguas, política e entre os mais variados assuntos. É a parte intelectual do homem que foi desenvolvida para que ele tenha uma realização como ser humano.
    Essa bagagem de aprendizado determina, em grande parte, na personalidade, jeito de se expressar, modo de vida da pessoa. Já que terá um ponto de vista diferente sobre a vida e questões sociais do que as outras pessoas mais leigas. Pode se notar isso no texto de Dietrich Schwanitz, Cultura Geral – Tudo o que se deve saber, quando no capítulo V o autor imagina um casal que planejam se casar, mas tomam rumos divergentes na vida que os tornaram diferentes: “Sabine modificou-se ao ter uma visão dos pressupostos da comunicação e dos sistemas simbólicos da cultura”. Enquanto, “(...) Torsten lhe parece um homem de Neandertal.”.
    As pessoas quando vão conversar sobre um determinado assunto, possuem esperança de que as outras tenham algum conhecimento sobre o tema. Porém, nem sempre isso ocorre, o que apavora ainda mais os leigos. Não é obrigatoriamente necessário que todos saibam sobre tudo, o que seria praticamente impossível, mas é imprescritível que todos tenham o mínimo de conhecimento geral para que uma determinada conversa flua. Citando novamente o livro do autor Dietrich Schwanitz, uma conversa culta não é uma troca de informações, e sim, dialogar. E que nunca se deve testar a cultura do próximo. Além de que, se uma pessoa já foi capacitada, culturalmente falando, porém hoje não é mais, ela ainda continua sendo culta, pois quem já foi culto um dia também é culto, já que “a capacidade de recordar o que foi esquecido, permanece intacta”.
    A cultura esta ligada ao mundo da escrita, ou seja, os meios de comunicação, como a televisão, não possuem a capacidade de transmitir a mesma mensagem para todos, como acontece nos livros com a escrita. Pois com a imagem, possuem gestos, tons de vozes, que ao representa-lo para outrem, o sentido fica modificado. Para exemplificar, em algumas religiões, a cultura é representada nas Sagradas escrituras – apesar de que a cultura sempre estará em desenvolvimento- que as mesmas possuem a escrita como fundamento, e não imagens.

    Referências Bibliográficas:
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
    http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=cultura

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  10. Sylvana Fernandes Ferreira

    Em conversa com um amigo que não possui formação acadêmica, perguntado sobre o que é cultura, ele fez alguns apontamentos que nos remete ao significado mais usual daquilo que popularmente denominamos cultura – nível de conhecimentos, instrução, erudição, o gosto de uma pessoa ou grupo social.
    O termo cultura, segundo o Minidicionário Houaiss (2004), pode estar ligado ao cultivo da terra e à criação de animais; relaciona-se também ao “(...) conjunto de comportamentos, crenças, padrões, costumes, atividades etc. de um grupo social (...)” (p. 204); também está relacionado ao nível de conhecimentos, tradições, valores ou etapa de evolução de um lugar ou de um povo.
    Para o Dicionário de Sociologia (virtual), cultura é a “Forma comum e aprendia da vida, que compartilham os membros de uma sociedade, e que consta da totalidade dos instrumentos, técnicas, instituições, atitudes, crenças e motivações e sistemas de valores que um grupo conhece.”
    Segundo o sociólogo Roberto da Matta, no texto “Você tem cultura?” (1981), “Cultura é, em Antropologia Social e Sociologia, um mapa, um receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam estudam e modificam o mundo e a si mesmas.” Afirma que esse código é capaz de “unir” pessoas com interesses e capacidades diversas, fazendo com que estas formem um grupo social.
    Por meio de uma pesquisa superficial, podemos afirmar que existem diferentes formas de conceituar o termo cultura. De acordo com Laraia (2006), foi Tylor quem definiu pela primeira vez o termo da forma que o entendemos hoje, afirmando que este é composto de um todo complexo que envolve conhecimentos, artes, crenças, leis, moral, hábitos e costumes, passível de ser ensinado e aprendido. Em Laraia (2006) encontramos também que “O homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado” (p. 45). Portanto, nossos conhecimentos, crenças, hábitos, formas de pensar e agir estão fortemente ligadas a um “processo acumulativo”, passado de geração para geração.
    Sabe-se também que os dados de uma cultura não são diretamente internalizados por uma pessoa ou um grupo, de uma forma direta, como se fosse uma esponja a absorver tudo que é líquido a sua volta. O ser humano é dotado de uma capacidade de, ao mesmo tempo em que ele está envolvido em uma cultura, em um código, ele também integra a ele dados ligados à sua subjetividade, àquilo que o humano produz, de sua individualidade, de sua experiência, agregando novos dados, revendo crenças, valores, hábitos e, por vezes, subvertendo as regras e normas sociais, impostas pelo grupo dominante de uma determinada cultura. É, ao mesmo tempo, construto e construtor da cultura a qual pertence.

    Referências:
    DA MATTA, Roberto. Você tem cultura? Disponível em: http://www.arq.uffs.br/urbanismoV/artigos/artigos_mr.html.
    Dicionário de Sociologia. Disponível em: http://chafic.com.br/chafic/moodle/file.php/1/Biblioteca_Virtual/Temas_educacionais/Dicionario_de_Sociologia.pdf. Acesso em: 21 mai. 13.
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura – um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
    Minidicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Instituto Antônio Houaiss (Org.). Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

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  11. Wallace Silva Candido

    A palavra cultura, que vem do latim colere (que significa colher), carrega em si um conceito de variadas acepções e que teve seu significado construído e modificado ao longo da história. Refere-se basicamente ao conjunto de costumes e ideais de um dado povo, tais como música, arte e cinema, bem como suas práticas e ritos sociais.
    De acordo com o antropólogo inglês E.B. Taylor, cultura se resume a “Um todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade” (TYLOR; 1871), definindo o termo como “todo comportamento humano aprendido, independente de uma herança genética”, ou seja, cultura é tudo aquilo que é adquirido pelo indivíduo enquanto parte de uma sociedade.
    O termo cultura, segundo Roberto da Matta, é erroneamente utilizado como sinônimo de inteligência, sabedoria e educação, afirmando-se que certa pessoa é mais culta que outra ou que um indivíduo possui menos cultura que seu semelhante. De acordo com da Matta “Cultura aqui é equivalente a volume de leituras, a controle de informações, a títulos universitários e chega até mesmo a ser confundido com inteligência, como se a habilidade para realizar certas operações mentais e lógicas (que definem de fato a inteligência), fosse algo a ser medido ou arbitrado pelo número de livros que uma pessoa leu as línguas que pode falar, ou aos quadros e pintores que pode, de memória, enumerar. [...]”(da MATTA; 1981, P. 1). Tal conceito é aplicado de forma inadequada por parte da sociedade, pois como já citado, a cultura é tudo aquilo que se absorve em um determinado grupo, logo não existe cultura enquanto termo quantitativo, não se pode medir o quão culta uma pessoa é, mas sim determinar aspectos que tornam um grupo diferente do outro, que o torna particularmente exclusivo. Não podemos, por exemplo, dizer que os indivíduos de uma tribo indígena não possuem cultura por nunca terem lido um livro, assistido a um filme ou não ter visitado uma exposição de quadros. Sua cultura está ligada a tudo o que um indivíduo daquele grupo absorveu no decorrer de sua vida.
    Roque de Barros Laraia cita em seu livro Cultura: um conceito antropológico um trecho que Ruth Benedict escreveu em seu livro O crisântemo e a espada, onde se diz “que a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Homens de culturas diferentes usam lentes diversas e, portanto, têm visões desencontradas das coisas.” Aqui nota-se que mais um sentido é atribuído à palavra cultura, que segundo Laraia serve como padrão para um indivíduo no momento que este se depara com uma cultura que não a sua. Ainda de acordo com o autor, “O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. [...]” (LARAIA; 1932, P. 38), daí nasce então o etnocentrismo, que o autor diz ser um fato universal e que comumente leva à crença de que uma determinada sociedade é o centro de toda humanidade, se não sua única expressão, além de fazê-la seguir um sistema lógico, próprio e dinâmico.
    Conclui-se então que a cultura apesar de ser um termo de uma amplitude tremenda, há o senso comum e universal de que é impossível a existência de um indivíduo sem cultura, já que não há como nascer e permanecer fora de um contexto social. Valendo a pena também enfatizar a importância de se respeitar as diferenças e a diversidade cultural, bem como suas mudanças.

    Referências bibliográficas:
    TAYLOR, Edward Burnett. Primitive Culture(A Cultura primitiva).
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 1986.
    da Matta, Roberto. Você tem cultura? Rio de Janeiro: Jornal da Embratel, 1981.
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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  12. LUIZ FILIPE DA SILVA OLIVEIRA
    O que é Cultura?
    A palavra cultura vem do verbo colere que traduzido do Latim seria algo como “cultivar”. O significado da palavra tomou o caráter clássico quando certos pensadores adotaram o seu uso para referenciar todo o conhecimento obtido e que deveria estes ser cultivado. Esse conceito estende-se até hoje e domina o pensamento das elites econômicas e políticas. No seu conceito erudito acredita-se que só é obtentor de cultura aquele que tem apreço pelos diversos tipos de Artes como a pintura, música, a escultura, a literatura e tem certo conhecimento científico de modo que possa dialogar tranquilamente a respeito dos assuntos acadêmicos. O autor Dietrich Schwanitz também defende a ideia de Cultura no seu sentido erudito quando nas suas diversas definições cita que, “Cultura é a familiaridade com traços principais da história de nossa civilização, com as grandes teorias da Filosofia e da Ciência, bem como as formas linguísticas e as principais obras de arte, da música e da Literatura” (Schwanitz, 2007, P. 361)
    Em contraponto à Cultura Erudita aparecem outras formalizações conceituais como as chamadas Culturas de Massas e Cultura Popular. A última surgiu como a marca de uma tentativa de rompimento da monopolização do pensamento erudito como única Cultura e tem por base a ideia de que Cultura nada mais é do que o senso comum, ou seja, está ligada as classes menos favorecidas, de forma que seja constituída de acordo com o modo de vida da população. A Cultura de Massa tem haver com o lado mercadológico, e também relacionado com a propagação de ideias com caráter ideológico com objetivo de vender sua mensagem. Certamente podemos dizer que a Cultura de Massa tem uma grande capacidade de interferência nos percursos das outras formas culturais por penetrar nas diversas camadas sociais através dos veículos de comunicações. A mídia além da propagação da Cultura de mercado, também vem diminuindo a as exclusividades de acesso da Cultura, ou seja, proporciona de certa forma, uma maior aproximação das diversas classes sociais com uma Cultura oposta a sua.
    Em contraposição, o conceito antropológico generaliza Cultura sendo tudo que o homem produz acerca de conhecimento, contradizendo a correntes ligadas alta classe do século XIX, período que o antropólogo Edward Taylor formulou esse conceito (Tylor, Primitive Culture, 1871)
    Embora haja divergências entre a forma de se interpretar, podemos dizer que a palavra Cultura representa riqueza, não só de definições, mas principalmente por que cada corrente afirma que Cultura é relacionada com o conhecimento a partir de um produto do ser humano, seja ele de intelecto, de erudição, de produção, de mercado, entre outros.
    Uma expressão que antes apenas exemplificava todo o conhecimento intelectual criou polaridade e hoje encontra-se nela uma representação de tudo o que natural a respeito de criação e comportamento da humanidade. Talvez por se interpretar com diversos sentidos essa palavra tenha de fato variados significados, afinal o que faz a palavra ter representatividade é a forma que ela é interpretada.
    Diante da complexidade enfrentada ao tentar definir Cultura vejo que talvez pela profundidade da palavra tenha-se nela espaço para o conceito antropológico, erudito, popular, mercadológico, entre outros e não podemos nesse caso restringir seus significados a uma só corrente.
    REFERÊNCIAS
    MATTELART, A.; NEVEU, É. (2004) Introdução aos estudos culturais. São Paulo: Parábola Editorial.
    SCHWANITZ, Dietrich. (2007) Cultura Geral - Tudo o que se deve saber. São Paulo: Marctins Fontes.
    SANTOS, José Luiz dos. (1987) O que é Cultura. São Paulo: Ed. Brasiliense, Col. Primeiros Passos.

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  14. Na atualidade a definição do conceito de cultura se tornou motivo de dificuldade devido ao fato desse termo ter a possibilidade de ser estudado de variadas perspectivas, sendo necessária a escolha de uma para que o conceito possa ser definido.
    A cultura é compreendida como um conjunto de ideias e valores, crenças e credos, trazendo conhecimentos que são herdados de gerações passadas que ao longo do tempo vão sendo acumulados com a as novas ideias e conceitos da modernidade. É importante que nossa memória fique cada vez mais enriquecida com as diversas formas que o ser humano encontrou de expressar sua maneira de pensar, fazendo assim um paralelo entre o passado e o presente que são unidos pela música, literatura, pintura e as diversas formas de arte. Portanto, chegamos à conclusão que a cultura não é uma constante e sim a adição ‘infinita’ de conhecimento.
    Ora, se todas as sociedades são dotadas de culturas diferentes, conhecer um pouco da arte de cada uma delas faz com que sejamos cultos adquirindo sempre um conhecimento menos superficial sobre os mesmos. Esse aspecto de cultura nos acrescenta como seres humanos, nos traz uma experiência de lidar e conhecer as diversas expressões encontradas em diferentes partes da nossa história e vindas dos lugares mais distantes do globo que de alguma forma são adicionadas com outras formas de pensamento.
    Segundo uma estudante de poesia no Cria, em Salvador, Nadia Barbosa Accioly: “A cultura abre os horizontes das pessoas, faz com que elas conheçam outros mundos, aprendam a se expressar e a reivindicar seus direitos”. Um músico do Projeto Charanga, em São Paulo, William da Silva Mota diz que “A ligação com a cultura me transformou em uma pessoa melhor, mais aberta aos problemas do mundo”. Vemos assim como é de extrema importância conhecer a variedade humanística que caracteriza nosso aprendizado.
    Não saber debater sobre determinado assunto que os indivíduos mais ‘importantes’ da sociedade conhecem não nos faz seres humanos sem cultura, se olharmos pelo ponto de vista antropológico. Analisando outra linha de pensamento para cultura, ela é todo o conhecimento que nos foi adquirido ao longo do tempo como dito, herdados de gerações passadas. Todavia, portanto, a adição de conhecimento ao nosso intelecto faz com que nos tornamos indivíduos cultos, faz com que tenhamos adquirido cultura a ponto de julgarmos alguém que não sabe de quem se trata Mozart, que não saiba criticar as falhas de Marx e sua corrente filosófica e não consegue questionar sobre a teoria populacional de Malthus e como a população mundial vem aumentando ao longo dos anos.
    Porém, apresentar uma bagagem cultural elevada é saber identificar as diferentes expressões culturais e analisar com uma crítica inteligente e construtiva os padrões sociais daquela determinada época para entender toda a grandiosidade de uma expressão artística.
    A cultura é tão importante para o ser humano que ele não consegue sobreviver sem ela. Protegida pelo artigo 216 da Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988 ela é essencial para a vida humana. É ela que nos acrescenta como seres capazes de raciocinar e compreender toda a diversidade existente. Ela nos caracteriza de acordo com nossos valores e como nós o expressamos. A cultura apresenta importante elo com a educação e todas as relações sociais sendo fundamental para o crescimento intelectual do ser humano. A constante adição de diferentes tipos culturais e expressões artísticas de cada época em nossa forma de analisar o mundo nos fazem mais interessantes e bem resolvidos. Conhecendo o passado tal como ele foi é viver o presente como ele está sendo hoje.
    Referências: Índice Fundamental do Direito,
    Constituição Federal - CF - 1988
    Título VIII
    Da Ordem Social
    Capítulo III
    Da Educação, da Cultura e do Desporto
    Seção II
    Da Cultura
    Instituto Votorantim – WEB http://www.institutovotorantim.org.br (Blog http://www.blogacesso.com.br)- Onda Jovem Arte e Cultura.pdf

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  15. A palavra ‘Culto’ no minidicionário Aurélio, possui dois verbetes:
    Culto¹ sm. 1. Adoração ou homenagem á divindade em qualquer de suas formas e em qualquer de suas formas e em qualquer religião. 2. Modo de exteriorizar o culto (1); ritual. 3. Veneração, preito.
    Culto² adj. Instruído, ilustrado.
    O segundo verbete é o que realmente nos interessa nesse momento. Por que empregamos a palavra “culta” para algumas pessoas e para outras não? Que tipo de conhecimento colossal o indivíduo deve possuir, para ter esse adjetivo?
    As perguntas são facilmente respondidas no livro: Cultura Geral; Tudo O Que Se Deve Saber, de Dietrich Schwanitz, a primeira definição que o autor traz dessa cultura é bem diferente do conceito antropológico:
    “Cultura é a capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas, sem produzir uma impressão desagradável; está voltada ao ideal de formação geral da personalidade, em contraposição á formação profissional e prática dos especialistas.”
    Essa definição nos passa uma visão bem superficial do que é realmente cultura e de forma bem irônica e divertida Schwanitz vai desenvolvendo a ideia de que ser culto é um jogo social que possui regras como qualquer outro jogo, porém as regras não são tão simples e ele até adverte dizendo que quem não cresceu dentro desse jogo pode ter dificuldades para jogar. Para entender e fazer parte desse jogo é necessário ter conhecimento sobre artes, literatura, música, teorias filosóficas e científicas, e ter consciência de que existe um cânone cultural, isso é, nomes famosos que aquele que está tentando adentrar nesse mundo culto não pode deixar de conhecer e o autor cita grandes nomes e obras e, brinca ao inventar um Credo:“Creio em Shakespeare, em Goethe e nas obras canônicas, reconhecidas no céu e na terra. Creio em Vincent van Gogh, o retratista dotado por Deus, que nasceu em Groot-Zundert, nas proximidades de Breda, amadureceu em Paris e Arles, travou amizade e inimizade com Gauguin, adoeceu, enlouqueceu e cometeu suicídio, subiu ao céu, onde se instalou à direita de Deus para julgar os cultos e os incultos. Creio na força da cultura, na vida eterna dos gênios, na santa igreja da arte, na comunhão dos eruditos, nos valores atemporais do humanismo, na eternidade, amém.”
    Porém, não é tão fácil assim ingressar no grupo “Cult”, sabemos bem que as camadas mais abastadas, as elites, tentam a todo o momento se apoderar dessa cultura dada como alto. No Brasil podemos usar a bossa-nova como exemplo dessa apropriação, as camadas mais populares basicamente só escutam essas músicas quando as telenovelas, que retratam a essa elite, colocam como trilha sonora, assim como ir a teatros e ver grandes espetáculos de ballet e ópera não são de fácil acesso popular a elite sabe monopolizar sua cultura, o fato da maior parcela da população não ter essa cultura não é só por conta da elite, cabe aos interessados em se tornarem cultos, conquistarem seu conhecimento, afinal cultura não é uma dádiva genética, André Malraux, escritor francês do século XX, tem em um de seus livros uma frase que se encaixa nesse contexto,"A cultura não se herda, conquista-se”.

    Bibliografia;
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
    MALRAUX, André - Oraisons funèbres‎ - Publicado por Gallimard, 1971
    FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, 1910 – 1989 Miniaurélio século XXI Escolar: O minidicionário da língua portuguesa/ 4° ed. Ver. Ampliada. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000

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    1. Camila Silva de Freitas

      Embora a cultura possa ser definida sobre vários conceitos e enfoques, ela sempre carregará dentro de si a ideia de transmissão de idéias e valores. Historicamente, a divisão entre a cultura erudita e a cultura popular inicia-se atribuindo o sentido comum de que a cultura erudita seria a cultura letrada e relembrando que a educação na antiguidade era um privilégio social. Como exemplos podemos citar os edubas da antiga Mesopotâmia, "somente os filhos das famílias mais abastadas frequentavam as aulas, visto que nem todos podiam abrir mão do trabalho dos seus filhos, ou arcar com os custos para mantê-los durante anos em regime integral de aprendizado. Os alunos eram os aprendizes de escriba e sacerdote e, quando formados, seriam destinados ao ofício religioso, ao magistério e as funções políticas e econômicas mais importantes. Na conquista da Grécia pelos Romanos, no século I a.C., professores e filósofos da Grécia foram levados para educar os filhos dos patrícios. Em pouco tempo os filhos da elite romana falavam também o grego, adicionando novos saberes aos já existentes e distanciando-se ainda mais do saber comum da plebe.
      Com o tempo e com a necessidade de se ter uma identidade de classe, sobre o enfoque erudito, a cultura passou a envolver não só o domínio da escrita como também a familiaridade com aspectos da arte, música, literatura, filosofia, ciência, aspectos históricos da nossa civilização e conhecimento pleno da língua com a qual o individuo se expressa e com outras línguas. É adquirida através do estudo e por isso acaba não sendo tão conhecido quanto a cultura popular e a de massa. Possui um caráter contemplativo. Pode ser definida como um conjunto de códigos e regras que permitem que um individuo consiga se expressar e participar de determinados meios. Uma das definições de Schwanitz para cultura seria "Capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas, sem produzir uma impressão desagradável." Para ele "cultura também é um fenômeno social, em que alguns individuos são integrados e outros marginalizados."
      José Luis dos Santos no livro "O que é Cultura." define cultura erudita como "A cultura dominante que desenvolveu universo proprio de legitimidade, expresso pela filosofia, pela ciência e pelo saber produzida e controlada em instituições da sociedade nacional, tais como a universidade, as academias e as ordens profissionais."
      A cultura erudita parte do pressuposto de que todos os participantes de uma conversa nesses níveis dominem os códigos, e que quando não dominam isso não fica explicito aos demais. Schwanitz define como "jogo social", e diz que "o objetivo desse jogo é simples, parecer culto, e não ao contrário".
      Nietzsche foi um grande critico a cultura de massa, chamado por ele de cultura moderna e diferenciava a cultura erudita da popular e de massa, pelo tempo - " a cultura diminui a cada dia porque a pressa torna-se maior" - , o lucro - "Nós temos aqui como o objetivo e finalidade da cultura a utilidade ou mais exatamente o lucro, o maior ganho possivel de dinheiro." - e o "egoísmo do Estado" que tende a usar a cultura para seus próprios fins, investindo dinheiro e obtendo lucros.
      Logo pode-se perceber que a cultura definia e ainda define o poder, pois em diferentes épocas quem possuia a cultura letrada assumia posições de comando. A separação de uma cultura dita como superior e as demais refletem essas relações de poder. Esse sistema de status, de alocação social, em função da incorporação de conhecimentos não ficou restrito aos primeiros tempos históricos, podendo ser observado em todas as épocas e partes do mundo, nas sociedades tradicionais ou modernas, orientais ou ocidentais.
      SANTOS, José Luiz dos O que é Cultura. São Paulo Ed. Brasiliense, Col. Primeiros Passos,1987.
      SCHWANITZ, Dietrich Cultura Geral Tudo o que se deve saber São Paulo: Martins Fontes, 2007.
      BRUNI, José CarlosO TEMPO DA CULTURA EM NIETZSCHE. Cienc Cult. vol.54 no.2 São Paulo Oct./Dec.2002

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  17. Aluno: Caio Ferreira de Meirelles

    'O que é Cultura?'

    Cultura é um termo muito amplo e o estudo deste não é uma ideia recente , sendo um assunto tratado durante séculos por vários autores que apresentavam suas interpretações sobre o que é cultura.
    Esse termo pode ser entendido, no sentido antropológico , como um conjunto de conhecimentos , crenças , moral , leis e até costumes. É o estudo para a compreensão da civilização (e até a compreensão de si mesmo) , da filosofia , das ciências , principais obras de arte , literatura e música. É uma lente para a visualização do mundo, portanto pessoas com culturas diferentes têm diferentes meios de ver o mundo à sua volta.
    O termo pode ser entendido como as práticas sociais que são passadas de geração em geração contidas em cada grupo social (tais como o matrimônio) , o acumulo de informações e experiências que , adequadamente manipuladas, podem gerar inovações e invenções. Segundo a enciclopédia Brockhaus cultura é “Processo e resultado de uma formação intelectual do homem , em que ele , como ser cujos instintos não estão estabelecidos de modo fixo , alcança sua plena realização como ser humano , sua ‘humanidade’ , ao confrontar-se com o mundo e especialmente com os conteúdos culturais.”
    Cultura é também um meio de adaptação ás comunidades humanas, sendo tudo aquilo que se deve saber para parecer aceitável dentro da sociedade. Segundo Dietrich Schwanitz um ser culto é aquele que consegue manter uma conversa com outras pessoas cultas sem causar uma má impressão. Ser culto não passa de um ‘jogo’ , que abrange em sua maioria a alta elite intelectual e também contendo regras que em sua maioria são implícitas. Este ‘jogo’ começa na interação social entre os participantes (cultos) e se trata normalmente de conhecimentos da época. Durante a interação , os participantes devem estar a par das regras , e, mesmo que a pessoa não saiba muito sobre o assunto tratado no momento (pois o homem não tem o conhecimento de tudo) , esse deve camuflar a sua falta de conhecimento e usar estratégias para poder manter a sua aparência como ser culto. Tendo como resultado desse jogo a divisão entre os homens integrados na cultura e os marginalizados (incultos).


    Referências:
    SCHWANITZ, Dietrich. (2007) Cultura Geral - Tudo o que se deve saber. São Paulo: Marctins Fontes.

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  18. Luís Eduardo Netto Fernandes

    A primeira definição de cultura foi estabelecida por Edward Tylor: “No final do século XVIII e no princípio do seguinte, o termo germânico Kultur era utilizado para simbolizar todos os aspectos espirituais de uma comunidade, enquanto a palavra francesa Civilization referia-se principalmente às realizações materiais de um povo. Ambos os termos foram sintetizados por Edward Tylor (1832-1917) no vocábulo inglês Culture, que tomado em seu amplo sentido etnográfico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”. Desde então, o termo cultura e seus diversos significados veio ao longo dos anos sofrendo alterações de acordo com cada pensador e tomando uma “forma”. Assim como o conceito de cultura é múltiplo, também é muito amplo o campo de estudiosos que tentam definir o termo. Ao contrário de Tylor, o antropólogo alemão Fraz Boas (1858-1942) tinha uma visão mais singular, atentando-se mais para as investigações históricas, sendo o seu raciocínio, resumido a: Cada cultura segue seus próprios caminhos em função dos diferentes eventos históricos que enfrentou. Outro antropólogo que estudou e tentou definir o termo, foi Alfred Kroeber(1876-1960), para Kroeber, a cultura é um passo muito importante para o homem, pois o diferencia de todos os outros animais. Através da cultura, o homem conseguiu se “estabilizar” em todos os cantos do planeta, fazendo de seu habitat natural, toda a terra: “De fato, o que faz o habitante humano de latitudes inclementes, não é desenvolver um sistema digestivo peculiar, nem tampouco adquirir pêlo. Ele muda o seu ambiente e pode assim conservar inalterado o seu corpo original. Constrói uma casa fechada, que protege contra o vento e lhe permite conservar o calor do corpo. Faz uma fogueira ou acende uma lâmpada. Esfola uma foca extraindo-lhe a pele com que a seleção natural, ou outros processos de evolução orgânica, dotou esses animais; sua mulher faz-lhe uma camisa e calças, sapatos e luvas, ou duas peças de cada um; ele as usa, e dentro de alguns anos, ou dias, está provido de proteção que o urso polar e a lebre ártica, a zibenila e o tetraz, levam longos períodos a adquirir.” Já Malinowski ( 1884-1942 ), definiu como “...sistemas funcionais para dar conta das necessidades dos seres humanos.” Para Clifford Geertz (1926-2006), a melhor definição é de que cultura é “...o conjunto de mecanismos de controle, planos, receitas, regras, instruções para governar o comportamento humano.” Enfim, desde os primórdios até hoje, a cultura pode ser entendida de vários modos e interpretada assim também. A discussão acerca do termo cultura, não terminou apenas com estes antropólogos e nunca terminará, pois a compreensão exata do termo, significa a compreensão da natureza humana: “Os antropólogos sabem de fato o que é cultura, mas divergem na maneira de exteriorizar este conhecimento.” ( MURDOCK. 1932 ). A palavra cultura, está intimamente ligada à educação, valores, normas, saberes coletivos. Cultura é um código compartilhado entre um grupo social, portanto, não é biológica, pois se aprende dentro do grupo. John Locke (1632-1704) afirma que a mente humana é uma caixa vazia, dotada apenas da capacidade de obter conhecimento. Sendo possível o homem aprender qualquer cultura e se adequar a ela perfeitamente.
    Na passagem da obra “O Livro das Missões”, José Ortega evidencia a importância da cultura para todo ser humano:"A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva da existência humana, como as mãos são um atributo do homem." (ORTEGA y GASSET , José, 1883-1955).
    Referências:
    SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos Históricos. São Paulo: Contexto, 2009.
    Laraia, Roque de Barros, 1932- Cultura: um conceito antropológico 23.ed. — Rio de Janeiro: Jorge"Zahar Ed., 2009.

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  19. Primeira parte
    GUSTAVO FELIZARDO REIS
    O Que é cultura...
    O abrangente e tão discutido termo Cultura é umas grandes preocupações contemporâneas de praticamente todas as áreas das ciências caracterizadas Humanas. Ao estudar o homem, seus feitos atos e historias sempre nos deparamos com a sua forma de expressar, comportar ser e demonstrar então esbarramos no que poderíamos denominar cultura. O Termo transcende as expectativas antropológicas e sociológicas nele depositadas, pois vivemos em um tempo em que quase tudo, se não tudo pode ser denominada uma forma de cultura.
    A etimologia da palavra está na sua origem no verbete do latin; COLERE, que seria o cultivar de forma geral, como introduz Deny Cuche no texto: “A noção de cultura nas ciências sociais”. Segundo Cuche o termo latino começa a tomar outra semântica na França, onde se aproxima o ruminar de um sentido semelhante ao que identificamos hoje. Remete ao que era cultivado e realmente nascido naquele lugar. O cultivar só acontece pois se espera colher algo, se cultiva o que é propício para aquele vinculo de pessoas, seja um alimento ou uma erva , se cultiva aquilo que se vai utilizar, ou é de costume utilizar (comum). Já os dicionários que trazem uma definição abrangendo a contemporaneidade afirma que o termo além de se remeter ao cultivo em si revela diversas manifestações humanas de expressões e atos. O dicionário Michellis define que “geral: a (Cultura é) constituída de conhecimentos básicos indispensáveis para o entendimento de qualquer ramo do saber humano.”
    Todo cultivar exige um processo de espera e de amadurecimento, assim também é a cultura tanto no sentido mais erudito quanto em seu sentido de formação intelectual, de tornar um sujeito culto. Um processo empírico de convivência com obras que podem transmitir uma cultura que é considerada erudita, importante essencial a quem é culto, ou até com outras pessoas que partilham de esperiencias enriquecedoras nesses sentido. Conviver com pessoas que tem um nível elevado de cultura e saber se portar, não simplismente saber de todos os assuntos e níveis da converssa, amis manter uma detrminada etiqueta no dialogo. Estar a aberto a não desprezar informçaões e nem argumentar o que não se sabe, mais na verdade estar aberto a uma possibilidade de aprender sendo agradável. Na verdade além de que saber conversar com algum especialista sobre determinado assunto, a cultura exige também um domínio sobre alguns autores, obras e assuntos que são quase que ícones da um bom conhecimento cultural. Consagrados com o tempo e por sua representação no mundo certos “ícones” devem sempre estar na pauta de um saber mais erudito universal, é como que se toda pessoa devesse saber sobre estes (obras consagradas, renomados autores, renomados músicos entre outros).

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  20. Segunda parte
    Gustavo Felizardo Reis
    O saber e as informações são pontos singulares de uma boa formação cultural e até mesmo da definição de que determinada pessoa pode ser considerada culta. Outra possibilidade também singular é a qualidade e a forma como essa pessoa administra seus conhecimentos. Saber dizer na hora certa e no lugar certo sobre determinado assunto pode gerar interesse e motivação em alguns ouvintes, já o contrário pode gerar grandes desconfortos e frustração à ambos os lados tanto interlocutor quanto para o receptor. Administrar o saber usando com pessoas de um mesmo circulo cultural os signos e definições especificas são parte de um bom entendimento do termo e de uma ressonância agradável aos que dialogam.
    Em contraponto à cultura erudita, que é aquela que se espera que todos que dizem ter conhecimento devem saber, sendo uma forma mais institucionalizada para poder rotular elementos essenciais a cultura de um povo e do mundo, há também a cultura de massa. Sendo que a cultura de massa pode ser desenvolvida como uma resposta ou manifestação humana, através de varias de suas possibilidades de se dizer ao mundo, a cultura popular é sempre um possibilidade de que seja manifestado uma realidade que de local pode atingir uma multidão, tentando expressar alguma realidade característica. Algo produzido por pessoas que muitas vezes não será considerado em seu tempo como plausível ao critico olhar da cultura institucionalizada erudita, mas se espalha entre pessoas com características muitas vezes comuns (parecidas), transmitindo uma obra. Essas obras de maneira mais acessível e não exigindo conhecimento prévio para sua compreensão e para sua produção. A Produção pode ser desde a pintura em um muro, ou até mesmo musicas de fácil acessibilidade.
    De forma geral definir cultura é tentar limitar um termo ilimitado em sua abrangência semântica. O homem além de produzir cultura, está sempre buscando pela mesma, em sua necessidade de se dizer ao mundo de alguma forma. A cultura de um povo não é simplesmente os atos e características singulares regionais, mais sim as possibilidades de identificar algo comum e que é fixado, mais que com o homem está em constante transformação. A produção dessas manifestações não são ultrapassadas, pois sempre buscam refletir tentativas de respostas e manifestações humanas, em determinado tempo e lugar.
    SCHWANITZ, Dietrich Cultura Geral Tudo o que se deve saber São Paulo: Martins Fontes, 2007.
    CUCHE, Deny; A noção de Cultura nas ciências sociais: EDUSC.
    Dicionário Michaelis

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  21. Aluno: Carlos Felipe de Jesus Assis

    Cultura, em conceito de estudo antropológico, é tudo aquilo que é produzido pelo o Homem derivado de seu conhecimento obtido através da geração anterior a sua, ensinada dentro de seu meio social; São um conjunto de comportamentos hereditários de origem não pré-determinada pela natureza humana, não sendo transmitido através da carga genética de nossa espécie, podendo assim, pelo meio cognitivo chamado de aprendizagem, ser acrescida de novos conceitos e fundamentos enriquecendo o comportamento de determinada etnia ou até mesmo modificá-la ao longo de anos.
    Segundo Edward B. Taylor ( 1832-1917 ), um dos precursores da antropologia, Cultura seria “Em seu amplo sentido etnográfico todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”. Correspondendo, então as principais características de uma determinada sociedade humana em termos de organização social, política suas tradições e costumes e rituais religiosos, transmitidas de geração para geração que, podendo então a partir de uma vivência atenta dentro dessa cultura traçar um perfil cultural de uma determinada etnia.
    A manifestação de Cultura é uma característica, dentre os demais animais atualmente existentes, exclusivamente de nossa espécie, o Homo sapiens, e foi graças a essa capacidade de desenvolver sua Cultura que o Homem atual ao decorrer de milênios através de nossos antepassados hominídeos primitivos, e posteriormente com o refinamento desse seu conhecimento acumulado ao decorrer da eras, foi capaz de adaptar-se aos mais diferenciados relevos e climas de nosso planeta e pode se tornar o maior predador que pisou sobre a face da Terra, pois se não fosse isso, estaríamos possivelmente na lista dos espécimes já extintos em decorrência da seleção natural e das mudanças drásticas climatológicas que o nosso planeta já sofrera. O ser humano que conhecemos hoje é basicamente a fusão do seu ser natural em conjunto com seu ser cultural, este último apresentado em maior parte; Pouco restara de seus comportamentos determinados pelo seu instinto animal, sua natureza. Ou como disse John Locke (1632-1704), filósofo e pensador inglês, “Afirmava que o homem é como uma tábua rasa” Locke dizia que a nossa alma “é como uma folha em branco, limpa de qualquer letra e sem idéia nenhuma que todo conhecer é aprendido por tentativa e erro.”
    É certo admitir que fenômenos naturais e o habitat fora de extrema importância para a influência na formação de traços culturais de vários povos do Globo; Como os Astecas, um dos povos da América pré-hispânica, que de muitos traços de sua rica religiosidade, pode-se citar a adoração a algumas divindades que eram frutos de elementos naturais e fenômenos como a água, a terra, o fogo, o vento e a lua. As divindades também eram atribuídas a coisas que lhes causavam medo. E os povos Esquimós que habitam perto de um dos lugares mais remotos e frios do planeta terra, o Círculo Ártico, usam peles de animais como vestimenta em função das baixas temperaturas e pela falta de fontes alimentícias ricas em vitamina C, tem por hábito alimentar-se com o fígado cru de sua caça abatida, órgão que é rico nesta vitamina, que é de extrema essencialidade para a saúde humana, já que o nosso corpo não a produz naturalmente.
    Para Dietrich Schwanitz (1940 - 2004) “Cultura é a familiaridade com os traços principais da história de nossa civilização. Com grandes teorias da filosofia e da ciência, bem como as formas lingüísticas e as principais obras de arte, da música” Dietrich refere-se à Cultura em um sentido mais refinado e erudito em seu livro - Cultura Geral: Tudo que se deve saber - chamado por ele de cultura canônica, e a suma importância da obtenção de seu conhecimento para o chamado por ele “Jogo da cultura”.
    Referências Bibliográficas;
    SCHWANITZ,Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. Saõ Paulo:Martins Fontes,2007
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura um conceito antropológico.Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor1986.

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    Respostas
    1. Fontes Internet:
      http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
      http://www.significados.com.br/cultura/
      http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o
      http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_asteca
      http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquim%C3%B3s

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  23. Emília Paiva Aperibense


    É difícil descrever o que é cultura, pois a mesma foi e ainda é estudada ao longo dos anos por antropólogos, sociólogos e outros pesquisadores. Podemos tomar como uma definição, o conhecimento geral, o desenvolvimento intelectual e os costumes de um povo. A cultura pode nos ajudar a compreender melhor o que acontece no mundo em nossa volta.
    A cultura é um processo em permanente evolução e só o homem possui cultura. Não importa a sociedade, ela possui um modo único de pensar, um costume que a faz diferente, o que é bom para uma sociedade pode não ser para a outra. A arte, a arquitetura, a literatura e as mais diversas formas de expressão também são maneiras de expressar a cultura de cada época, de cada região, tornando-a única. Partindo de um conceito antropológico e de acordo com Roberto da Matta, entende-se por cultura “ um mapa, um receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas. Um conjunto de regras que nos diz como o mundo pode e deve ser classificado.”
    Já a cultura de massa de acordo com Orson Camargo “é um produto da indústria cultural, tipicamente de sociedades capitalistas; refere-se a aspectos superficiais de lazer, gosto artístico e vestuário. A indústria cultural está sempre fabricando modas e gostos, a cultura de massa só é viável em razão da invenção da comunicação em massa”
    Chego a conclusão de que a cultura permite traduzir melhor a diferença entre nós e os outros, de que ela está presente em toda parte da sociedade ( leis, artes, religião, costumes, valores, etc.) e está em constante mudança.
    Referências Bibliográficas:
    Da Matta, Roberto – Você tem cultura
    Camargo, Orson – colaborador Brasil Escola

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  24. Raphaela Travassos Fernandes #201073092A

    O que é Cultura?

    O que quer dizer cultura?
    Em uma busca feita no O Novo Dicionário da Língua Portuguesa, a definição de cultura é “(...) conjunto das estruturas sociais, religiosas etc., das manifestações intelectuais, artísticas etc., que caracteriza uma sociedade (...)”.
    A definição trazida pelo dicionário citado acima é uma contextualização da palavra cultura. Assim como o sentido da palavra cultura não é de difícil entendimento, por muitas vezes a palavra é empregada em outros sentidos.
    O pesquisador e professor de Antropologia, Roberto da Matta citou em um artigo publicado intitulado “Você tem cultura?” que por muitas vezes a palavra cultura é empregada para designar se uma pessoa é inteligente ou não, ou para um “referente que marca uma hierarquia de ‘civilização’”.
    A cultura é o conjunto de determinada sociedade. Conjunto este de diversas formas de manifestação que o indivíduo pratica em determinada sociedade. Por vezes, a prática de determinadas ações torna-se repetitivas, formando ciclos. Lembrando que o ritual é envolvido por ciclos.
    De modo que adentramos no significado de cultura, entende-se como a interação social das pessoas, em que estes aspiram coletivamente os padrões de comportamento, as crenças, os valores religiosos e instituições de determinado grupo.
    Clifford Geertz, antropólogo norte-americano, propõe uma interpretação simbólica das culturas, em que a cultura se estabelece enquanto uma rede de significação. Essa rede de significação se constrói de acordo com valores, adjetivos e morais atribuídos pelos indivíduos de determinada sociedade e que configuram os modos de expressões de uma dada cultura, de um dado grupo.
    No livro “Cultura Geral – Tudo o que se deve saber”, Dietrich Schwanitz, autor alemão, aponta o que se deve saber para preencher as lacunas do conhecimento, para assim manter uma conversa à altura. Ou melhor, divulga o “saber”, mostra a bagagem de cultura e conhecimentos gerais. Dietrich aponta a ideia de cultura no seu sentido erudito, vasto saber acadêmico, em que quem não tem cultura, não é culto, não consegue manter uma conversa com pessoas cultas.
    Em suma, Dietrich Schwanitz frisa a ideia de que “cultura é a familiaridade com traços principais da história de nossa civilização, com as grandes teorias da filosofia e da ciência, bem como as formas de linguagem e as principais obras de arte, da música e da literatura”.


    Bibliografia
    GEERTZ, Clifford. A interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC Editora. 1989
    SCHWANITZ, Dietrich. (2007) Cultura Geral - Tudo o que se deve saber. São Paulo: Marctins Fontes.
    DA MATTA, Roberto. Você tem cultura? Rio de Janeiro: Jornal da Embratel, 1981.

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  25. Carolina Doro Victério Alexandre

    Se existe um termo cuja definição não é única e possui as mais variadas formas de entendimento, esse termo é “cultura”. Cultura é o modo com como eu falo; como me visto; como me imponho perante a sociedade. Cultura são os meus gostos, são os meus hábitos, são o conjunto dos meus conhecimentos.
    Segundo o antropólogo Roque de Barros Laraia, em seu livro “Cultura – um conceito antropológico”, “o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo chamado endoculturação ou socialização. Pessoas de raças ou sexos diferentes têm comportamentos diferentes não em função de transmissão genética ou do ambiente em que vivem, mas por terem recebido uma educação diferenciada”. Assim, podemos concluir que é a cultura que determina a diferença de comportamento entre os homens. O homem age de acordo com os seus padrões culturais, ele é resultado do meio em que foi socializado.
    Para Edward Tylor, um dos fundadores da antropologia, cultura é o todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade.
    Os conceitos de cultura de massa e cultura de erudita também não poderiam deixar de ser citados. A primeira pode ser definida como padrões compartilhados pela maioria dos indivíduos, independente da renda, instrução, ocupação, etc. Cultura de massa é produto da indústria cultural, tipicamente de sociedades capitalistas; refere-se a aspectos superficiais de lazer, gosto artístico (isso inclui cinema e música) e vestuário. A indústria cultural está sempre “fabricando” modas e gostos. A cultura de massa só é viável em razão da invenção da comunicação em massa.
    Já a cultura erudita está ligada à “elite”, ou seja, está subordinada ao capital pelo fato de este fator viabilizar esta cultura. Esta exige estudo, pesquisa para se obter conhecimento, portanto não é viável a uma maioria, e sim a uma classe social que por sua vez possui condições gerais para investir nesses aspectos e, em fim, obter conhecimento. É considerada um instrumento de poder.
    Erudito é algo ou alguém que possui uma cultura vasta sobre um determinado assunto. O erudito está relacionado à música, à leitura, à cultura. Erudito é relacionado a qualquer coisa que seja bem elaborada, estudada, cuidada, como obras eruditas, música erudita, violão erudito, entre outros. Por isso a cultura erudita é considerada um instrumento de poder. Basta acessar uma rádio na internet ou até mesmo assistir à um vídeo em plataformas como o Youtube e comparar uma música orquestrada com outros estilos de música como rock, funk, sertanejo. Logo podemos perceber que são culturas diferentes, não que uma seja superior à outra - pois não é sensato afirmar isso -, apenas são distintas. O jeito de uma pessoa se comportar em um ambiente como um teatro que exibe ópera, por exemplo, é diferente do jeito que uma outra pessoa se comportaria em um baile funk. O ambiente e o comportamento mudam por completo e não há dúvidas quanto a isso.
    Por fim, todas essas culturas SÃO culturas. Uma não é pior que a outra, são apenas dessemelhantes. Porém, todas, de alguma forma, ajudam a transformar e moldar o homem em qualquer que seja a sociedade em que está inserido.

    DADOS BIBLIOGRÁFICOS:
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura – um conceito antropológico. Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 2006.
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral – Tudo o que se deve saber. Martins Fontes, São Paulo, 2007
    http://cerudita.blogspot.com.br
    http://www.brasilescola.com
    http://www.grupoescolar.com
    http://servicosocial-nordeste.blogspot.com.br

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  31. Matheus Felipe das Dores - 201372060A

    Um dialogo entre o conceito de Cultura Erudita e o Antropológica

    Antes de tudo, é importante perceber que o conceito de cultura que nos interessa neste trabalho prioritariamente é o erudito. Mas façamos então um dialogo para melhor compreensão desse tema que é tão falado no senso comum, mas pouco compreendido. Dietrich Schwanitz em seu livro define cultura como:
    "... é a capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas, sem produzir uma impressão desagradável; está voltada ao ideal de formação geral da personalidade, em contraposição à formação profissional e prática dos especialistas...é, portanto, um objeto complexo: um ideal, um processo, um conjunto de conhecimentos e de capacidade e um estado de espírito."
    Com essa definição vincula-se cultura ao ato de ser “Culto”, ou seja, não há necessidade de produção de cultura, mas sim de compreensão e externalização para um modo social que se emprega a pessoas que se dedicam a entender a alta cultura. A alta cultura é caracterizada por artistas que em momentos históricos transforam a realidade em uma compreensão mais simplificada, mas complexa. Já a contra ponto, no sentido antropológico, cultura é, conforme diz o Roque de Barros Laráia em seu livro “Cultura – Um conceito antropológico” o conceito de cultura pode ser entendido de várias formas, pois cada momento histórico foi compreendido de várias maneiras, até chegar aos tempos de hoje, no qual temos vários conceitos que definem a Cultura como ciência também pode ser compreendida por “um processo em permanente evolução, diverso e rico. É o desenvolvimento de um grupo social, uma nação, uma comunidade; fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento de valores espirituais e materiais. É o conjunto de fenômenos materiais e ideológicos que caracterizam um grupo étnico ou uma nação (língua, costumes, rituais, culinária, vestuário, religião, etc), estando em permanente processo de mudança” segundo Sonia Jobim.
    Entende-se então que Cultura erudita é o momento cânone do artista, é a valorização da produção artística que elege o ponto mais auge do ‘SER’, determinando a capacidade transformadora de realidade do ser humano, o ser transcendental. Enquanto o conceito antropológico tenta pura e simplesmente explicar a vida, justificar as vivencias e explicitar em conceitos.

    Bibliografia
    Schwanitz, Dietrich. Cultura Geral – Tudo o que se deve saber: 2007. Tradução Beatriz S. Rose, Eurides A. de Souza e Inês A. Lohbauer. São Paulo: Martins Fontes.
    Laraia, Roque de Barros, 1932. Cultura: Um conceito antropológico. — 14.ed. — Rio de Janeiro: Jorge"Zahar Ed., 2001.
    Jobim, Sonia. O que é Cultura?: 2006. Adaptado por http://www.ifatola.com/.
    Disponível em:
    http://www.orixas.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21&Itemid=60

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  32. Carolina Lorenzeto Terra
    A cultura engloba o conjunto de conhecimentos sobre história, filosofia, ciência, formas linguísticas e artísticas, adquiridos pelo homem. É uma ação criativa do mesmo sobre a natureza, que se dá de forma material (a partir da produção de objetos) e imaterial (a partir de símbolos), sendo segundo a Filosofia tratada como característica exclusivamente humana.
    Na Europa, no período do Renascimento (século XVI), era tida como o desenvolvimento da capacidade intelectual e o aprimoramento das qualidades naturais do homem. No período do Iluminismo (século XVIII) designava-se por cultura tanto o desenvolvimento da capacidade intelectual, como desenvolvimento do trabalho intelectual do ser, a partir do qual o homem estaria apto a obter o progresso em sua sociedade, exercendo seu domínio sobre a natureza.
    A cultura se divide em popular e erudita é composta por regras (cânones) e vai além de ser uma “compreensão da própria civilização feita pelo homem”, como cita uma de suas definições, pois além de ser um conjunto de conhecimentos que geram capacidades, é também um ideal abstrato, possui também expectativas e tabus.
    A cultura erudita é aquela que está vinculada à pesquisa, estudos e análises teóricas e está acessível às classes mais altas (elite), não está acessível a todos como a popular, pois é necessário ter capital para poder investir nesse tipo de cultura, também chamada de “alta cultura”, da qual fazem parte muitas artes como a pintura de Michelangelo e a música de Bach, assim como outras musicas clássicas de cunho europeu e artes plásticas, mostrando claramente as diferenças sociais de nossa sociedade marcada pelo capitalismo e dividida em classes. Já a cultura popular é a cultura do povo, abrange diversas áreas que o homem adaptou para viver em sociedade, surgindo das tradições e costumes através de gerações e disseminada pela indústria a partir de influência da mídia. São exemplos de cultura popular as artes da periferia tais como o funk carioca.
    A partir da cultura, os membros de uma sociedade podem ser avaliados como “cultos” ou “não cultos” ou “menos ou mais cultos”, em situações em que ocorra troca de informações (em uma conversa, por exemplo),sendo considerada por Dietrich Schwanitz como sendo um verdadeiro “jogo social”, pois segundo ele a partir dela, se dividem os homens em integrados ou marginalizados da mesma e até mesmo da própria sociedade.
    Pode-se adquirir cultura através de livros, cinema, televisão, peças teatrais, exposições de arte, concertos, operas, orquestras, mas deve-se saber distinguir com cautela o que realmente nos acrescentará conteúdo.
    Assim, a leitura de livros é sempre recomendada para quem quer se desenvolver intelectualmente, sendo que a cultura depende da escrita, a qual compõe sua parte simbólica, e nos acrescenta muito mais conhecimento, e sensações, do que, na maioria das vezes assistir a um filme “pronto e mastigado” na tela do cinema.
    A cultura não se perde, uma vez cultos seremos sempre cultos, mas se transforma , por exemplo, atualmente, com a globalização dos meios de comunicação e tecnológicos , é considerado culto quem está a par das informações de outros países, fala vários idiomas, necessariamente o inglês deve estar incluído e deve ter contato com algum aparelho tecnológico, ou até mesmo a maioria, senão todos.
    Assim cultura, pode ser bem compreendida como sendo sempre uma ação criativa do homem sobre a natureza, a partir do conhecimento e do desenvolvimento intelectual gerados pela sua capacidade cognitiva, sendo transmitida de geração em geração, através de diversos meios, fazendo-nos progredir e nos diferenciar dos animais não racionais.
    Referências Bibliográficas:
    http://alvesgeraldo2.blogspot.com.br/2009/02/filosofia-e-cultura.html
    Schwanitz, Dietrich

    Cultura geral: tudo o que se deve saber/Dietrich Schwanitz – São Paulo: Martins Fontes, 2007

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  33. Lisandra Queiroga Eliotério
    Para entender melhor o que é cultura, vamos à sua origem. A palavra Cultura apareceu na França no século XVIII, já com o significado de soma de saberes acumulados e transmitidos pela humanidade ao longo da história, associada às ideias de progresso, de educação, de razão, de acordo com o ideário iluminista da época. A palavra Kultur apareceu na língua alemã do século XVIII, como transposição exata do seu equivalente francês (Conceitos de cultura e civilização – Professor Eduardo Melander Filho).
    Cultura é um termo de difícil definição devido a sua imensa gama de significados. Há a cultura para a antropologia, para a filosofia, para a história, para a ciência e em seu termo geral, como conjunto de conhecimentos (e diversos outros), sendo essa última a que mais nos interessa. Segundo Dietrich Schwanitz, em seu livro Cultura Geral - Tudo o que se deve saber, “Cultura é a familiaridade com os traços principais da história de nossa civilização, com as grandes teorias da filosofia e da ciência, bem como com as formas linguísticas e as principais obras de arte, da música e da literatura.” Sendo assim, todos nós temos cultura, seja ela erudita ou popular. É algo que está em nossa sociedade, em nosso cotidiano, como uma música que toca na rádio, um livro, um jornal, uma visita ao teatro, ao museu. A cultura erudita está limitada somente a uma pequena parte da população, por isso é muitas vezes ignorada pela grande maioria, que por falta de conhecimento, não se interessa, e se atém apenas ao que lhe é mais acessível, que é a cultura popular.
    Edward B. Tylor definiu Cultura como a expressão da totalidade da vida social do homem, caracterizada pela sua dimensão coletiva, adquirida em grande parte inconscientemente e independente da hereditariedade biológica. Ou seja, não nascemos com cultura, ela não é inata. Ao longo de nossas vidas, através do convívio em sociedade somos endoculturados.
    Há também a diferenciação entre cultura material e imaterial, sendo a primeira uma coisa física construída pelo homem, como um documento, um objeto, vestígios que expressam relação entre homens, num sentido de se reconstruir as sociedades de épocas passadas e o modo de vida de suas populações. Já a cultura imaterial é intangível, como uma feira, as artes cênicas, a música, manifestações religiosas, o modo de ser de um determinado grupo, ou seja, tudo aquilo que está associado ao saber, às habilidades, crenças e práticas.
    Devido à importância da cultura, os Direitos Culturais, além de serem direitos humanos previstos expressamente na Declaração Universal de Direitos Humanos (1948), no Brasil encontram-se devidamente normatizados na Constituição Federal de 1988 devido à sua relevância como fator de singularização da pessoa humana.
    Referências Bibliográficas:
    Conceitos de cultura e civilização – Professor Eduardo Melander Filho, disponível em: http://edmelander.blogspot.com.br/2008/08/conceitos-de-cultura-e-civilizao.html
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
    A cultura segundo Edward B. Taylor e Franz Boas, disponível em: http://edmelander.blogspot.com.br/2009/03/cultura-segundo-edward-b-tylor-e-franz.html
    Patrimônio brasileiro – material e imaterial, disponível em: http://www.brasil.gov.br/sobre/cultura/patrimonio-brasileiro/material-e-imaterial
    Cultura material e etinicidade, disponível em: http://edmelander.blogspot.com.br/2009/04/cultura-material-e-etnicidade.html
    O direito de acesso á cultura e a constituição federal, disponível em: http://observatoriodadiversidade.org.br/site/o-direito-de-acesso-a-cultura-e-a-constituicao-federal/

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  34. Isabela Barros Ribeiro
    O termo Cultura possui muitas acepções, por se tratar de um processo em ininterrupta evolução e mudança. De uma forma geral, cultura representa a soma de saberes, atividades e modos de agir, costumes, crenças e tradições, reprodução de arte, música, literatura e cinema que refletem e prefiguram, em cada momento histórico, o modo de vida, a organização, de uma sociedade.
    Em “Cultura geral tudo que se deve saber”, Schwanitz afirma que “Cultura é a familiaridade com os traços principais da historia de nossa civilização, com as grandes teorias da filosofia e da ciência, bem como com as formas lingüísticas e as principais obras de arte, da música e da literatura.” (Schwanitz, 2007, P. 361) baseando – se num conceito de cultura Clássica, Erudita. No entanto, existem outros tipos de cultura, como a Popular, que não está ligada ao conhecimento científico, e não representam a elite social, econômica, política , mas que é tão importante quanto e não pode, jamais, ser subjugada. Nenhuma cultura deve ser legitimada sobre a outra.
    Outro conceito interessante se encontra na obra “Cultura: Um Conceito Antropológico”, de Roque de Barros Laraia, que defende a idéia que as correntes do determinismo biológico e geográfico são determinantes da cultura de um povo, e convence através de estudos empíricos e análises históricas de que a cultura pode se desenvolver das mais variadas formas possíveis em qualquer lugar do mundo, sejam eles próximos ou distantes, ou seja, a cultura é algo inerente ao ser humano. Não existe ser humano sem cultura, e todos eles são capazes de aprender qualquer cultura, não importando sua raça ou origem. A cultura é tida como diretriz e formadora da visão de mundo de um indivíduo.
    Referências Bibliográficas:
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura – um conceito antropológico. Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 2006.
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral – Tudo o que se deve saber. Martins Fontes, São Paulo, 2007

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  35. Isa Maria Barroso da Cruz
    A definição do termo cultura é bem mais abrangente. Podemos referir cultura a tudo aquilo produzido pela humanidade, seja no plano concreto ou imaterial, desde artefatos ou objetos até ideais e crenças. Ou seja, refere-se a um complexo que inclui conhecimento, costumes, leis, crenças, moral e hábitos adquiridos pelo homem numa sociedade, além da produção intelectual de arte, música, cinema, literatura, entre outros. Todos os povos possuem cultura, por mais tradicional e arcaica que seja, e são transmitidas de gerações passadas a gerações futuras.
    De acordo com a definição mais aceita, no campo da antropologia, “possuidor de um tesouro de signos que tem a faculdade de multiplicar infinitamente, o homem é capaz de assegurar a retenção de suas ideias eruditas, comunicá-las para outros homens e transmiti-las para os seus descendentes como uma herança sempre crescente.” (TURGOT, 2006, p.26-27) Há também, um outro sentido atribuído à palavra cultura, definindo-a como produção artística e intelectual, como mencionado acima. Assim, falamos em cultura erudita, cultura popular, cultura de massa etc, expressões o qual designam conceitos específicos para a produção intelectual de determinados grupos sociais.
    Schwanitz, em seu texto, traz diversos significados sobre o termo cultura. Dentre vários, chega à conclusão de que cultura é “um ideal, um processo, um conjunto de conhecimentos e de capacidades e um estado de espírito.” (SCHWANITZ, 2007, p.362) Além de tais características, ela seria também um jogo social. Sendo que o objetivo do jogo nada mais é que o “parecer culto”. Outra questão abordada no texto é quando o autor mostra que a cultura é a capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas. Em contrapartida, ter uma conversa culta não é necessariamente trocar informações. Não é obrigatoriedade sabermos de tudo ou o significado de algo. Pelo contrário, prestamos maior atenção quando não sabemos determinado assunto. Mas, “naturalmente não podemos participar do jogo da cultura sem saber absolutamente nada.”
    Para José Luiz dos Santos há duas maneiras de entender o que é cultura e que essas, por sua vez, derivam de um conjunto de preocupações que foram divididas em duas concepções básicas: “a primeira preocupa-se com todos os aspectos de uma realidade social. Assim, cultura diz respeito a tudo aquilo que caracteriza a existência social de um povo ou nação, ou então de grupos no interior de uma sociedade.” Isto é, o sentido de cultura é o mesmo, uma vez que mostra as características dos agrupamentos que se refere com relação às maneiras de conceber e organizar a vida social ou a seus aspectos materiais. A segunda concepção, de acordo com o autor, seria “ao falarmos em cultura estamos nos referindo mais especificamente ao conhecimento, às ideias e crenças, assim como às maneiras como elas existem na vida social.” (SANTOS, 1987, p.20-21) Entendemos aqui que a cultura diz respeito a uma esfera, a um domínio da vida social. Dessa forma, a relação entre as concepções básicas nos mostra que “a associação de cultura como conhecimento é mais antiga, vinda da relação de cultura como erudição, refinamento pessoal. E a preocupação das totalidades das características sedimentou-se na concepção de cultura como ciência do século XIX.”
    Observamos, portanto, que a cultura é uma construção histórica, seja como concepção, seja como dimensão do processo social. Ou seja, a cultura não é algo natural, não é uma decorrência de leis físicas ou biológicas. Ao contrário, a cultura é um produto coletivo da vida humana.
    Referências bibliográficas:
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura um conceito antropológico. Rio de Janeiro:
    Jorge Zahar, 2003.
    SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 2003
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura geral: tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
    SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Ed. Contexto, 2006.

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  36. Bruna Cristine Martins Lopes

    O termo “Cultura” apresenta diversos conceitos. Pode-se referir ao conjunto de valores, costumes e crenças. Mas, ao mesmo tempo está ligado à ideias, práticas, símbolos, hábitos e saberes relacionados com a música, cinema e arte que devem ser transmitidos às novas gerações para garantir a convivência social. Dietrich Schwanitz conceitua “cultura” de diversas formas, por exemplo: Conjunto de conhecimentos, flexibilidade da boa forma da mente, capacidade de obter conversas com pessoas cultas e não ter uma impressão desagradável etc. Ou seja, apresenta um conceito clássico e social do termo Cultura através da passagem: “A familiaridade com os traços principais da história de nossa civilização, com as grandes teorias da filosofia e da ciências, bem como as formas linguísticas e as principais obras da arte, da música e da literatura.” (SCHWANITZ, 2007, P. 361). Mostrando que ambos conceitos dependem um do outro. Já José Luiz dos Santos apresenta 2 formas de conceituar-se Cultura. A primeira forma é através da passagem: “Cultura diz respeito a tudo aquilo que caracteriza a existência social de um povo ou nação". Ou seja, esta forma é caracterizada pelos aspectos gerais da sociedade. Na segunda forma ele refere-se “ao conhecimento, às ideias e crenças, assim como às maneiras como eles existem na vida social.” (SANTOS, 1987, P. 23-24). Contudo, é uma ideia que prioriza o saber e suas dimensões associadas socialmente. Cada realidade cultural tem seu meio de comunicação, visto que, manifestam-se de maneiras distintas e níveis diferentes de profundidade. Embora tenha divergências entre a forma de se interpretar, podemos dizer que a palavra Cultura representa riqueza, não só de definições, mas principalmente porque cada corrente afirma que Cultura é relacionada com o conhecimento a partir de um produto do ser humano, seja ele de intelecto, de erudição, de produção, de mercado etc. Além disso, a cultura está ligada ao mundo da escrita, pelo fato da televisão transmitir apenas sons e imagens enquanto os livros relatam detalhes e profundidade ao tema através das palavras escritas. Tanto quanto está ligada ao poder, pois em diferentes épocas quem possuía a cultura letrada assumia posições de comando. A separação de uma cultura dita como superior e as demais refletem essas relações de poder. Portanto, não há indivíduo que não possua cultura. A Cultura é conquistada por todos os indivíduos desde quando nascem até sua morte. Mas diversificam-se umas das outras devido à forma e ao conceito de aprendizado obtido ao longo da vida. Visto que, não há como nascer e permanecer fora de um contexto social.

    Referências Bibliográficas:
    ADORNO, Theodor W. Indústria Cultural e Sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
    SANTOS, José Luiz dos. O que é Cultura. São Paulo: Ed. Brasiliense, Col. Primeiros Passos, 1987.
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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  38. Lorena Rocha Dias

    O que é cultura?
    A cultura é um conjunto de costumes, artes, leis, práticas, necessidades, hábitos, valores, crenças e conhecimentos que se relacionam com um determinado povo em uma determinada localização. É um processo acumulativo, resultante da experiência histórica das gerações anteriores. Este processo limita ou estimula a ação criativa do indivíduo, uma vez que a cultura está em constante transformação, se adaptando aos ‘novos tempos’.
    De acordo com o texto de Roque Laraia, mais do que a herança genética, a cultura determina o comportamento do homem e justifica as suas realizações.. Adquirindo cultura, o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que a agir através de atitudes geneticamente determinadas (instinto). Como já era do conhecimento da humanidade, desde o Iluminismo, é este processo de aprendizagem (socialização ou endoculturação, não importa o termo) que determina o seu comportamento e a sua capacidade artística ou profissional.
    Segundo Claude Lévi-Strauss, o mais destacado antropólogo francês, considera que a cultura surgiu no momento em que o homem convencionou a primeira regra, a primeira norma. Para Lévi-Strauss, esta seria a proibição do incesto, padrão de comportamento comum a todas as sociedades humanas.
    Leslie White, antropólogo norte-americano contemporâneo, considera que a passagem do estado animal para o humano ocorreu quando o cérebro do homem foi capaz de gerar símbolos. Todo comportamento humano se origina no uso de símbolos. Foi o símbolo que transformou nossos ancestrais antropóides em homens e fê-los humanos. Todas as civilizações se espalharam e perpetuaram somente pelo uso de símbolos.
    É o exercício da faculdade de simbolização que cria a cultura e o uso de símbolos que torna possível a sua perpetuação. Sem o símbolo não haveria cultura, e o homem seria apenas animal, não um ser humano. O comportamento humano é o comportamento simbólico. Uma criança do gênero Homo torna-se humana somente quando é introduzida e participa da ordem de fenômenos superorgânicos que é a cultura.
    Cada povo age de acordo com os seus padrões culturais, seus instintos foram parcialmente anulados pelo longo processo evolutivo por que passou. A cultura também é o meio de adaptação aos diferentes ambientes ecológicos. O homem foi capaz de romper as barreiras das diferenças ambientais e transformar toda a terra em seu hábitat.
    As enormes diversidades culturais ao redor do mundo tem como principal diferenciador o ambiente (adaptados) em que vivem, uma vez que cada região possui uma característica geográfica, climática e demográfica única.
    Três exemplos bem simples são as diferentes bases alimentares, diferentes moradias e vestuário. Cada povo teve de se adaptar as suas limitações locais, gerando assim um costume passado através das gerações.
    Podemos concluir que cultura é tudo aquilo que foi e está sendo cultivado e gerado por um determinado povo, seja concreto ou imaterial.

    Referências bibliográfica:
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 1986.

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  40. O QUE É CULTURA?
    Autoria: Felipe Arriel Xavier

    Não se atribui apenas um conceito à palavra cultura, e sua definição é profunda em cada um deles. Seja no sentido filosófico, antropológico, erudito, popular, dentre vários outros, cada qual com sua designação. Tentaremos nos ater ao seu sentido erudito e popular, e chegar a uma proximidade do seu significado.
    O termo eruditismo significa: vasto saber acadêmico através do estudo. Logo, a cultura erudita é o estudo aprofundado de alguma coisa. Já popular, refere-se a algo mais comum a um povo. De acordo com Maria L. de Arruda Aranha, no livro Introdução a Filosofia, ”o termo cultura, em sentido restrito, diz respeito, à produção ligada às diferentes práticas artísticas, ou seja, às manifestações que façam uso das linguagens artísticas, sejam populares ou eruditas”. Mas, como essa definição da cultura pode ser dividida em erudita e popular?
    No modo mais cru das definições o erudito refere-se à classe mais ‘nobre’ da sociedade, enquanto a popular refere-se às massas. Um exemplo no século XIX: Por que a ópera que já foi uma ‘cultura de massa’ hoje é considerada erudita? O mesmo acontece com as orquestras sinfônicas. Talvez, porque a nobreza preferisse pagar para apreciar tais espetáculos a vê-los no meio do povo. E os musicistas, maestros, cantores de ópera ao perceberem isso, começaram a cobrar. O acesso do povo ao teatro foi trocado pelo dos nobres burgueses. Mas, falando dessa maneira, parece que o poder econômico diferenciava o erudito do popular. E era isso mesmo. Uma barreira foi criada.
    Agora, o porquê das altas classes serem as eruditas já está claro, pois tinham maior poder aquisitivo e logo acesso a mais informação. Mas, aí vem a pergunta: E nos dias de hoje, com a globalização e a internet, as massas tiveram acesso à informação e consequentemente à cultura erudita, seja artística, musical, teatral? Para responder a isso teremos que entrar um pouco na definição antropológica de cultura.
    Então já que a massa tem acesso à informação, por que a cultura erudita não se tornou popular? Em uma definição simples do significado antropológico de cultura: saberes que são passados de geração a geração. Com isso concluímos que para a massa em geral é mais fácil seguir a cultura popular que vem sendo passada do que aderir a novas definições. Um exemplo simples: É mais fácil uma pessoa que nasceu em uma favela no Rio de Janeiro ouvir funk do que Chopin, não por ter nascido ali, mas por viver em um ambiente onde esse gênero musical é comum a todos. Não estou dizendo que é uma regra, do mesmo jeito que uma pessoa que nasceu na favela pode ouvir música clássica, uma pessoa criada em bairros nobres com pais apaixonados com ópera pode gostar de funk.
    Assim, entende-se que, atualmente, não basta ter só o conhecimento da cultura erudita, apreciá-la, mas entendê-la também. O acesso a algum espetáculo do gênero ainda não é democrático, mas essa barreira vai sendo destruída na medida em que o acesso ao conhecimento dá a todos a opção de escolher do que gostar.

    Bibliografia: Aranha, Maria Lúcia de Arruda. Introdução a Filosofia, página 411.
    Schwanitz, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber.

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  41. Aline Rosa Benetti Diogo #201073006A

    O que é cultura?


    Cultura é uma palavra que abrange um grande numero de significados, inclui as tradições e costumes de um certo lugar, a moral, as crenças, a forma de arte, lei e moral.É essencial para a compreensão de diversos valores de povos e os valores que eles acarretam.
    Cada lugar é marcado por sua forma de cultura, vários países se destacam pela forma de religião, danças, música, etc, que são influenciadas por vários motivos e cada pessoa participando desse vinculo, possui a sua própria forma de cultura.
    Mas por vezes, a palavra cultura é confundida no sentido de inteligência, de saber mais do que um certo individuo, seja por leitura, estudos, viegens... Assim, não podemos dizer que uma pessoa é mais inteligente do que a outra por obter um desses criterios citados acima.
    Como Da Matta cita: aqui a cultura esta sendo posta é a volume de leituras, a controle de informações, a títulos universitários e chega até mesmo a ser confundido com inteligência, como se a habilidade para realizar certas operações mentais e lógicas (que definem de fato a inteligência), fosse algo a ser medido ou arbitrado pelo número de livros que uma pessoa leu as línguas que pode falar, ou aos quadros e pintores que pode, de memória, enumerar. [...]”(da MATTA; 1981, P. 1) . Mas por vezes, a sociedade faz essa definição, comparando indivíduos por suas qualidades por uma forma de cultura quantitativa, o que é errado, esse conceito não deve ser medido por quantidade, e sim, pelas qualidades que cada pessoa possui da sua cultura, que é moldada de acordo com as suas tradições, dos fatores que tornam sociedades diferentes de outras, cada uma com suas diferenças, tornando-se assim, exclusivas em relação à outras.
    Mas o erro as vezes é insistente, por exemplo, se compararmos tribos indígenas que vivem de forma completamente diferente do que estamos acostumados, e que nunca leram um livro, ou fizeram viagens, ir à museus, etc. A cultura desses indivíduos está ligada com tudo que essa tribo absorveu durante anos de seus antepassados e que foram mantendo vivos, a cultura está dentro de cada um.
    Temos que ver a cultura de forma homogenia, podemos aprender muito com outras culturas, há um universo à ser descoberto e usado por nós. Quando encontramos uma cultura diferente da nossa, as vezes observamos com um certo receio, de certo e errado, temos nossa própria visão de enxergar a cultura do outro como forma diferente, mas se aprendermos a enxergar com olhos diferentes, isso muda.
    Geertz se refere à cultura como um sistema cultural de organização e controle das coletividades, um sistema que não pode apresentar meios de poder por poses de hierarquias maiores. Assim, a cultura é um meio que controla o comportamento da sociedade, e ao mesmo tempo, vai reforçando as suas raízes na sociedade, fazendo com que as suas tradições sejam mantidas.
    Já para o autor Schwanitz, a cultura é vista como um conceito que se pode simular suas atitudes, raízes, crenças. A cultura pode perder sua herança pra “civilização pós moderna”. A bagagem da cultura nas sociedades se tornaram dispersas. Mas a acessibilidade à filosofia, as artes, musicas e etc nunca estiveram tão acessíveis quanto hoje em dia, on line, na TV, livros.





    http://www.significados.com.br/cultura/
    http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_44813.html
    http://veja.abril.com.br/290807/p_146.shtml
    http://naui.ufsc.br/files/2010/09/DAMATTA_voce_tem_cultura.pdf

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  42. Atividade 1 – O que é cultura?
    Aluna: Natalia Aparecida Ferreira Guimarães.

    “O que é cultura?” Aparenta ser uma pergunta tão simples e fácil de ser respondida, mas a verdade é que, o conceito de “cultura” é bem mais abrangente e vasto do que se parece.
    No dicionário escolar Aurélio, por exemplo, cultura está definida da seguinte maneira: “2. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, etc., transmitidos coletivamente, e típicos de uma sociedade. 3. Conjunto dos conhecimentos adquiridos em determinado campo.”; ou seja, cultura pode ser entendida, como o modo de vida de determinados povos, como os indígenas, que tem uma “cultura” diferente de nós brasileiros, que também temos uma cultura diferente dos americanos, dos japoneses, enfim, são costumes e hábitos que diferem de sociedade para sociedade, que muitas das vezes, determinam toda a identidade de um povo. São suas crenças, rituais, comidas, danças, práticas religiosas, músicas, etc., em um contexto geral, tudo o que se pode ser transmitido de geração para geração. Esse seria o conceito de Cultura Antropológica.
    Mas no livro: “Cultura Geral – Tudo o que se deve saber.”, de Dietrich Schwanitz, cultura pode ter um sentido bem adverso do citado acima, onde ele se baseia na “Cultural Erudita” e usa de alguns conceitos para explicá-la. Para ele, “cultura também é um fenômeno social.”, onde alguns indivíduos são marginalizados e outros detêm o conhecimento da cultura, ou seja, são integrados a esse fenômeno.
    Bem mais que um “fenômeno social”, cultura também pode ser considerado como um “jogo social”, onde, não basta deter o conhecimento, é preciso estar ciente do cânone (que significa regra), pois as regras são imutáveis, e não conhecer e respeitar essas regras significa não fazer parte do grupo detentor da cultura. Por esse tipo de conceituação, Schwanitz usa essa frase como uma das formas de se explicar cultura: “Cultura é a capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas, sem produzir uma impressão desagradável.”, saber o que falar, onde falar, como falar e com quem falar, são partes indispensáveis do “jogo social” onde a cultura é a peça fundamental.
    Parecer culto e fazer com que as pessoas acreditem que você é culto, é um dos objetivos principais do jogo, é um jogo de suposições e expectativas, mas o grande problema é que as expectativas criadas em função desse jogo são completamente irreais, por não haver possibilidade de comprovação.
    O autor chega a citar a cultura como uma religião, onde os cânones culturais são comparados com dogmas da Igreja Católica; ele usa essa comparação, com o intuito de nos fazer conhecer e entender a força que as regras exercem sobre quem se propõe a fazer parte desse jogo cultural. Ao ler o que é dito no texto, pode ser que se comece a questionar, sobre a importância da cultura, pois visto pela visão de Schwanitz, o saber cultural parece algo ser difícil de ser alcançado e principalmente entendido. Mas ao mesmo tempo, se negar a entrar neste meio, fará com que a pessoa se torne alguém sem identidade. A cultura define o que nós somos, pois desde crianças, somos ensinados por nossos pais a seguir, concordar e não questionar o que se é ensinado por eles, afinal, lhes foram passadas as “regras do jogo” quando eram pequenos e o mesmo aconteceu com você e espera-se que aconteça com seus filhos também. Isso é cultura. Bem mais que a linguagem, a arte, a religião, o conceito de Cultura Erudita, pode ser entendido como a identidade de um povo. Do nosso povo. Mesmo em constante transformação, a cultura nunca perderá sua essencial, pois essas as regras existem para mantê-la intacta. Cultura bem mas que dizeres, dogmas e cânones, significa simplesmente, se encontrar no meio onde está e sentir que fazes parte daquele meio.

    Fontes Bibliográficas:
    Schwanitz, Dietrich. Cultura Geral – Tudo o que se deve saber: 2007. Tradução Beatriz S. Rose, Eurides A. de Souza e Inês A. Lohbauer. São Paulo: Martins Fontes.
    Dicionário Mini Aurélio, página 197: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Editora Nova Fronteira.

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  43. Flávio Coimbra da Cunha Afonso - Matrícula: 201372032A
    Mas afinal, o que é cultura? Há várias definições para o tema, sem uma resposta definitiva, ou melhor, estrita da mesma. Varia de região para região, sendo esta estreita ou demasiadamente longa, mudando portanto, a cada localidade do globo terrestre. Há que se verificar também que o conceito pode variar de pessoa para pessoa. A ela dá-se o “nome de um jogo social, caracterizado por elevadas expectativas em relação ao saber cultural”1 das pessoas que são envolvidas neste ‘jogo’. Ter o poder do conhecimento, não somente o cultural, mas também o técnico, aquele que nos auxilia no trabalho diário, influencia o modo de vida dos seres envolvidos neste tema, ou seja, todos nós. Os indivíduos que a possuem têm maior chance de serem economicamente mais abastados, em detrimento daqueles ‘aculturados’. Mas será que existem seres ‘aculturados’? A minha resposta seria não. Existem aqueles que possuem cultura, mas de um modo muito restrito, que de maneira geral os deixam, no caso econômico, com uma vida marcada por sérias restrições. Não existe uma cultura superior ou inferior, mas há aquela que se sobrepõe, que domina outras. Com o tempo, a cultura também pode ser extinta ou ficar obsoleta. Muito do que era cultura séculos atrás não é praticada hoje. Um exemplo disso poderia ser resumido através dos indígenas que vivem em território brasileiro. Culturas que determinadas tribos praticavam foram dizimadas pela cultura que se sobrepôs, no caso a cultura ocidental, perdendo muitas vezes até a maneira de recuperá-la, já que muitas destas eram passadas somente de geração para geração, sem deixarem um registro histórico, que poderia ser recuperada hoje. “Aos olhos da Sociologia, cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana. São ideias, artefatos, costumes, leis, crenças morais, conhecimento adquirido a partir do convívio social” 2 etc. Ao considerar crenças morais, imagino que deva-se incluir aí a ética, vivenciada a cada sociedade em que a cultura é abordada. O elemento chamado cultura pode ser imaginado como um emaranhado de cordas que se entrelaçam, formando extensos nós entre uma e outra, muitas vezes sendo impossível dissociar essa cultura daquela outra. Daí parte de que uma cultura é criada com elementos de outra. A cultura é um tema tão extenso que faz parte até de políticas de governos, com as chamadas ‘políticas culturais’, que serão tema de abordagem para determinada sociedade. Uma definição interessante de cultura pode ser “extraída da enciclopédia Brockhaus: “Processo e resultado de uma formação intelectual do homem, em que ele, como ser cujos instintos não estão estabelecidos de modo fixo, alcança sua plena realização como ser humano, sua ‘humanidade’, ao confrontar-se com o mundo e especialmente com os conteúdos culturais”” 3.
    Muitos possuem cultura, mas possuem crítica? .
    Referências bibliográficas:
    1 – Schwanitz, Dietrich. Cultura Geral: Tudo O Que Se Deve Saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007 (P.363).
    2 – Retirado de: http://www.brasilescola.com/sociologia/cultura-1.htm (em 03/06/2013, às 19:23)
    3 - Schwanitz, Dietrich. Cultura Geral: Tudo O Que Se Deve Saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007 (P.362).

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  44. O que é cultura?

    São diversas as definições para o conceito de cultura. É possível encontrar respaldo neste caso, em diferentes ramos do conhecimento humano. Além da seara antropológica - que tem a cultura como um dos temas centrais de seus estudos - tal concepção também está presente no campo sociológico e filosófico, entre outros.
    Do ponto de vista antropológico, Edward Tylor consagrou-se pioneiro quando definiu cultura como sendo “um fenômeno natural que possui causas e regularidades”, em seu livro Primitive Culture. Disse ser “todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade”. A partir de então, esse conceito passa a ser construído e desconstruído ao longo do tempo, através do trabalho de importantes nomes dessa ciência, como Franz Boas, Bronislaw Malinowski, Lévi-Strauss e Leslie White.
    Buscando uma definição geral através do dicionário, temos: “O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas, intelectuais e etc., transmitidos coletivamente, e típicos de uma sociedade./ O conjunto de conhecimentos adquiridos em determinado campo”.
    Para Schwanitz, assim como para Tylor, cultura trata de uma conjugação de fatores, da familiaridade com os principais traços da nossa história, até as artes, música e literatura; entretanto, o autor alemão defende ainda que cultura é também um jogo social.
    Afirma tratar-se de certo “traquejo” nas relações sociais, que sustenta e mantém um diálogo culto, indo além de meras informações. Ele elenca alguns pontos cruciais que acredita serem pilares de sustentação desse jogo, como as citações e as notas de literatura. Destaca a importância do discurso da arte, da filosofia e suas teorias, no caminho para a cultura. Bem como a importância da leitura como fonte essencial de cultura.
    Apresenta um rol de saberes culturais que segregam, separando homens integrados culturalmente dos ditos incultos, e ainda criam margem para divisão da cultura em erudita e popular.
    Sendo assim, entende-se cultura como uma esfera que abrange não só identificações culturais, conhecimentos cruciais ou hábitos diversos, é um ideal de formação geral da personalidade, e também a forma como apresentamos nossa bagagem cultural e como recebemos a do outro. É o que nos une e ao mesmo tempo nos torna único, particular.

    Flávia M. Duque


    Bibliografia:
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986.
    TOMAZI, Nelson Dacio. Iniciação à Sociologia. Editora Atual, 2000.
    Dicionário Aurélio. 7 edição, 2009.

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  45. Mariana Alves Leite

    Segundo Schwanitz (2007, p. 361) “Cultura é a familiaridade com os traços principais da história de nossa civilização, com as grandes teorias da filosofia e da ciência, bem como com as formas lingüísticas e as principais obras da arte, da música e da literatura”. O mesmo também se refere à cultura como conjunto de conhecimentos.
    Estas definições tanto esclarecem o termo como expõem as principais áreas do conhecimento cultural, a saber: história, línguas, filosofia, ciência, artes, música e literatura. Entende-se como cultura conhecimento, por parte do sujeito, em cada uma dessas áreas, bem como a capacidade de apreciar o que é bom, belo, embora isto seja algo subjetivo. Há uma preocupação com o conteúdo das produções humanas, assim, existe uma separação entre o que de fato é apreciável e aquilo que tem conteúdo banal, vulgar, transitório.
    A respeito do conceito de cultura explorado neste texto – como erudição – ao contrário de cultura como conceito antropológico, não são todos que a possuem. De acordo com Schwanitz (2007, p. 361) “cultura também é um fenômeno social, em que alguns indivíduos são integrados e outros são marginalizados”. Esta, porém, não é uma situação absoluta, todos podem adquiri-la. Em sua definição de dicionário cultura significa “atividade e desenvolvimento intelectuais de um indivíduo; o saber, ilustração, instrução. É o refinamento de hábitos, modos ou gostos”. É, portanto algo passível de ser aprendido através de esforço e estudo. Esta afirmação é confirmada em “Não se nasce culto ou inculto. A cultura se transmite com o exemplo, se ensina. Não se obtém sem esforço, como acontece com tudo que possua um verdadeiro valor” (ROMER R, Miguel A. Cultura y salud. Gac Méd Caracas., Caracas, v. 118, n.1, enero 2010, tradução nossa) e também em “Denomina-se cultura a compreensão da própria civilização, obtida a partir de um minucioso estudo” (SCHWANITZ, 2007, p. 361).
    Proporcionalmente ao enriquecimento da cultura ocorre a diminuição das limitações de uma pessoa. O conhecimento da história é importante porque possibilita a compreensão da situação presente. Dominar diferentes línguas permite ao homem a fácil comunicação com diferentes povos, não se pode ignorar a importância deste fato. O episódio bíblico que se refere à torre chamada Babel, citado aqui apenas como ilustração, reflete esta importância.
    “E o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro” (BÍBLIA, Gênesis. Almeida Revista e Atualizada. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993, Gênesis 11, vers. 6, 7).
    A arte, a música e a literatura são o retrato de cada época, uma forma de história, portanto. Sobre a relação entre literatura e história: “se não for por meio das histórias, não temos como o observar o ‘tempo’” (SCHWANITZ, 2007, p. 370).
    Por fim, uma última, mas não menos importante definição de cultura: “Cultura é cultivar as sensibilidades humanas, as que distinguem os homens dos animais” (ROMER R, Miguel A. Cultura y salud. Gac Méd Caracas., Caracas, v. 118, n.1, enero 2010, tradução nossa).
    Bibliografia
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: tudo o que se deve saber. 1. ed. São Paulo: Livraria Martin Fontes Editora, 2007.
    FERREIRA, A. B. H. Aurélio século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
    ROMER R, Miguel A. Cultura y salud. Gac Méd Caracas., Caracas, v. 118, n. 1, enero 2010 . Disponible en . accedido en 01 jun. 2013.
    A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento (tradução de João Ferreira de Almeida). 2ª edição revista e atualizada. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil 1993. 1262 p.

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  46. Bernardo Faulhaber Castro Inicialmente,para falarmos desse tema tão complexo devemos ramificar e definir a semântica de cultura em duas vertentes. Em primeiro lugar a expressão"cultura geral",cuja a definição vem a ser: "cultura do latim colere,que significa cultivar,e que engloba a vida humana em um aspecto amplo que tange as artes,a moral,os costumes,as crenças,as leis e tudo o que molda e forma o ser humano,tendo como produto final um ser único(individuo),que partilha de características comuns aos seus "semelhantes",configurando-o assim em um ser social. Em uma segunda abordagem temos a vertente da palavra cultura no sentido da erudição,ou seja,"cultura erudita" que tem por definição:"erudita":do latim eruditus;que,ou quem tem erudição."Erudição:do latim eruditionem ,saber aprofundado em um ramo do conhecimento,cultura vasta.A partir desse ponto baseado no texto "CULTURA GERAL tudo o que se deve saber" de Dietrich Schwanitz,podemos abordar a palavra cultura de uma maneira mais específica,mais atenta a temas como:arte,literatura,cinema e arquitetura,áreas que são consideradas de grande importância para se tornar uma pessoa culta,seguindo assim um cânon,ou seja,se adequando ao nível cultural do "nicho social" ao qual se quer enquadrar. Bibliografia: SHWANITZ,Dietrich.CULTURA GERAL:tudo o que se deve saber.1.ed. São Paulo:livraria Martim fontes Editora,2007. Aurélio online. Etimology dictionary online.

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  48. Henrique de Sousa Teixeira Ferreira


    Cultura
    Primeiramente temos que tomar cuidado e observar quais aspectos da cultura vamos definir. No caso deste texto, irei trabalhar com o conceito de cultura que define o comportamento humano e suas regras sócias.
    Desde a criação da primeira regra na sociedade humana temos a formação de cultura, que seria uma gama de valores, repassados por gerações a fim de disseminar aspectos regionais únicos e específicos. Se pensarmos dessa forma cultura seria uma forma de treinamento imposta por uma sociedade para que tenhamos um padrão comum de julgamento do que é belo, agradável e coerente.
    A cultura vista nesse aspecto, sofre transformações durante o tempo, passando da mais simples e rudimentar pintura em uma caverna, chegando as belas e complexas composições sinfônicas de J. C. Bach. Porem entre todas essas mudanças, a cultura sempre foi a forma de mostrar o pensamento da época. Na pré- história por exemplo, as pinturas serviam como forma de narrar grandes feitos, de caça, atividades da natureza que escapavam de um padrão; já as pinturas modernas tem como objetivo agradar aos olhos, retratar paisagens/pessoas ou mesmo desafiar seus conceitos sobre o que é belo ou indefinido.
    Cultura não se prende apenas a formas de musicas ou pintura, está presente em construções também, o estilo de construção românico em que as igrejas eram escuras, sem adornos foi sucedido pelo estilo gótico, no qual as construções abriram mais seu interior, com tetos mais altos, mais janelas e mais luz trazendo assim a idéia de que Deus é calor, é luz.

    No aspecto social, não podemos dizer que uma pessoa não possui cultura, afinal qualquer forma de expressão de símbolos, gestos ou mesmo fala com um sotaque regional que possa ser transcrito ou entendido já é considerado cultura. E também temos os aspectos regrais desse termo, que seria a passagem de valores, e costumes de como se comportar em ambientes distintos, a cultura de uma sala de aula por exemplo, é de que o professor fica a frente de uma turma e os alunos sentados de frente para ele a fim de observar seus conhecimentos. Cultura é um aglomeramento de vivencias que são adquirias por cada um, alterando a visão de um individuo sobre alguém ou alguma coisa.
    Essas mudanças irão sempre continuar afinal, os valores idealizados mudam de época para época, conseqüentemente mudando a definição do que é o belo e o inusitado transformando a maneira que definimos cultura.

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  50. Lília Maria Teixeira da Rocha.
    O que é cultura?
    Cultura, uma única palavra que pode ter um significado ao mesmo tempo diferente e igual para cada um ou até mesmo pode ser aquela palavra que todos conhecem, mas não sabem explicar exatamente o que é, e isso pode ser explicado pelo fato dessa palavra ser capaz de abranger tantas coisas.
    Cultura pode ser denominado como “Tudo aquilo que se deve saber” fazendo referencia à tudo aquilo que se adquire de conhecimento ao longo da vida, mas quem não tem tanto acesso a tal conhecimento não deve ser nomeado como sem cultura, pois a cultura reside em cada um de nós, cada ação que temos se dá por causa da cultura na qual fomos inseridos. Cultura pode ser também segundo o livro Cultura Geral de Dietrich Schwanitz “um fenômeno social, em que alguns indivíduos são integrados e outros marginalizados”, ou seja, quem tem conhecimento é integrado e quem não tem acaba sendo marginalizado.
    Segundo a enciclopédia Brockhaus “Cultura é processo e resultado de uma formação intelectual do homem, em que ele, como ser cujos instintos não estão estabelecidos de modo fixo, alcança sua plena realização como ser humano, sua ‘humanidade’, ao confrontar-se com o mundo e especialmente com os conteúdos culturais.” Portanto, cultura é o conjunto de tudo que temos contato, que estudamos e que vivenciamos.
    Bibliografia
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: tudo o que se deve saber. 1. Ed São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora, 2007.

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  51. O que é cultura?

    "Em sentido amplo, cultura é o campo simbólico e material das atividades humanas, estudadas pela etnografia, etnologia e antropologia, além da filosofia. Em sentido restrito, isto é, articulado à divisão social do trabalho, tende a identificar-se com a posse de conhecimentos, habilidades e gestos específicos, com privilégios de classe, e leva à distinção entre cultos e incultos de onde partirá a diferença entre cultura letrada-erudita e cultura popular." (Chauí, 1986)

    Cultura é o resultado de costumes criados através do tempo por um povo, seja características sociais ou até crenças. Cultura é a forma aprimorada dos hábitos adquiridos pela humanidade e mesmo sofrendo pequenas mudanças ao longo do tempo, não perde a essência. Tudo aquilo que aprendido (e imposto em alguns casos) socialmente torna-se uma forma de código que é transmitido de um indivíduo para outro caracterizando-os como um grupo.

    Toda cultura tem sua própria trajetória e sua particularidade, e por mais próximas que algumas possam ser umas das outras, sempre vão ter suas distinções; e são essas que causam os choques culturais, já que todos os nossos gestos serão interpretado de acordo com quem está a nossa volta, sendo fácil entender que alguns costumes normais em algumas culturas se tornam até bizarros para outras.
    Não existe cultura superior ou inferior, tudo não passa de uma questão de perspectiva, o berço cultural de um povo e suas interações com outras formas de cultura definirão a velocidade em que ela se adapta aos costumes que para elas são considerados diferentes. Um povo isolado tente a parecer menos propicio a mudanças radicais de suas características, justamente pelo pouco contato com influências externas, porém não podemos dizer que são “atrasadas” já que dessa maneira estaríamos afirmando que uma outra cultura é “adiantada”.
    Toda cultura é dinâmica e sempre está em interação com outras, e com isso escreve-se a história, um povo influência o outro e assim por diante. A produção artística e o intelectual é um exemplo da cultura “sem fronteiras”, o que caracteriza também a cultura como conjunto de realizações humanas. Os vários significados de cultura: história, arte, costumes, crenças e hábitos, permitem entender e diminuir o etnocentrismo e o preconceito.

    Segundo John Locke, a cultura é um comportamento social aprendido pelos seres humanos, defendendo a ideia de que o ser humano nasce sem saber nada. Todo seu conhecimento depende do local onde ele viveu e das experiências vividas, as interações com outras culturas formam o indivíduo e suas convicções. E quanto maior é esse contato com formas diferentes de agir e pensar, que é desenvolvido a diversidade cultural e o respeito à diferença.

    CHAUI, Marilena. Conformismo e resistência, aspectos da cultura popular no Brasil. São Paulo: Editora Brasiliense, 1986
    LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. Coleção “Os Pensadores”, São Paulo, Abril Cultural, 1978.
    CANEDO, Daniele Pereira. Cultura, democracia e participação social: um estudo da II conferência estadual de cultura da Bahia. Dissertação de Mestrado Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, 1988.
    LARAIA, R. B. Cultura um conceito antropológico 20ª ed.. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2006.

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    1. Só pra confirmar, Aluno: Luiz Fernando Francedino Chagas!

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  53. O que é cultura?

    A definição de cultura é um pouco ampla por isso é tema de discussão. Uns chamam de cultura aquele que tem mais conhecimento e entendimento sobre variados temas, dentre eles: música clássica, balé, teatro, ópera... Baseia-se em acúmulo de conhecimento, educação formal, ou até mesmo uma formação superior. Conhecimento cultural passa por uma educação básica boa, e de conhecimento literário e das artes em geral. “O ensino transformou-se num reino de trevas. No seu interior evaporaram-se as ideias sobre o que devemos, afinal, aprender.” (SCHWANITZ, Dietrich. Livro cultura tudo o que é preciso).
    A arte está integrada a cultura onde temos grandes artistas: Da Vinci, Picasso , Shakespeare, Chopin, Mozart, Beethoven, Machado de Assis, Fernando Pessoa, dentre outros e em diversas categorias. Temos também muitos pensadores como Platão, Voltaire, Aristóteles, que contribuíram muito com grandes descobertas, ajudando a ter uma noção aprofundada de quem somos e de onde vivemos. Buscar maior conhecimento faz com que possamos ler e interpretar melhor o que lemos, aprender a escrever, expor ideias e a manifestar nossos conhecimentos de várias formas como pintura e música por exemplo. Conhecer e vivenciar tais manifestações faz com que se tenha uma visão do mundo diferente e absorver conhecimento sobre a história da humanidade... Ter um olhar crítico sobre as coisas, desenvolver em si a capacidade de produzir arte e conhecimento e passar seu entendimento aos outros.
    Outros entendem como cultura tudo que é de certa forma produzido pelo homem no meio onde vive em sociedade. Como exemplos temos: as leis, costumes, tradições, religiões, crenças, valores. “Cultura é forma comum e aprendida da vida, que compartilham os membros de uma sociedade e que consta da totalidade dos instrumentos, técnicas, instituições, atitudes, crenças, motivações e sistemas de valores que o grupo conhece” (LAKATOS, 1985).Cultura nesse sentido nos mostra como as pessoas agem e se comportam em sociedade, nos dá as características de um povo e como ele vive. Em alguns lugares trocar olhares é um sinal de ofensa. Já em outros lugares como na Índia por exemplo é comum homens darem as mãos.No Japão já se cumprimenta inclinando a cabeça ao invés de outros lugares que se beijam no rosto ou apertam-se as mãos. Comidas, gestos, dialetos, músicas, danças, são fatores que geralmente determinam a cultura de uma sociedade . Nos integramos com a socialização. “A Socialização é um processo que dura a vida inteira, em que o comportamento humano é continuamente modelado pelas interações sociais” (GIDDENS, 2005). No decorrer da vida sempre aprendemos coisas novas, sempre em constante aprendizado. Aprendemos tudo com a herança cultural, socialização primária ou secundária que é aprendida nas escolas, mídias, grupos sociais. Existem também as subculturas que trata da liberdade das pessoas podem se expressar e agir conforme suas opiniões. Exemplo disso temos os góticos e punks. A contracultura também é outro ponto a se destacar pois ela vem contra alguns conceitos de cultura, uma pessoa que é contra certos costumes e normas. Por fim tem o exemplo do etnocentrismo, que é o ato de julgar outra cultura se baseando na própria cultura, de certa forma não aceitando a cultura do outro. Quando nós somos os diferentes, somos vistos com olhares diferentes, como se não pertencesse aquele mundo. Cultura é tudo o que você faz, aprende e vive. Cultura portanto é uma definição de onde você vive, faz e segue . É o que define você onde vive e como vive, segundo esse contexto. Cultura por tanto é uma definição de onde você vive, faz e segue . É o que define você onde vive e como vive, segundo esse segundo contexto.

    Fontes : SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
    Jurandir Dias

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  54. Júlia Mota de Oliveira

    O que é Cultura?
    A palavra Cultura pode ser interpretada em diversas perspectivas. Ao consultarmos o dicionário sobre a acepção da palavra “Cultura” podemos identificar a utilização da mesma em sentidos distintos, um deles é a cultura como ação de cultivar produtos agrícolas. Todavia, a definição que nos é pertinente é “Conjunto das estruturas sociais, religiosas etc., das manifestações intelectuais, artísticas etc., que caracteriza uma sociedade: a cultura inca; a cultura helenística”¹.
    Cultura, portanto, é um conjunto de comportamentos, hábitos, demonstrações, entre outros, repetidos pela maior parte de uma determinada sociedade durante um considerável período de tempo e que se torna parte da identidade daquele povo. Nitidamente, essas práticas cotidianas contrastam com o comportamento natural. Para Dietrich Schwanitz “uma cultura é, não em último lugar, o patrimônio comum de histórias que mantém unida uma sociedade. Destas também fazem parte os relatos sobre as próprias origens, ou seja, a biografia (descrição da vida) de uma sociedade que diz à mesma quem ela 锲 (Pag. 37).
    O reconhecimento da cultura de um povo se tornou tão importante que até mesmo a Constituição Brasileira de 1988 trata sobre o tema. A Constituição versa:
    “Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
    § 1.º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.
    § 2.º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.”³.
    Contudo, é inegável que o conceito de Cultura será sempre mutável, estando sempre em desenvolvimento, o que é consequência de seu mecanismo adaptativo e cumulativo. A nossa geração passará para a próxima o que nos foi passado pela geração anterior, porém com modificações que procuraram melhorar a nossa vivência.


    Referências

    ¹FERREIRA, Aurélio B. de Hollanda. Dicionário Online. Disponível: . Acesso em: 01 jun. 2013.
    ²SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral. Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
    ³BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: DF: Senado, 2011.

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  55. Todo individuo desde o primórdio dos tempos, vive em sociedade, mesmo que a ignorando, vivendo como ermitão ao realizar essa ação de ignorar a sociedade ele considera a sua existência e sendo assim, faz parte dela. Ao viver em sociedade o homem está, mesmo que por vezes inconscientemente, absorvendo a cultura do meio em que vive. O significado da palavra “Cultura” vem do latim, e traduzindo quer dizer “cultivar” o significante de Cultura faz justiça ao significado, consideramos que ao nascer o individuo ira aprender com adultos que o criam como se comunicar, como se alimentar, como se divertir e todos os direitos e deveres da sociedade em que nasceu, nesse processo tradicional, tais adultos aprenderam com seus pais essas regras e assim os indivíduos nada mais estão fazendo do que cultivar o que já foi aprendido. Dentro da ciência antropológica a Cultura possui varias definições, mas a primeira delas foi produzida pelo antropólogo inglês Edward Burnett Tylor: "Cultura... é o complexo no qual estão incluídos conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e quaisquer outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade.". A Cultura também foi definida pelo antropólogo americano Melville Jean Herskovits como a parte do ambiente feita pelo homem; Ralph Linton, como a herança cultural, e Robert Harry Lowie, como o conjunto da tradição social. No século XX, o antropólogo e biólogo social inglês Ashley Montagu a definiu como o modo particular como as pessoas se adaptam a seu ambiente. Desse modo podemos dizer que a cultura é responsável por todas as fases da vida de um ser humano, o nascimento, crescimento, reprodução e morte. E durante todo o seu desenvolvimento o homem, como animal racional, produz cultura. É importante ressaltar que a cultura transmitida e aprendida não é estática, podemos defini-la como mutante, sempre em desenvolvimento, se adaptando as mudanças no pensamento dos indivíduos, de forma lenta e progressiva. Ao ampliar seus horizontes e entrar em contato com outras culturas o individuo modifica a sua própria, quase como um processo natural. A Cultura no sentido Erudito deve ser estudada com um olhar amplo, respeitando as limitações e costumes de cada sociedade, já que o individuo considerado culto dentro de uma tribo indígena não terá os mesmo conhecimentos que um indivíduo considerado culto dentro de uma universidade europeia. Dessa forma podemos observar como a sociedade se organiza a partir de sua praticas culturais, tais como: religião, sistema de governo. Vale lembrar também que a primeira sociedade de que um indivíduo faz parte é a família, desta forma podemos ter dentro de uma mesma região geográfica, expostas aos mesmos fatores culturais, duas famílias com praticas diferentes e assim os indivíduos nascidos nessas famílias, não terão obrigatoriamente os mesmo conceitos, mas por serem expostos a eles em seu processo de formação de personalidade irão observar a cultura exterior a sua família (de seu bairro, ou cidade) de forma diferenciada. Para finalizar, entendemos que a cultura define o homem e o homem modifica a cultura, dando continuidade no processo evolutivo do conhecimento aplicado em todos os campos de sua vida.
    Fonte:Internet:http://www.professorfiorin.com.br/2008/08/para-meus-alunos-do-seg-colgio-frei.html
    Referência:
    FIORIN, José Augusto (org.). A organização das sociedades humanas na história da humanidade. Ijuí: Sapiens Editora, 2007.145 p.

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  56. Cultura
    Cultura não se define se interpreta. Ela é uma, formada por todos, "diz respeito à humanidade como um todo e ao mesmo tempo a cada um dos povos, nações, sociedades e grupos humano dito assim por José Luiz dos Santos em O que é cultura. Cultura é o DNA de cada povo, cada grupo social e cada individuo, estes se diferem por suas crenças, organizações, aspectos naturais e material diante da sociedade. Extrair as experiências, estilos, épocas e formas é extrair deles parte de sua cultura.
    Cultura sempre é catalogada como algo estático, porém a Cultura sempre esta criando novas Culturas. Temos como exemplo dessa 'evolução' a história, ela é um produto coletivo da vida humana. A cultura está introduzida, direta ou indiretamente, em todas as áreas, como na ciência, comunicação, tecnologia e até mesmo nos esportes, porém está constantemente evoluindo, na palavra do autor "Cultura faz parte de uma realidade onde a mudança é um aspecto fundamental". A cultura nos tempos do Brasil colonial não é a mesma da cultura do Brasil atual, porém temos como referência a primeira, e sabemos que esta passou por um estagio de evolução.
    Ela tem um aspecto amplo, pois cada ser tem sua própria cultura, cada grupo também tem a sua, cada cidade a sua e assim por diante, essas individualidades de cada um faz com que a cultura cresça e se destaque. Cultura não é algo que se coloque como "retardada" ou "progressiva" ela é um gráfico constante em crescimento. Ela cresce quando se adapta as necessidades de cada grupo. Um exemplo é o estagio quando o homem passa criar seus bichos e denomina-los domésticos, foi uma necessidade que logo se passou para as próximas gerações. Do pensamento antropológico, foi unicamente a cultura que nos diferenciou homem de animal.
    Não se deve imaginar a cultura como um processo físico ou biológico, muito menos material, cultura é em si o que a nação é para o mundo. Sabemos que a Literatura Francesa não é a mesma que a nossa pois os aspectos culturais da França influenciaram para que isso ocorresse.
    O impacto que ela causa nos diferentes grupos da sociedade é o que ela é. Ela faz uma interligação entre as pessoas, o saber que tal pessoa tem certos aptos nos ajuda a imaginar como é sua cultura e nos auxilia no processo de comunicação. Outros aptos são os alimentares, de vestimenta, modo de agir, expressão, o dia a dia etc.
    Uma das várias vertentes da cultura é a arte. Ela é o modo como a pessoa se expressa, e a cultura se expressa através dela. Sem arte não há cultura e sem cultura não há arte. São duas paralelas que estão condenadas a se interceptarem. Só sabemos o que é cultura graças a arte de escrever, pintar e interpretar.
    A cultura pertence a todos, e todos a formamos como seres únicos e pertencentes a uma sociedade, como nos aplicamos diante dela e como ela nos recepciona diante a essas atitudes. Esse recepcionar que vai diferir o que vai ser o que já foi implantado na cultura, ela é um conjunto de ações geradas por TODOS. Não há seres humanos sem cultura.
    Somos nascidos, criados e formados por uma cultura, esta pode sofrer de estágios e acréscimos diferentes, porém nunca deixamos de ter ou não uma. "Cultura é o legado comum de toda a humanidade", Cultura é o que nos define.

    Bibliografia;
    O que é Cultura - José Luiz dos Santos
    Citações: Páginas 8,47 e 86
    Publicação: 1996











































































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  57. Lucas Nunes Nora de Souza, O Que e Cultura?

    Cultura é um conceito amplo e complexo, podendo ser definido como o conjunto de conhecimentos que o individuo possui, segundo o autor,

    “Cultura é, portanto, um objeto complexo: um ideal, um processo, um conjunto de conhecimentos e de capacidades e um estado de espírito”(SCHWANITZ, 2007,p.362)

    Entre estes elementos citados acima podemos destacar a música, a literatura, a história, a estória. A cultura é mutável, pois está em constante evolução, pois até as coisas consideradas insignificantes como assistir televisão, ir a um bar com amigos são capazes de contribuir para um crescimento cultural. Também devemos destacar, a cultura como algo social que tem papel fundamental nas relações socias, uma vez que não existe abismo maior do que o cultural, ópera por exemplo, surgiu como cultura de massa, porém, com o passar dos séculos a burguesia transformou-a numa cultura de elite, o que acaba gerando uma barreira entre os ditos cultos(ricos) e os ditos não cultos(pobres), porque é quase impossível uma pessoa de baixo poder aquisitivo ter o hábito de ouvir ópera, nesse mesmo contexto usaremos o exemplo das escolas de samba que nasceram como cultura de massa no inicio do século passado, e após anos de discriminação passaram a serem aceitas pela sociedade. Com isso, podemos perceber que quase um século após a fundação da primeira escola de samba, esta deixou de ser simplesmente aceita socialmente e passou a ter um papel integrador, juntando o rico e o pobre em torno do samba, pelo menos no carnaval. Cabe enfatizar, que nesse período se esquecem as regras de trato social que expressam perfeitamente a cultura de determinado grupo social.
    A cultura é composta por códigos, por exemplo: para a arquitetura gótica Deus é luz, por isso há grandes janelas nas catedrais desse período histórico. Logo, para entender a cultura o individuo deve ser capaz de entender esses códigos pois, quanto maior a capacidade de entender esses códigos maior será a cultura do individuo. Quanto mais culto o individuo for maior será sua aceitação na sociedade, mas para tanto, ele não deve se ater apenas nos conhecimentos ditos eruditos e populares o individuo também, deve saber usar o seu conhecimento acumulado, em conversas, em debates entre outros.
    É importante frisarmos que a cultura gera poder, ou seja, hoje pode- se medir o poder de um povo através da força que este tem de impor suas tradições culturais, isso fica claro no fato de haver MC DONALD'S em praticamente todo ocidente. Assim, podemos dizer que a força de um povo reside na sua cultura como por exemplo: na alimentação, musica, historia, arquitetura, regras sociais, religião entre outros.
    Podemos concluir que por se tratar de um termo genérico, é praticamente impossível determinar com certeza “o que é cultura”, pois cultura é tudo aquilo que vimos, ouvimos; sentimos durante a vida.



    Referencias bibliográficas:



    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: tudo o que se deve saber. 1. Ed São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora, 2007

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  59. O que é cultura?
    Cecília Detoni Lopes
    Segundo definição de dicionário ,cultura significa cultivar . No senso comum, cultura adquire diversos significados: pode ser entendida como conhecimento sobre arte, ciência , línguas , entre outros. Em aprofundamento podemos dizer que cultura diz respeito a humanidade e ao mesmo tempo a compreensão com a nossa própria civilização. É definida em ciências sociais como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade. Seria então, a herança social da humanidade ou ainda de forma específica, uma determinada variante da herança social. Como diz Diertrich Schwanitz " Cultura é a familiaridade com os traços principais da história de nossa civilização, com as grandes teorias da filosofia e da ciência bem como as formas lingüísticas e as principais obras de arte, da música e da literatura."
    Para José Luiz dos Santos "(...) Cada cultura é resultado de uma história particular, e isso inclui também as relações com outras culturas, as quais podem ter características bem diferentes." ( O que é cultura ? P- 10/73)
    Segundo Schwanitz "Seria a capacidade de manter uma conversa culta sem produzir uma impressão desagradável". Porém, como evidencia uma conversa culta não é uma troca de informações é oferecer , receber para que assim dialogar.
    A definição extraída da enciclopédia Brockaus é ‘’Cultura é o processo e resultado de uma formação intelectual do homem, em que ele , como ser cujos não estabelecidos de modo fixo, alcança sua plena realização como ser humano, sua ‘’humanidade’’ , ao confrontar-se com o mundo e especialmente com os conteúdos culturais". A cultura é pode ser entendida como um jogo social. É ampla a idéia de cultura, o saber cultural não se compõe fundamentalmente de meras informações. Como resume Schwanitz cultura é um objetivo complexo: um ideal, um processo, um conjunto de conhecimentos e de capacidades de um estado de espírito.
    A cultura é um conceito que está sempre em desenvolvimento, pois com o passar do tempo ela é influenciada por novas maneiras de pensar inerentes ao desenvolvimento do ser humano.

    Quando é iniciado um diálogo é esperado que os outros participante tenham conhecimento sobre aquele assunto para que se desenvolva, porém, não é o que normalmente acontece. A cultura não é perdida, podemos dizer que uma pessoa que tinha uma boa bagagem cultural, e hoje não tem mais, continua sendo culto.
    Em contraposição ao conceito erudito, está o conceito antropológico aonde fundamenta-se que cultura são conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e quaisquer outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade.
    Como vimos , não se pode definir “ o que é cultura” ao certo . Sabemos que ela modifica o homem e ele a modifica, é um processo coletivo da vida humana.
    GEERTZ, Clifford. A interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC Editora. 1989
    SCHWANITZ, Dietrich. (2007) Cultura Geral - Tudo o que se deve saber. São Paulo: Marctins Fontes.
    DA MATTA, Roberto. Você tem cultura? Rio de Janeiro: Jornal da Embratel, 1981.

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  61. Pensar em cultura, não significa que exista apenas a visão antropológica, onde cultura quer dizer que determinados ritos, hábitos, idioma, são adotados por determinado individuo, que faz parte de uma tripo (no sentido de grupo), que chama isso de cultura. Penso que seja semelhante ao sentido de tradição.
    O que estamos nos referindo, é sobre o assunto que o autor de “tudo o que se precisa saber” aborda, que é cultura de uma maneira geral, cultura, sinônimo de conhecimento geral em nível intermediário de todos os assuntos. O próprio autor simula situações onde certos assuntos, para uns considerados tabus, inalcançáveis, para o outros, são considerados básicos.
    “Cultura é a familiaridade com os traços principais da história de nossa civilização, com as grandes teorias da filosofia e da ciência, bem como as formas linguísticas e as principais obras da arte, da musica e da literatura.”
    Tendo como modelo de conhecimento centrado no controle de certos saberes, como a musica, a arte.
    O saber erudito começa a negar a presença das classes populares, como a ópera. Outro exemplo citado é o da literatura; a descrição de livros populares, que tem como destino a população em massa, tem como característica a leitura rápida, com descrições obvias e de mais fácil entendimento. Ao contrário dos grandes clássicos que são ricos em todos os sentidos, não só na história, mas no detalhamento do cenário e situações.
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral. Tudo o que se deve saber. São Paulo. Martins Fontes, 2007

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  62. Aluno: Juber Marques Pacífico

    Definir “cultura” é sem dúvidas uma difícil tarefa, afinal existem milhares de conceitos sobre esse tema. Para a maioria dos dicionários sociológico e até mesmo antropológico cultura é o “Conjunto de ideias, comportamentos, símbolos, e práticas sociais aprendidos de geração em geração, através dos tempos pela sociedade”. A filosofia é ainda mais abrangente ao conceituar “cultura” como “Conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou com o comportamento natural”. Em sua obra “Cultura Geral, tudo que se deve saber” Schwanitz afirma que cultura é um fenômeno social de cânone oculto. Analisando a importância da cultura no mundo contemporâneo o historiador Alfredo Bosi constatou que “Cada vez mais, nos preocupamos em criar projetos de cultura, e além dessa criação, os nossos ideias democráticos exigem uma socialização do conhecimento. Não só cavar na matéria em si, mas também estendê-la na linha da comunicação, na linha da socialização; e fazer com que este bem seja repartido, distribuído,de maneira mais justa e mais ampla possível.” Já a cultura erudita é sem dúvidas um parâmetro usado pela sociedade para diferenciar pessoas cultas de pessoas sem cultura. Para se ter cultura erudita é necessário estudos, pesquisas, união de conhecimento prático e teórico. Significa produção e utilização do conhecimento, conhecimento este responsável pela evolução intelectual da sociedade. Para o jornalista e escritor norte-americano Ambrose Bierce, em sua obra “O dicionario do Diabo” “Erudição é a poeira sacudida de um livro para dentro de um crânio vazio”. Para o escritor brasileiro Millôr Fernandes “Erudito é um sujeito que tem mais cultura do que cabe nele.”
    Segundo o pensador francês Pierre Bourdieu existem dois tipos de aprendizado, o familiar e o escolar, refere-se a duas maneiras de adquirir bens da cultura e com eles se habituar. Essas duas formas de aprendizado seriam responsáveis pela formação do gosto cultural dos indivíduos. Seria, especificamente, o que se chamaríamos de “capital cultural incorporado”, uma dimensão do habitus de cada um; uma predisposição a gostar de determinados produtos da cultura, por exemplo, filmes, livros ou musica, consagrados ou não pela cultura culta; uma tendência desenvolvida em cada um de nós, incorporada e que supõe uma interiorização e identificação com certas informações e/ou saberes; um capital, enfim, em uma versão simbólica, transvertido em disposições de cultura, portanto, fruto de um trabalho de assimilação, conquistado a custa de muito investimento, tempo, dinheiro e desembaraço no caso dos grupos privilegiados.
    ¹FERREIRA, Aurélio B. de Hollanda. Dicionário Online. Disponível: . Acesso em: 01 jun. 2013.
    ²SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral. Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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  63. Aluna: Ely Daiane Souza da Silva
    A palavra cultura refere-se a vários sentidos, dependendo do contexto em que será usada. Um dos conceitos mais usados é o da Sociologia que diz que cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana. Seja a sociedade simples ou complexa, todas possuem sua forma de expressar, pensar, agir e sentir, portanto, todas têm sua própria cultura, o seu modo de vida. Os elementos culturais são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser.
    Essa definição geral pode sofrer mudanças de acordo com a perspectiva teórica do sociólogo ou antropólogo em questão. De acordo com Ralph Linton “como termo geral, cultura significa a herança social e total da Humanidade; como termo específico, uma cultura significa determinada variante da herança social”. Assim, cultura, como um todo, compõe-se de grande número de culturas, cada uma das quais é característica de certo grupo de indivíduos.
    Na agricultura, acepção original do termo cultura, refere-se ao cultivo da terra para a produção de vegetais úteis ao consumo humano.
    Na filosofia, e essa é a definição que para nossos estudos parece ser a melhor, cultura é o conjunto de manifestações humanas que afrontam com a natureza ou comportamento natural. No dia-a-dia das sociedades humanas civilizadas, cultura costuma ser associada à aquisição de conhecimento e práticas de vida reconhecidas como melhores, superiores, ou seja, erudição; este sentido normalmente se associa ao que é também descrito como “alta cultura” e aqui esse termo só pode ser empregado no singular, pois só existe uma cultura ideal. Dentro da filosofia a cultura é um conjunto de respostas para melhor satisfazer os desejos humanos. Cultura é informação, um conjunto de conhecimentos teóricos e práticos que se aprende e transmite aos contemporâneos e aos que ainda estão por vir.
    Dietrich Schwanitz no texto “Cultura Geral: Tudo o que se deve saber”, cita alguns, mas desenvolve três conceitos para cultura: primeiro ele fala sobre a capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas, sem produzir uma impressão desagradável; está voltada ao ideal de formação geral da personalidade, em contraposição à formação profissional e prática dos especialistas; o segundo como um ideal, um processo, um conjunto de conhecimentos e de capacidades e um estado de espírito; e o terceiro como um jogo social. Cultura é um jogo social, caracterizado por elevadas expectativas e expectativas de expectativas em relação ao saber cultural. Porém esse jogo tem suas regras, e dificilmente quem não tiver praticado desde a infância terá facilidade em aprendê-las, pois, já é preciso conhecê-las para poder praticá-las. Só é aceito no clube da cultura quem já domina seu jogo; mas só se aprender a jogar dentro do clube. O autor fala sobre o jogo da cultura como um jogo de suposições, onde “cada um supõe que o outro é culto, e o outro, por sua vez, supõe que é tido como culto”. Schwanitz ainda cita o jogo de futebol e o jogo de xadrez, com suas regras e saberes para serem comparados ao jogo da cultura. Aqui cultura é comparada também como uma religião, com seus cânones filtrados pela evolução.
    Não há uma definição exata para o que uma pessoa deve saber para ser considerada culta, pois, não se sabe quando uma ou outra informação será usada. O que se sabe ao certo é que quanto maior for a capacidade da pessoa em desenvolver qualquer assunto (seja ele sobre arte, musica, literatura, etc) estará cada vez mais perto de ingressar na comunidade de fieis da cultura.
    Bibliografia:
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura. (Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006)
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins fontes, 2007.
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura

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  64. O QUE É CULTURA ?
    Aluna: Maristela Avila França
    Etimologicamente, a palavra que vem latim colere, que significa o cuidado dispensado ao campo ou ao gado, ela aparece no fim do século XIII para designar uma parcela de terra cultivada, o que está distante de contemplar toda uma conceituação do termo cultura. O conceito de cultura este sempre norteado por duas principais linhas de pensadores, uma no campo da antropologia e outra vertente sociológica.
    Segundo a antropologia, cultura é o conjunto de comportamento, de valores e das crenças culturais de uma sociedade. “Culturas são sistemas (de padrões de comportamento socialmente transmitidos) que servem para adaptar as comunidades humanas aos seus embasamentos biológicos. Esse modo de vida das comunidades inclui tecnologias e modo de organização econômica, padrões de estabelecimento, de agrupamento social e organização política, crenças e práticas religiosas, e assim por diante”. Para Aldo Vannucchi o conceito básico de Cultura “é tudo aquilo que não é natureza, ou seja, tudo o que é produzido pelo ser humano”. Por exemplo: a terra é natureza e o plantio é cultura. É o desenvolvimento intelectual do ser humano, são os costumes e valores de uma sociedade. Em suma, os homens são seres culturais por natureza. Há diferentes posições dos antropólogos de nosso tempo. Para fins didáticos, podemos distinguir quatro tendências: 1) há os que vêem cultura como sistema de padrões de comportamento, de modos de organização econômica e política, de tecnologias, em permanente adaptação, em vista do relacionamento dos grupos humanos com seus respectivos ecossistemas; 2) há os que tratam a cultura como um sistema de conhecimento da realidade, como o código mental do grupo, não como um fenômeno material, mas cognitivo; 3) há também os que encaram a cultura como um sistema estrutural, em que o eixo de tudo é a bipolaridade natureza-cultura, tendo como campos privilegiados de sua concretização o mito, a arte, a língua e o parentesco; 4) por fim, há os que entendem cultura como sistema simbólico de um grupo humano, sistema que só poderá ser apreendido por outro grupo por meio de interpretação e não por mera descrição.
    Nas ciências sociais ou sociologicamente, as primeiras referências à palavra cultura foram dadas pelo mundo ocidental, na Idade Média, e dois países encabeçaram os estudos, foram eles: França e Alemanha. Com o passar do tempo o sentido foi sendo transformado, e no século XVIII passa-se de ‘cultura’ como ação a ‘cultura’ como estado do indivíduo “que tem cultura”.
    A partir desse ponto, temos um processo de oposição entre duas noções do assunto, uma noção particularista que se opõe à nação francesa universalista de civilização.
    A concepção universalista, defendida pelos franceses, carrega em si, um sentido coletivo, a cultura da humanidade. Um dos defensores da concepção foi Edward Tylor, que definiu cultura como sendo um conjunto complexo que inclui as crenças, a arte, o direito, os costumes e as outras capacidades ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade, ou seja, a expressão da totalidade da visa social do indivíduo. Tylor defende ainda que cultura é adquirida e não depende da hereditariedade biológica.
    Penso que o termo cultura esta ainda em fase de definição no âmbito acadêmico, pois muitos estudos estão por vir e consolidar os conceitos referentes às ciências humanas.
    (2012, 03). A Noção De Cultura Nas Ciências Sociais-Denys Cuche-Resenha. TrabalhosFeitos.com. Retirado 03, 2012, de http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-No%C3%A7%C3%A3o-De-Cultura-Nas-Ci%C3%AAncias/136202.html
    CONCEITOS DE CULTURA- Aldo Vannucchi http://pt.shvoong.com/books/1771321-conceitos-cultura/

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  65. Rodrigo Augusto de Oliveira
    O que é cultura?
    Cultura palavra que acarreta um significado muito expansivo e com muitas variações e que tem evoluído constantemente ao passar dos anos com aprofundamentos em estudos sobre o assunto, cultura tem como significado cultivar e vem do latim colere.
    O dicionário Michaelis tem como definição “(...) Sistema de ideias, conhecimentos, técnicas e artefatos, de padrões de comportamento e atitudes que caracteriza uma determinada sociedade. Estado ou estágio do desenvolvimento cultural de um povo ou período, caracterizado pelo conjunto das obras, instalações e objetos criados pelo homem desse povo ou período; conteúdo social (...)”.
    O conceito mais eminente e mais utilizado ao termo cultura é sinônimo de conhecimento e sabedoria que se aprende e carrega durante a vida onde esta cultura adquirida nunca vai se abolir, Dietrich Schwanitz define cultura da seguinte maneira: “Se um conjunto dos conhecimentos fosse uma pessoa, seu nome seria cultura”. Uma pessoa para ser considerada culta é necessário possuir o conjunto de conhecimentos sobre arte, costumes, livros, idiomas exteriores, crenças, estudo e hábito definindo assim em um “jogo da cultura” sendo o objetivo é sempre ser culto. Este jogo ilustrado por Schwanitz possui regras, e quem não tiver absorvido essa cultura proposta pela sociedade terá dificuldade para conviver e aprender posteriormente. Quando uma pessoa adquiriu um pouco de cultura dificilmente vai demonstrar algum dificuldade de sobressair culturalmente sobre outro menos culto, mesmo sem ter nenhum conhecimento adquirido. Portanto cultura pode nos propor “tabus” que nos mostra como devemos nos comportar, falar, fazer inclusive em determinados âmbitos sociais.
    José Luiz dos Santos engloba cultura como a humanidade como todo e que sempre que formos discutir sobre cultura que devemos ter sempre a mente aberta para multiplicidade de forma de existência. “Cada realidade cultural tem sua lógica interna, a qual devemos procurar conhecer para que façam sentido as suas práticas, costumes, concepções e as transformações pelas quais estas passam. É preciso relacionar a variedade de procedimentos culturais com os contextos em que são produzidos”. Nesse modo o sentido de cultura pode obter de varias formas uma das formas onde é a mais empregada e sinônimo de conhecimento artístico como arte, teatro, musica, pinturas. A definição que também se emprega a cultura seria de educação (formação escolar). Outra forma que também é muito utilizada seria uma forma mais antropológica onde cultura pode ser definida com tradição passada de geração em geração, religião, forma de viver.
    Contudo a cultura se divide, tornando uma cultura erudita ou uma cultura de massa (cultura popular). A cultura Erudita é destinada a uma determinada classe social mais elitizada, onde tem como base o conhecimento adquirido através de leituras, conhecimento cientifico, já a cultura de massa ao contrario da cultura erudita não tem como fundamento os conhecimento recebido através de conceitos científicos, pesquisa universitárias esse conhecimento e adquirido e absolvido através da vivencia e adaptações das pessoas.
    Fontes Bibliográficas:
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral Todo o que se deve saber. São Paulo. Martins Fontes, 2007.
    SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo. Editora Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 1987.
    COELHO, Teixeira. O Que é Indústria Cultural. São Paulo: Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 1998.
    Dicionário Michaelis - http://michaelis.uol.com.br/

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  66. Diogo Vilela da Cunha Paula
    O que é Cultura ?
    A palavra “Cultura” (do latim colere, que significa “Cultivar),conceito utilizado pelos romanos e línguas latinas,referindo a cultivo da terra com produção.Termo que ate hoje usamos quando nos referimos por exemplo a “Cultura de arroz” .Possui uma definição mais generalizada pelo antropólogo Edward Burnett Tylor .”Aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade” .Tal conceito antropológico esta em oposição ao que chamamos de “Contracultura”,subcultura que rejeita e contesta valores e práticas da cultura dominante da sociedade na qual faz parte.Existem varias subdivisões,como a “Cultura de Massa”,que são interpretadas e popularizadas pela industria cultural e veículos de massa,seja na musica,literatura e cinema,para uma disseminação maior público possível.Cultura “Erudita”,são conhecimentos adquiridos e socialmente valorizados,constituído como patrimônio da sociedade.
    Filosoficamente ,a cultura é explicada como um conjunto de manifestações humanas,que contrastam com a natureza ou comportamento natural,atitude de interpretação pessoal e coerente da realidade,destinando à posições suscetíveis de valor íntimo,argumentação e aperfeiçoamento.
    Dietrich Schiwanitz afirma que a cultura política precisa de uma pré-historia,que a apóie e legitime.Sem semelhante pré-historia,a sociedade nunca entenderia sua própria Historia (p.31).Cultura política é um conjunto de atitudes,como normas,crenças,valores e atitudes inerentes e presentes numa sociedade,conceituando a todas instituições politicas.Possui um amplo campo de pesquisa e discussões,entre a postura do cidadão,o grau que a sociedade tinha entre a aceitação e recusa da ações das instituições políticas.Estudos sobre a área política e sua cultura,surgiram no começo do século passado,com grande influência de acadêmicos antropologistas e culturalistas.Os primeiros trabalhos sobre cultura política foram totalmente equivocados pelo Determinismo,dando uma percepção incompletas e falhas sobre a população pesquisada.Pesquisas que afirmavam que a cultura política de cada nação era homogênea e nunca ocorreria mudanças na política,o que foi provado o contrario ao longo do século.
    A principal característica da cultura é o mecanismo adaptativo,o modo como pode evoluir e ser modificado ao longo dos tempos,sem perder o tradicional,o chamado “De pai para filho”,incorporando outros aspetos procurando assim, melhorar a vivência das novas gerações.

    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral Todo o que se deve saber. São Paulo. Martins Fontes, 2007.
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura. (Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006)
    http://www.significados.com.br/cultura/

    Do Carmo,Maria. Mosaico (Dialogismos, tendo como fundo a cultura).Porto/Portugal

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  67. Giseli do Nascimento Silva

    As definições do termo cultura são várias e em muitos casos divergentes, devido à maneira como ela é estudada e compreendida. Segundo Dietrich Schwanitz (2007, p. 361-362), no livro “Cultura Geral: Tudo o que se deve saber”, o termo cultura é explorado de maneira a alcançar um amplo entendimento passando por diferentes áreas de conhecimento em que segundo o autor “Cultura é a familiaridade com os traços principais da história de nossa civilização, com grandes teorias da filosofia e da ciência, bem como com as formas linguísticas e as principais obras da arte, da musica e da literatura”, também faz uso de definições extraídas da enciclopédia Brockhaus: “Processo e resultado de uma formação intelectual do homem, em que ele, como ser cujos instintos não estão estabelecidos de modo fixo, alcança sua plena realização como ser humano, sua humanidade ao confrontar-se com o mundo e especialmente com os conteúdos culturais”, ou seja, mostra de maneira bem direta que cultura é tudo que a humanidade produz, seja de forma concreta ou abstrata, desde artefatos e objetos passando por ideais e crenças, e que as formas de comportamento também possuem grande importância, pois saber conduzir uma conversa e agir de maneira hábil diante de situações difíceis nem sempre é tarefa fácil, pois necessita de uma visão ampla do ambiente ao que se está inserindo para estabelecer uma comunicação eficaz. Enquanto um conceito dotado de múltiplos significados, podemos dizer que sua construção enquanto uma categoria do conhecimento se desenvolveu de forma central no âmbito da ciência antropológica, uma vez que o conceito de cultura pode ser apontado como um dos principais objetos de estudo sendo que Edward Burnett Tylor (1871, p. 31) foi o primeiro a estabelecer o conceito etnográfico de cultura, como sendo um “todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”. Segundo o autor, a diversidade cultural entre as sociedades é resultado da desigualdade nos seus estágios evolutivos. A noção de cultura no singular passou a designar um ideal universal de progresso, presente nas civilizações que se desenvolveram ao longo do tempo, surgindo assim questionamentos morais e políticos, bem como críticas em torno do conceito antropológico de cultura no singular, recaindo sobre o mesmo a suspeita de que seria um instrumento de demarcação, estabilização e legitimação de diferenças/desigualdades. A ideia de pluralidade cultural contrasta com a ideia de cultura no singular. Surge com Frans Boas o particularismo histórico ou a chamada Escola Cultural Americana, segundo a qual cada cultura percorre caminhos próprios em função do enfrentamento de diferentes eventos históricos. Desde então, a explicação evolucionista da cultura passou a ser aceitável apenas numa abordagem multilinear, relativismo cultural (LARAIA, 2001).


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: tudo o que se deve saber. São Paulo. Martins Fontes, 2007.

    TYLOR, E. B. A Ciência da Cultura, 1871. In: Celso Castro (org). Evolucionismo Cultural. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2005.

    LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. 14. Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.

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  68. O que é cultura?
    Luan Alves dos Santos Ribeiro

    Para Dietrich Schwanitz cultura é a familiaridade com os traços principais da nossa civilização, as principais obras de arte, música, literatura, as principais teorias da ciência e da filosofia. Já pra Clifford Geertz e a antropologia atual cultura é um conjunto de mecanismos de controle – regras, instruções – que governam o comportamento. Nesse breve texto abordarei a primeira concepção de cultura, a concepção clássica.
    Cultura é o merecido presente dado aos homens que engajados com o crescimento pessoal, com a ampliação da consciência, com a dilatação da sensibilidade alcançaram através dos livros, das artes, de uma postura diante da vida.
    Cultura é o respeito pelo diferente – pela outra cultura -, é a gentileza, o domínio da etiqueta – pequena ética – social, é saber conversar categoricamente com qualquer pessoa, é o domínio da chamada alta cultura, é o domínio das convenções.
    Cultura é saber o que se deve e o que não se deve saber. É a sabedoria necessária para se privar do desnecessário e se ocupar do necessário, do profundo e do belo. É ter bom gosto. “No consumo cada um tem uma posição no mapa do gosto”, disse o autor de Cultura geral – Tudo o que se deve saber. Cultura é um conceito de infinitos desdobramentos.
    É razoável, enfim, afirmar que cultura é ser plenamente socializado, ser elegante, ponderado, sensível, suprassumo da sociedade a despeito de toda alienação.

    Referências:
    GEERTZ, Clifford. A interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC Editora. 1989.
    SCHWANITZ, Dietrich. (2007) Cultura Geral – Tudo o que se deve saber. São Paulo: Ed. Martins Fontes.

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  69. Thomaz Rodrigues Senra

    O que e cultura?

    A definição de cultura como usada na comum sociedade de hoje, perdeu seu real conceito e passou a designar qualidade e defeitos de alguma coisa ou alguém, passando assim a ser quase um adjetivo. Se alguém é inteligente ou possui conhecimentos gerais, diz-se que este possui cultura, porém esta não é algo a ser possuído.
    A definição ou conceito de cultura é algo que possui várias ramificações não podendo assim ser definida em uma única frase, apesar de alguns autores darem uma definição geral.
    Pode-se dizer que cultura é algo que abrange desde hábitos cotidianos até língua e religião de um determinado grupo social.
    Podemos dizer que em um grupo existem vários outros grupos menores que possuem a mesma cultura "geral", mas que possuem suas próprias particularidades assim se diferenciando em determinadas partes.
    Entender a cultura de um grupo social é algo que pode levar muitos anos devido às variadas ramificações que esta detém em uma sociedade.
    No estudo das ciências socias de acordo com Edward B. Tylor, que foi o primeiro a definir um conceito geral de cultura, ela é "o complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”
    Para outros autores como Kroeber deve-se incluir como cultura o meio ambiente a volta do homem. Como ele interage e modifica seu habitat é uma forma de cultura não tendo o homem que modificar sua anatomia e mesmo assim viver em todos os lugares do planeta. Dizendo-se assim que o homem modifica o seu “superorgânico”
    Outro fator a ser analisado é o fato de que há muitos anos acreditava-se que o homem era o único ser capaz de produzir cultura. Porém recentemente os cientistas tiveram que rever o esse conceito. Em 1953 no Japão, um macaco desenvolveu um hábito particular que se espalhou por quase todo o grupo de macacos de seu convívio.
    O ato de lavar batatas antes de come-las. Depois de alguns anos foi constatado que praticamente todos os macacos adotaram esse hábito o que nos mostra que animais chamados de “irracionais” também conseguem produzir cultura.
    Referências bibliográficas:
    Super interessante. Animais eles também têm cultura, 2002
    Disponível em: http://super.abril.com.br/mundo-animal/animais-eles-tambem-tem-cultura-443265.shtml
    Cultura. Um conceito antropológico - Roque de Barros Laraia / Rio de Janeiro / Zahar Editor / 19ª edição
    Wikipédia: Cultura
    Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura

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  70. Giovanni C B Moreira.
    Cultura é o conjunto de produções humanas com intuito de expressar ou representar algo, como por exemplo, um sentimento ou a simples vontade de se expressar artisticamente, é a representação da arte local, do modo de vida local e ou pessoal, formando algo maior que representa um povo. É a vontade de guardar o presente através de uma foto, música, vídeo e ou qualquer manifestação de arte, é o que inspira a evolução e o que a provoca.

    Segundo a definição primeira do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa cultura é " 1. Acto, arte, modo de cultivar." metaforicamente seria o plantio (no presente) da ideia, intenção e ou representação da vontade de expressar algo, sendo assim, a cultura não é estática ela muda, transforma e é criada com o tempo e assim torna-se a historia humana.

    É inevitável que surjam criticas a cultura, seja alheia ou a própria cultura, indiferente da dimensão local e é de conhecimento de todos a variedade de culturas existentes, assim as comparações se tornam vorazes, não só pela qualidade, por exemplo comparar a qualidade da arte de Leonardo Da Vinci a de Tarsila do Amaral, sem levar em conta os detalhes, o momento histórico e principalmente a intenção, mas pela profundidade das tradições culturais de certos locais, por exemplo a veneração a causa da religião pelo homens bomba nos países árabes, por isso cultura é muito maior que uma palavra com sentido limitado e ela não se limita. E assim a critica à critica de Dietrich Schwanitz em Cultura - Tudo O Que É Preciso Saber, no ponto que questionar a cultura e defini-la não é um assunto trivial, pois assim não se torna produtivo e sim um assunto necessário, por que cultura influência diretamente na vida humana, tornando a complexa e a ponto tão intenso que o próprio ser humano não percebe, compreende e nem busca entender as questões de sua própria cultura, tornando-se alienado e ignorante a sua própria realidade. Cultura é a representação do conjunto da realidade humana.

    Referências:

    SCHWANITZ, Dietrich. (2007) Cultura Geral – Tudo o que se deve saber. São Paulo: Ed. Martins Fontes.
    http://www.dicionariodoaurelio.com/Cultura.html
    http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=cultura
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_erudita

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  71. O que é cultura?
    Lucas Barbosa da Silva

    Talvez o conceito de cultura seja um dos mais difíceis de se definir no campo social.Tivemos vários pensadores relatando o que seria cultura para eles, como por exemplo Edward Tylor que no séc. XXI disse que cultura é tudo aquilo produzido pela humanidade, seja no plano concreto ou no plano imaterial, desde artefatos e objetos até ideais e crenças. Cultura é todo complexo de conhecimentos e toda habilidade humana empregada socialmente. Além disso, é também todo comportamento aprendido, de modo independente da questão biológica.
    Mas o conceito básico de cultura se defini em tudo que um povo ou uma sociedade cria como habito, costumes, modos de agir.
    A cultura é um processo que sempre está em evolução, cada vez ficando mais rica e diversificada e se atualizando com o tempo e com a sociedade que vive.
    Ainda sim com essa evolução se encontra presente o etnocentrismo que pessoas ficam com o medo da mudança da cultura, do modo de agir, de perder suas identidades culturais, mas ao contrário do que ela pensa nunca perdemos nossas identidades culturais , mas sempre acrescentamos algo a ela.
    A cultura também se encontra como uma forma de controlar a sociedade, manter uma ética, uma moral, um lugar onde se possa viver socialmente, então também é correto dizer que a cultura não deixa de ser uma forma de regra .
    Independente de ser uma forma controladora, ou um modo de agir, de comer, de dançar, de fazer rituais, a cultura é o maior presente, e a maior herança que nos foi dada, mas temos muitas coisas para mudar, muita coisa para evoluir e melhorar, pois um homem sem cultura é um homem sem alma.


    Dicionário de Conceitos Históricos - Kalina Vanderlei Silva e Maciel Henrique Silva – Ed.
    Contexto – São Paulo; 2006
    SCHWANITZ, Dietrich. (2007) Cultura Geral – Tudo o que se deve saber. São Paulo: Ed. Martins Fontes.

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  72. Jéssica Garcia Vieira

    A noção de cultura abrange inúmeros e distintos significados. Não é preciso ir muito longe parar perceber isso. Se em uma roda o assunto for posto em discussão, o que comumente acontece é a divisão das definições em algumas categorias básicas. Essa diferenciação é visível também nas ciências que a estudam.
    Um dos conceitos mais adotados é o conceito antropológico. Torna-se até complicado desvincular a cultura da antropologia, uma vez que é a ciência que estuda homem e sua relação com a mesma. Existe um pensamento de uma antropóloga americana, Ruth Benedict, que explica como a cultura condiciona a visão de mundo. Ela diz que é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Portanto, pessoas de culturas diferentes usam lentes diversas.
    A partir desse pensamento, se afirma que todos têm cultura, de uma forma ou de outra. Porém, se existem designações para a falta de cultura, então de fato existe um patamar mais elevado dentro desse circulo. É ai que entra o conceito erudito de cultura.
    Na visão humanista clássica, a cultura seria o cultivo do espírito e da inteligência. Ou seja, proveniente de um estudo mais aprofundado, de um conhecimento musical, artístico e literário vasto. Dessa forma, a cultura erudita é diretamente ligada à elite, se relaciona com o capital e com os grupos sociais que têm acesso a esse tipo de informação. E é um conceito inegável, desde o inicio dos tempos, aqueles que obtinham as fontes de conhecimento eram os “dominadores”, e por essa mesma razão, restringiam esse conhecimento aos “dominados”.
    Dietrich Schawanitz, autor do livro “Cultura Geral - Tudo o que se deve saber” define esse grupo como uma comunidade de fiéis. “Seu credo é o seguinte: Creio em Shakespeare, em Goethe e nas obras canônicas, reconhecidas no céu e na terra. Creio em Vincent van Gogh, o retratista dotado por Deus, que nasceu em Groot-Zundert, nas proximidades de Breda, amadureceu em Paris e Arles, travou amizade e inimizade com Gauguin, adoeceu, elouqueceu e cometeu suicídio, subiu ao céu, onde se instalou à direita de Deus para julgar os cultos e os incultos. Creio na força da cultura, na vida eterna dos gênios, na santa igreja da arte, na comunhão dos eruditos, nos valores atemporais do humanismo, na eternidade, amém. “ É o melhor exemplo de cultura como sendo o conhecimento do que é clássico, no sentido de referencia primeira e obrigatória.
    A conclusão a que se chega é de que, independe do significado que se atribui ao termo, as definições não se refutam, apenas coexistem. A cultura acaba sendo um sistema essencialmente simbólico e cumulativo, uma criação contínua da mente humana.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo. Martins Fontes, 2007

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  73. O que é Cultura?

    Cultura é o que nos difere dos demais seres vivos existentes na Terra. Edward Tylor (1832-1917) definiu cultura da seguinte maneira: “É este complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou habilidade.” Com base na definição de Taylor, podemos afirmar que o Homem é o único animal que produz Cultura. Entretanto, isso não nos dá um conceito de Cultura singular, existem infinitas formas de interpretá-la, pois a evolução humana gerou a necessidade de uma adaptação desse conceito, que a mais de 100 anos é o tema central das discussões antropológicas. Não é possível datar a sua origem, nem mesmo como e porque o homem adquire cultura. Aristóteles afirma: “A natureza não é constituída de episódios incoerentes”, isso nos remete à ideia de que o processo de desenvolvimento da Cultura obedeceu uma certa lógica. Diversos autores atribuíram o desenvolvimento biológico como propulsor para o nascimento da Cultura. Afirmam que o desenvolvimento do cérebro, bipedismo e visão estereoscópica deram aos nossos ancestrais uma infinidade de novas ferramentas que permitiram um maior domínio sobre si e o meio, possibilitando-os a criar objetos e manuseá-los. Outros, como Leslie White, antropólogo norte-americano contemporâneo, afirma que a passagem do estado animal para o humano ocorreu quando o cérebro do homem foi capaz de gerar símbolos: “Todo comportamento humano se origina no uso de símbolos. Foi o símbolo que transformou nossos ancestrais antropoides em homens e fê-los humanos. Todas as civilizações se espalharam e perpetuaram somente pelo uso de símbolos. Toda cultura depende de símbolos. É o exercício da faculdade de simbolização que cria a cultura e o uso de símbolos que torna possível a sua perpetuação. Sem o símbolo não haveria cultura, e o homem seria apenas animal, não um ser humano.” Dos desenhos das cavernas às mais sofisticadas obras de pintura, da linguagem cognitiva à fala, de ferramentas de pedra lascada, chifres e conchas às armas químicas, tudo isso contribuiu para resultado que temos nos dias de hoje. Jacques Turgot (1727-1781), em seu Plano para dois discursos sobre história universal, afirmou: “Possuidor de um tesouro de signos que tem a faculdade de multiplicar infinitamente, o homem é capaz de assegurar a retenção de ideias eruditas, comunicá-las para outros homens e transmiti-las para os seus descendentes como uma herança sempre crescente”, este fenômeno social em que alguns indivíduos são integrados e outros marginalizados, classificando-os em cultos, eruditos, oniscientes e, até mesmo, ignorantes, reflete o que hoje, a maioria das pessoas pensam sobre o que é Cultura, o indivíduo que conhece a Arte, Música, História, Política e a Filosofia, devido a modificação dos cânones pela evolução humana.

    - Bibliografia
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: tudo o que se deve saber. 1. ed. São Paulo: Livraria Martin Fontes Editora, 2007.
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 1986.

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  74. De acordo com trecho extraído do “Dicionário de Conceitos Históricos”,
    “sentido muito comum atribuído à palavra cultura é aquele que a define como produção artística e intelectual. Assim, podemos falar de cultura erudita, cultura popular, cultura de massas etc., todas expressões que designam conceitos específicos para a produção intelectual de determinados grupos sociais.” (SILVA, 2009, p. 88)
    Seguindo a linha de exposição de Dietrich Schwanitz em “Cultura geral”, o termo “cultura” ganha aplicação estrita de conjunto de saberes tido como necessários, a princípio, à formação intelectual de qualquer pessoa. O conceito de cultura apresentado pelo autor, portanto, engloba um conjunto de saberes não especializados e sem aplicação utilitária direta e aparente, contudo, tido como indispensáveis para a formação humana geral. Essa ideia de cultura compõe aquilo que acima foi assinalado como cultura erudita. O domínio desses conhecimentos engendraria uma espécie de jogo social, estrito a pessoas cultas – quer dizer, àquelas que detêm relativa proximidade com obras e autores consagrados, tanto da literatura, quanto das artes plásticas, da música etc., e que dominam teorias de História, da Filosofia e das ciências. O desenrolar desse jogo depende em muitos momentos mais da simulação do domínio de conhecimento do que do conhecimento de fato, uma pessoa é socialmente reconhecida como culta quando consegue manter o diálogo em uma roda de intelectuais, o que inclui a estratégia de fazer-se não ser entendido, visto que tal jogo é regido por uma regra que leva consequentemente a nova definição do que está sendo apresentado como cultura: “o saber cultural compõe-se de conhecimentos em relação aos quais não podemos fazer perguntas” (SCHWANITZ, 2007, p. 363). Sendo Schwanitz um alemão, esse conjunto de obras e autores consagrados, no geral, limita-se aos produtos de origem europeia. Consequentemente, cultura aparece com forma de expressão de poder.
    O conceito de cultura trabalhado nesses termos estritos abrange ainda outras duas variáveis: a noção de cultura popular e cultura de massas. De acordo com definição de Soleni Biscouto Fressato, “as culturas populares são culturas de grupos sociais subalternos, sendo construídas numa relação de dominação” (FRESSATO, p.1), visto que se há hierarquia numa sociedade, ela se expressará no âmbito da cultura. Definições menos elaboradas do ponto de vista da retórica academicista entendem como cultura popular manifestações culturais (dança, música, festas, literatura, folclore) produzidas diretamente pelo povo ou que contam com sua participação ativa. Exemplos recorrentemente citados de cultura popular são: carnaval, danças e festas folclóricas, literatura de cordel, provérbios, samba, frevo, capoeira, artesanato, cantigas de roda, contos e fábulas, lendas urbanas, superstições. A hierarquização estabelecida entre cultura erudita e cultura popular é objeto de exaustivo debate entre intelectuais, sem que haja consenso. No geral, dois pontos são os focos principais da controvérsia, quais sejam, (i) os critérios adotados para diferenciação entre popular e erudito e (ii) a discussão em torno do refinamento técnico, pois sendo aparentemente simples a forma, não o é necessariamente o conteúdo.


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  75. A terceira variável esboçada na definição inicial, a cultura de massas, talvez seja a mais forte manifestação cultural presente no cotidiano social. Televisão, rádio, cinema são exemplarmente tidos como nichos dominados pela produção voltada para as massas. A cultura de massas é vista como aquela que engendra a padronização dos produtos culturais, que sela em modelos pré-estabelecidos as formas expressivas, que serve primordialmente ao mercado / consumo das massas. Em um mundo dominado pela racionalização do processo de produção e da técnica, o campo da produção intelectual e artística sofre igual racionalização e controle, aos ideais de liberdade criativa dos artistas sobrepõem-se o controle do produto, quando o mercado invade o terreno da cultura, transformando em mercadoria os seus produtos, o consumo em larga escala se torna a regra, a massa precisa ser diretamente atingida. Ao contrário de uma obra de arte plástica, um filme não pode ser feito para consumo individual, os altos custos de uma produção cinematográfica.
    Para encerrar a autora cita diretamente Adorno e Horkheimer em Dialética do Esclarecimento, em referência direta à noção de cultura enquanto produção intelectual e artística, demonstrando que as duas primeiras variáveis desse conceito, a ideia de cultura erudita e cultura popular, são passíveis de serem incorporadas por essa indústria cultural voltada para o consumo em massa.
    “Falar em cultura foi sempre contrário à cultura. O denominador comum ‘cultura’ já contém virtualmente o levantamento estatístico, a catalogação, a classificação que introduz a cultura no domínio da administração. Só a subsunção industrializada e consequente é inteiramente adequada a esse conceito de cultura” (ADORNO & HORKHEIMER, 1985, p. 108).
    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
    ADORNO, Theodor & HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 1985.
    BENJAMIN, Walter. “A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica”. In: Obras escolhidas I – Magia e Técnica, Arte e Política: ensaios sobre literatura e Historia da Cultura. São Paulo, Ed. Brasiliense, 2008.
    FRESSATO, Soleni Biscouto. Cultura popular: reflexões sobre um conceito complexo. In: O profano é sagrado na Bahia: Imagens e representações da cultura popular. Oficina de Cinema-História, Núcleo de Produção e Pesquisa da Relação Imagem-História. Disponível em: . Acesso em 4 de junho de 2013.
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura geral: tudo o que se deve saber. São Paulo, Ed. Martins Fontes, 2007.
    SILVA, Kalina Vanderlei & SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo, Ed. Contexto, 2ª ed., 2ª reimpressão, 2009.

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  76. Sebastião Beazussi Junior
    Muitas definições pode ter a palavra cultura, aspectos diversos envolvem e constituem o que na verdade é um conceito que é discutido por muitos devido a alta complexidade que compõe o termo. “Cultura é um conjunto complexo que inclui conhecimento, crença, arte, lei, costumes e várias outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade” (EDUARD TYLOR), segundo Laraia essa seria a primeira definição de cultura. Como dito pela citação acima “várias aptidões e hábitos adquiridos pelo homem” nos mostra que o que desenvolvemos dentro de nossa vivência em sociedade nos permite que possamos adquirir cultura, ou num sentido mais amplo podemos dizer que construímos uma cultura que é própria de cada ser humano, dessa forma a sociedade que vivemos forma um conjunto cultural. Laraia
    Num ponto de vista sociológico a definição de cultura é ainda mais amplo pois envolve além de conhecimento, toda produção humana, o que é gerado pelo homem pode ser considerado como cultura, portando não se pode dizer que uma pessoa possui cultura e outra não, afinal durante a vida o homem é produtivo e sendo assim o que é gerado pelo homem é cultura.
    A aquisição de conhecimento por um indivíduo pode nos levar a pensar que este possui mais cultura que outro que tem pouca instrução, mas numa análise mais ampla estes dois possuem cultura um num estilo mais erudito, e outro num sentido mais popular da palavra cultura, essa composição se dá pelo que se adquire em convivência na sociedade expressando na sua produção do dia-a-dia qual seu aspecto cultural. Essa divisão que foi criada entre cultura de alto nível e popular permite que se crie um preconceito entre os que dizem possuir cultura de alto nível e estes afastam da população o conhecimento que na verdade deveria ser de domínio de todos, pois é uma expressão do sentido da vida humana.
    Eagleton diz que cultura é como natureza é tudo que está a nossa volta, assim como tudo que está dentro de nós. Essa descrição nos leva a pensar num conflito sobre o que somos e que produzimos em sociedade, e da influência que sofremos no ambiente em que vivemos.
    No sentido antropológico a cultura é um conjunto de regras que nos diz como o mundo pode e deve ser classificado, essas regras são ditas muitas vezes por pessoas que obtivem uma carga intelectual maior. O ser humano vive num ambiente em que a cultura é fortemente marcada por conflitos em que se tenta afirmar que tipo de cultura deve ser considerado como importante ou não. Schiller nos afirma que cultura é como uma ação que se afirma e se nega ao mesmo tempo se aperfeiçoando constantemente.
    Dietrich Schwanitz aborda conceitos de cultura como “compreensão da própria civilização”, “conjuntos de conhecimento”, “familiaridade com teorias da filosofia e da ciência, formas linguísticas, obras de arte, música e literatura”, “flexibilidade e boa forma da mente”, “capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas sem produzir uma impressão desagradável”, “objeto complexo, um ideal, um processo, um conjunto de conhecimentos e de capacidades e um estado de espírito”, “um jogo social”, dentre outras definições para um conceito tão amplo que inclusive diz que se inicia na infância quando se está incluído nesse ambiente que é colocado como “jogo”. (Schwanitz, 2007, p. 361-362)
    REFERÊNCIAS:
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. SãoPaulo: Ed. Martins Fontes, 2007.
    EAGLETON, Terry. A Ideia de Cultura. São Paulo: Ed. UNESP, 2003.
    LARAIA, Roque de Barros, 1932- Cultura: um conceito antropológico, 14 ed. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 2001

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  78. Cultura é uma palavra a qual se atribuem diversos significados, fortemente relacionados ao contexto em que se insere. Portanto, é necessario distinguir os significados para então se definir o que é Cultura. Aqui usaremos apenas dois dos diversos significados a que se podem atribuir a palavra, os conceitos Erudito e o Antropologico.
    No conceito Erudito, Cultura se refere a toda uma gama de conhecimentos que são tidos como necessarios para a formação intelectual e de status completa de um homem. Por tanto, um homem culto seria aquele que dominaria estas formas de conhecimento, como historia, artes, literatura, música, filosofia e etc.Dietrich Schwanitz ao analisar este conceito de cultura chega na conclusão que “Cultura é, portanto, um objeto complexo: um ideal, um processo, um conjunto de capacidades e um estado de espirito.” (SCWHANITZ, 2007, P 362). Cultura Erudita também implica em saber compreender codigos e se adaptar a condutas que caracterizam um jogo social em que o conhecimento cultural é a principal arma, e aqueles que não a possuem estão marginalizados a este processo, se tornando incultos.
    Porem, ao se analisar o conceito Antropológico encontramos uma cultura que diverge do conceito erudito em muitos aspectos. De acordo com o conceito Antropológico, cultura é todo um conjunto de interações sociais, crenças,ideias e valores que são transmitidos de geração em geração, gerado por um processo de formação historica e passivel de alterações pelo mesmo. Esta definição de cultura não se refere apenas a um conjunto de ideias necessarias para a formação intelectual de um homem como na definição Erudita, mas necessario para a formação integral de um homem, como definido por Roque de Barro Laraia: “O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determi-nada cultura.” (LARAIA, Cultura um conceito antropologico,2000, P- 36). Este conceito, em contrapartida ao visto anteriormente, nega a existência de um homem aculturado, visto que formação humana não ocorre sem a presença de cultura. A cultura afetaria não só no comportamental de um individuo como também o biologico, tornando assim a cultura uma força externa da qual nós não temos controle.


    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve Saber. São Paulo Martins Fontes, 2007
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um conceito antropológico.Jorge Hazar, Rio de Janeiro, 2000.

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  79. O que é cultura?
    O termo "Cultura" é o principal no campo das ciências humanas, a ponto de a antropologia se constituir como ciência quase somente em torno desse conceito. O significado mais aceito foi introduzido por Edward Tylor no século XIX aonde basicamente se diz que cultura é o conjunto de conhecimentos de uma determinada sociedade, de um povo tais como seus costumes, praticas e crenças. Fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento de valores espirituais e materiais. Manifestação tanto através da arte, quanto da musica ou de outras atividades satisfazendo assim suas necessidades. A cultura exerce um papel de identidade de um determinado grupo social, define suas características. Mas Também pode ser definidos pelo conjunto de ideias, símbolos e praticas sociais passados de geração a geração. A cultura é um conceito que está sempre em desenvolvimento, pois com o passar do tempo ela é influenciada por novas maneiras de pensar inerentes ao desenvolvimento do ser humano.
    Apesar de sua atualidade, gerações e gerações de antropólogos procuraram aprofundar mais a ideia de "cultura". O mais influente destes antropólogos foi Franz Boas, que no começo do século XX fez duras criticas as teorias até então vigentes que defendia uma espécie de hierarquia entre culturas, essas chamadas evolucionistas pelas influencias na obra de Charles Darwin. Boas contestava alegando que toda cultura tinha sua historia própria e que não podia ser comparada a outras culturas nem julgada a partir da historia de outras. Através dessas ideias a antropologia procura estudar a diversidade cultural entre os povos. Atualmente na antropologia, não há um consenso sobre o que é cultura mas conceitos e ideias diferentes e as vezes certas comparações com relação a alguns pontos das múltiplas definições que se pode encontrar para cultura.
    Referencias:
    Dicionário de conceitos históricos – Kalina Vanderlei Silva e Maciel Henrique Silva –ED. Contexto – São Paulo; 2006 encontrado em: http://www.igtf.rs.gov.br/wp-content/uploads/2012/03/conceito_CULTURA.pdf
    DA MATTA, Roberto. Você tem cultura?

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  80. Aluno:Lucas Manoel César

    O que de fato é cultura? Uma pergunta complexa em torno de uma palavra que é um conjunto de diversos segmentos. Não podemos afirmar quando e onde a cultura surgiu, porém podemos afirmar que ela se estenderá até o fim da humanidade. Podemos partir do pressuposto de que ela tem inicio com o homem das cavernas através de pinturas rupestre, a arte expressada pelo homem das cavernas faz parte do campo de cultura, pois a expressão artística também é uma forma de manifestação cultural dentre outras atividades desenvolvidas pelo homem ao longo da evolução da humanidade.Com o passar do tempo, o campo da cultura foi se desenvolvendo e adquirindo novos segmentos ,passando também a influenciar a criação e extermínio de povos. A cultura é de suma importância para uma sociedade e é notória sua importância sendo impossível de ser desprezada. Diariamente, mesmo sem perceber estamos em contato com outras culturas, o Brasil por exemplo, devido ao seu alto grau de miscigenação se tornou um país riquíssimo em diversidade cultural, o que nos fornece um leque maior de possibilidades de contatos culturais a ser explorado dentro do universo cultural. A cultura vem sendo transmitida ao longo dos anos através da agricultura, danças, rituais e a arte, que são alguns itens que podemos exemplificar como segmentos culturais passados ao longo dos tempos. O termo cultura é muito amplo, não sendo possível delimitar um numero exato de componentes desse conjunto, pois tudo que temos a nossa volta faz parte da cultura ,seja na forma de construirmos nossas casas, nossa forma de interagir com o nosso semelhante, a forma que nos organizamos no convívio social e etc. A palavra cultura hoje é comumente interpretada de forma errônea, a definição de cultura vem sendo associada a questão intelectual do ser humano e principalmente ao acumulo de conhecimento, logo se estabelecendo uma relação entre cultura = conhecimento, porém a cultura não é totalmente dependente ao conhecimento, apesar de diversas fontes de conhecimento ser também em algumas vezes uma forma de manifestação cultural ,como as artes. A cultura não deve ser associada ao acumulo de conhecimento, pois podemos exemplificar pessoas que nunca frequentaram uma escola para adquirir o que a sociedade atual chama de ‘’cultura’’, e possuem uma cultura riquíssima dentro de si, no nordeste por exemplo, uma terra praticamente abandonada e com índices de educação baixíssimos ,temos uma vasta gama de demonstrações de cultura ,como o cangaço, a festa junina ,pratos típicos como a tapioca ,a dança típica como a capoeira da Bahia .Logo, refutando o argumento de que para se ter cultura é necessário ter um grau de escolaridade, e estabelecendo que a cultura está dentro de todos nós, mesmo sem perceber ou praticar. Todos nós possuímos um pouco de cultura, e cabe a nós dar o prosseguimento e o enriquecimento de nossa cultura.

    Referencia:
    Roberto da Matta- Você tem cultura?
    http://naui.ufsc.br/files/2010/09/DAMATTA_voce_tem_cultura.pdf

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  83. Raphaela Bianco Rezende Paiva

    O conceito de Cultura no seu sentido erudito, conhecimento vasto e variado adquirido através de estudos e leituras, e distanciado do sentido antropológico originalmente criado pelo britânico Edward Burnett Tylor, se refere ao nível de saber e de educação de um cidadão, da familiaridade com a história da sua civilização assim como as várias formas de expressão, além de constituir um jogo social.
    Segundo o dicionário de Língua Portuguesa Silveira Bueno cultura é: “Desenvolvimento intelectual; saber; utilização industrial de certos produtos naturais; instituições, costumes e valores de uma sociedade; cultivo.” Primeiras definições essas que não se distanciam do conceito apresentado pelo auto Dietrich Schwanitz no livro Cultura Geral: Tudo que se deve saber. Para Schwanitz, cultura é poder e também um fenômeno social, possuidor de muitas regras, que gera indivíduos integrados e marginalizados. Cultura é também o entendimento da própria civilização, obtida através de estudos detalhados. Além de ser a familiaridade com os principais aspectos da história de nossa civilização, com, por exemplo, as grandes teorias da filosofia e da ciência, assim como as principais obras de arte, as formas linguísticas, a música e a literatura. Sendo também “a flexibilidade e a boa forma da mente” e a “capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas, sem produzir uma impressão desagradável;”. Outra definição retirada da enciclopédia Brockhaus é: “’Processo e resultado de uma formação intelectual do homem, em que ele, como ser cujos instintos não estão estabelecidos de modo fixo, alcança sua plena realização como ser humano, sua ‘humanidade’, ao confrontar-se com o mundo e especialmente com os conteúdos culturais. ’” Já o dicionário de sinônimos da editora VEB (Leipzig, 1973) relaciona cultura com “Educação, instrução e saber comportar-se.” O autor, portanto, conclui que cultura é “um objeto complexo: um ideal, um processo, um conjunto de conhecimentos e de capacidades e um estado de espírito.” E acrescenta que considerando a realidade social, cultura é também um jogo que tem como objetivo parecer culto, caracterizado por conhecimentos que não podemos fazer perguntas.
    Notamos, portanto, que Cultura é um conceito muito amplo que possui centenas de definições de diversos ângulos diferentes e que continua sendo objeto de muitas discussões e pesquisas.

    Referências:
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
    Dicionário de Língua Portuguesa Silveira Bueno – Editora FTD

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  85. Mayumi Oka Penna

    O conceito de Cultura, ao contrário do que parece, é algo muito vasto e que ao passar do tempo vem adquirindo novos significados e características. Cultura pode ser considerada o conjunto de manifestações como a música, o tipo de organização social, hábitos alimentares, pensamentos, língua falada e escrita. De acordo com Dietrich Shwanitz, em seu livro Cultura Geral: tudo o que se deve saber, o autor considera cultura como um fenômeno social e que forma um conjunto de conhecimentos. Além disso, ele complementa dizendo que cultura está ligada intimamente com a formação da personalidade do indivíduo.
    A enciclopédia Brockhaus se refere à cultura como um “processo e resultado de uma formação intelectual do homem, em que ele, como ser cujos instintos não estão estabelecidos de modo fixo, alcança sua plena realização como ser humano, sua 'humanidade', ao confrontar-se com o mundo e especialmente com os conteúdos culturais.”
    Definir cultura se torna cada vez mais complexo ao passo que seus significados são ampliados e se distinguem uns dos outros. Para Schwanitz “cultura é, portanto, um objeto complexo: um ideal, um processo, um conjunto de conhecimentos e de capacidade e um estado de espirito.” Contudo, o autor considera também que cultura é um jogo social que consiste em parecer culto e que tem como característica a elevada expectativa em relação ao conhecimento cultural de cada participante deste jogo.
    Cultura pode ser considerada também, segundo o antropólogo Roberto da Matta, como “um mapa, um receituário, um código através do qual as pessoas de um dado grupo pensam, classificam, estudam e modificam o mundo e a si mesmas.” Essa definição esta diretamente ligada ao fato de que pessoas com interesses e costumes distintos podem se sentir parte de um mesmo todo devido à cultura ter lhes fornecido normas relacionadas aos modos e ao comportamento, por exemplo.
    Já para o antropólogo inglês Edward B. Tylor, um dos primeiros a conceituar "cultura", o termo “é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábito adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”.
    Sendo assim, definir o que é cultura torna-se uma tarefa complexa à medida que este termo abrange diversas acepções e, certamente, com o passar do tempo irão surgir outros significados além dos inúmeros que já existem.


    Referências:
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um conceito antropológico.Jorge Hazar, Rio de Janeiro, 2000.
    DA MATTA, Roberto. Você tem cultura? Rio de Janeiro: Jornal da Embratel, 1981.

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  86. Rafaela Malaquias Marcelino
    A definição de cultura é muito ampla, são diversos conceitos que acabam chegando ao mesmo ponto, o comportamento humano. Podemos por exemplo analisar o “conceito antropológico de cultura, no qual sua definição seria todos os hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade, como, o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e etc.” No senso comum, cultura seria o vasto conhecimento em determinado assunto como, arte, ciência e outros, esse conceito de cultura nos faz chegar ao conceito erudito da palavra, que seria a cultura adquirida através do conhecimento e estudo, portanto neste conceito cultura seria, compreensão da própria civilização, o conhecimento da historia, arte e musica. No conceito erudito, existem varias regras e símbolos, no qual os seguidores dessa regras e símbolos são chamados pessoas cultas, quando tratamos da cultura erudita suas regras são mais complexa como em um “ jogo social”, por exemplo se espera de uma pessoa culta que ela tenha um amplo conhecimento de arte, como saber apreciar um quadro de “Rafael” ou de “Michelangelo”, e outros artista de diferentes períodos artísticos; e o conhecimento e apreciação de musica em sua maioria a musica clássica e erudita; também o conhecimento das regras de educação e etiqueta, esse é importantíssimo para se entrar no “ jogo social”, também é importante para um culto ter a “capacidade de manter uma conversa com pessoas culta, sem produzir uma impressão desagradável”, se um culto não tem o conhecimento em determinado assunto é importante se manter interessado para conseguir se comunicar com outros cultos, no entanto é importante saber manter um dialogo com pessoas que não são consideradas cultas; também se espera de uma pessoa culta o conhecimento das ciências, da historia, política, linguagens, literatura, teatro ,cinema e o conhecimento de outras culturas . No entanto essa separação do termo cultura cria um fenômeno social de separação dos indivíduos, onde uns são integrados em determina cultura e outros são marginalizados, por exemplo, os não seguidores das regras da cultura erudita são excluídos por aqueles que a segue, esse pensamento é muitas vezes etnocêntrico e ele é muito comum em todas as culturas, todos os povos são criados dentro de uma determina cultura as pessoas são criadas para seguir aqueles costumes, aquela moral e aquela lei, é normal que se tenha a impressão de que aquela cultura é a certa, e é normal também ter uma certa estranheza quando se tem contato com uma nova cultura, ainda mais quando são culturas bem diferentes, mas existem culturas bem diferentes umas das outras, essas criam um maior estranhamento, é por causa disso que alguns povos se dizem estar no centro do mundo e pensão que os outros são inferiores, esse pensamento cria vários conflitos entres diferentes povos e grupos sociais e caba formando um conflito sobre a definição do que é cultura, e este pensamento acaba formando também uma certa preconceito por parte de deter minados grupos. Ainda hoje a cultura erudita é vista como á Alta Cultura, ela é vista assim pelo fato de Sr uma cultura baseada em historia e estudos, por relembrar grandes os clássicos da cultura européia e por ter a grande maioria dos seus seguidores na elite social, mas não podemos nos esquecer que existem vários tipos de culturas e subculturas, como, a cultura popular feito pelo povo para o povo, a cultura de massa que é uma das mais praticadas hoje em dia esta em todos os lugares televisão, arte, cinema, musica, literatura, propaganda e outros meios, mas não nos esquecer que todas essas culturas ou todas essas definições de cultura estão dentro do sentido Antropológico.
    Bibliografia:
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: tudo o que se deve saber. 1. ed. São Paulo: Livraria Martin Fontes Editora, 2007.
    http://intra.vila.com.br/sites_2002a/urbana/antonia/conceitos.html

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  87. Isabela de Lima Germano
    A palavra cultura pode ser definida de diferentes maneiras. Os conceitos mais relevantes para nós são, o antropológico e o erudito (erudição: “instrução vasta e variada”). De acordo com o Mini dicionário Aurélio da Língua Portuguesa cultura é, no sentido antropológico: “O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas, intelectuais, etc., transmitidos coletivamente, e típicos de uma sociedade.”. Já no sentido erudito da palavra, cultura é: “O conjunto dos conhecimentos adquiridos em determinado campo.”.
    De acordo com o pesquisador e professor Roberto da Matta: “No sentido antropológico,..., a cultura é um conjunto de regras que nos diz como o mundo pode e deve ser classificado. Ela, como os textos teatrais, não pode prever completamente como iremos nos sentir em cada papel que devemos ou temos necessariamente que desempenhar, mas indica maneiras gerais e exemplos de como pessoas que viveram antes de nós os desempenharam...”
    A respeito do conceito erudito o escritor Dietrich Schwanitz afirma: “Denomina-se cultura a compreensão da própria civilização, obtida a partir de um minucioso estudo... Cultura é a familiaridade com os traços principais da história de nossa civilização, com as grandes teorias da filosofia e da ciência, bem como com as formas lingüísticas e as principais obras da arte, da música e da literatura...” (SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral. Tudo o que se deve saber. 2007. páginas 361 e 362)
    Uma pessoa é culta, quando possui um vasto conhecimento sobre uma área específica ou sobre várias áreas. E, sobretudo, podemos dizer que uma pessoa é culta quando esta possui uma boa educação e sabe se comportar. Portanto, devemos tomar cuidado, pois podemos dispor de uma grande capacidade intelectual e, no entanto, não sermos cultos, por não sabermos expor esse conhecimento, tornando-nos assim, pessoas incultas: “Toda ostentação, ainda que cultural, é absolutamente incompatível com o conceito de cultura. Quem se vangloria da própria cultura só deixa transparecer que é inculto. A cultura não deve ser ostentada, pois não constitui um campo em que lutamos pelo aplauso dos outros”, diz Schwanitz (p 449).
    Ter um vasto conhecimento, como dito anteriormente, não quer dizer ter cultura. O antigo conceito de “quanto mais, melhor” nem sempre se aplica nesse caso. A “qualidade” do conhecimento também é muito importante. Usando um exemplo esdrúxulo, uma pessoa não é considerada culta se sabe tudo sobre uma telenovela, desde o nome dos personagens até o nome da pessoa que limpa o camarim do ator principal. “O saber pode ser inteiramente prejudicial e incompatível com a verdadeira cultura.” (p 445)
    Cultura é, de fato, tão importante, que o famoso filósofo Aristóteles, ao ser perguntado sobre qual é a diferença entre os indivíduos cultos e os incultos, disse: “A mesma entre os vivos e os mortos.”.
    Um povo sem cultura é um povo alienado. Prova disso é que uma das medidas mais radicais da ditadura militar no Brasil era a censura. Os governantes censuravam os jornais, os livros e a música (principalmente), porque estes criticavam a repressão, e quem tivesse acesso a esse material poderia se tornar também um revolucionário, e se a “moda” se alastrasse, a situação sairia do controle.
    Segundo Schwanitz: “Cultura é, portanto, um objeto complexo: um ideal, um processo, um conjunto de conhecimentos e de capacidades e um estado de espírito.” (p 362)
    Cultura é o que nos rodeia, é a maneira como nós pensamos, é o que nos define. Afinal, se nós nascêssemos em outro país, teríamos uma cultura diferente e, portanto, seríamos pessoas diferentes.
    Bibliografia:
    FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. 4ª edição. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira. 2001
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral. Tudo o que se deve saber. 1ª edição. São Paulo: Ed. Martins Fontes. 2007
    http://www.citador.pt/frases/citacoes/t/cultura
    http://naui.ufsc.br/files/2010/09/DAMATTA_voce_tem_cultura.pdf

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  88. Luiz Antonio Braz da Silva
    CULTURA:
    É o complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas, intelectuais, transmitidas coletivamente, e típicos de uma sociedade.
    A cultura diz respeito à humanidade como um todo e ao mesmo tempo a cada um dos povos, nações, sociedades e grupos humanos.
    Cada realidade cultural tem sua lógica interna a qual devemos procurar conhecer para que façam sentido as suas práticas, costumes concepções e as transformações pelas quais estas passam.
    A primeira concepção de cultura remete a todos os aspectos de uma realidade social; a segunda refere-se mais especificamente ao conhecimento, as ideias e crenças de um povo.
    O estudo da cultura contribui no combate a preconceitos, oferecendo uma plataforma firme para o respeito e a dignidade nas relações humanas.
    Cultura está muito associado a estudo, educação, formação escolar. Por vezes se fala de cultura para se referir unicamente as manifestações artísticas, como teatro, a música, a pintura, a escultura. Outras vezes, ao se falar na cultura da nossa época ela é quase que identificada com os meios de comunicação de massa, tais como rádio, o cinema, a televisão. Ou então cultura diz respeito às festas e cerimonias tradicionais, as lendas e crenças de um povo, ou a seu modo de se vestir, a sua comida, a seu idioma.
    Cultura é uma dimensão do processo social, da vida de uma sociedade, é uma construção histórica. A cultura não é algo natural, não é decorrência de leis físicas ou biológicas. Ao contrário, a cultura é um produto coletivo da vida humana. É um território bem atual das lutas sociais por um destino melhor. É uma realidade e uma concepção que precisam ser apropriadas em favor do progresso social e da liberdade, em favor da superação de opressão e da desigualdade.
    Podemos denominar cultura como sendo a compreensão da própria civilização, obtida a partir de um minucioso estudo. É a familiaridade com os traços principais da historia de nossa civilização, com as teorias da filosofia e ciência, formas linguísticas e as principais obras de arte, música e da literatura. É também a capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas sem causar uma impressão desagradável.
    Cultura é, portanto, um objeto complexo: um ideal, um processo, um conjunto de conhecimentos e de capacidades e um estado de espírito.
    O saber cultural compõe-se de conhecimentos em relação aos quais não podemos fazer perguntas, porque é o resultado de um permanente processo de sedimentação.
    Referências Bibliográficas:
    SANTOS, José Luiz dos – O que é Cultura 1ª ed. 1983 6ª edição.
    Enciclopédia Compacta Isto é – Guiness de Conhecimentos gerais – Editora Três Ltda.
    SCHWANITZ, Dietrich – Cultura Geral Tudo o que se deve Saber – Martins Fontes São Paulo 2007.

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  89. Thuany Garcia Ferreira


    O que é Cultura?

    Erudito (instruído, educado, o que sabe) Saber aprofundado em um ramo do conhecimento; instrução, cultura vasta e variada.(http://www.dicionariodoaurelio.com/)

    Popular (tornar público, de PUBLICUS, relativo ao povo) Que pertence ao povo; que concerne ao povo. Vulgar; plebeu. Que desperta a simpatia, o afeto do povo. Muito conhecido, notório. (http://www.dicionariodoaurelio.com/)

    Massa: O que atinge a população, aglomerado, com intuito comercial. (http://www.infoescola.com)

    “O primeiro a formular uma definição de cultura de um ponto de vista antropológico foi E.B. Tylor, que a concebeu como um conjunto integrado (arte, moral, ideias, religião, etc.)” Ele definiu como um todo a cultura, na dimensão de coletividade, sociedade.

    Somos cultura, tudo o que produzimos, representamos e interatuamos. A partir do momento em que estamos em um meio e queremos modifica-lo, melhorá-lo, produzimos cultura. A língua, as roupas, costumes, tradições, crenças, isso tudo que parte da obra humana é cultura.

    E estes três tipos de cultura, se misturam, hoje em dia, pela própria difusão do conhecimento globalizado. Cultura Erudita, ditada para as classes altas, a chama elite. Cultura Popular, robusta, com tradições, mas inovadora, sendo a cultura local, regional. Cultura de Massas, “a expressão ‘cultura de massa’, posteriormente trocada por ‘indústria cultural’ ¹, é aquela criada com um objetivo específico, atingir a massa popular, maioria no interior de uma população, transcendendo, assim, toda e qualquer distinção de natureza social, étnica, etária, sexual ou psíquica.” Deixando de ter barreiras, seja por classe, por modo ou por lucro, cultura é tudo aquilo que lançamos, deixamos ou submergimos de todo o nosso meio.

    [1] Indústria Cultural: A indústria cultural assim como toda indústria está atenta a custos, distribuição e retorno de lucros.
    http://www.infoescola.com

    Bibliografia:

    http://brasil.planetasaber.com
    Rebouças, Fernando. Indústria Cultural. http://www.infoescola.com
    Cultura. Um conceito antropológico - Roque de Barros Laraia / Rio de Janeiro / Zahar Editor / 19ª edição.
    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo. Martins Fontes, 2007

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  90. Nathana Dório Cravo Veloso

    Cultura é um termo com várias acepções , e é um complexo objeto de estudo e análise, mas há dois sentidos mais comuns para esse termo, que é o sentido em que cultura é vista como campo de conhecimento(cultura de massa) e há o sentido antropológico.No primeiro entende-se cultura como sinônimo de educação,entendimento de sua própria civilização ,arte, literatura; e vendo por este modo a cultura diferencia os indivíduos , nos que possuem cultura e estão dentro da cosmologia cultural e os que ficam à margem , mas cultura como campo de conhecimento também é um agente transformador, em que o indivíduo pode se tornar um homem com cultura como afirma Schwanitz ao dizer que” a cultura não é apenas um ideal, é um processo, um jogo social onde devemos jogar para nos tornar cada vez mais cultos” , e assim ele enumera dicas de como se tornar uma pessoa mais culta ao longo do seu livro: Cultura Geral-Tudo o que se deve saber. Já no segundo sentido a palavra cultura é vista como tudo que o homem produziu, como suas leis, crenças, linguagem, e para antropólogos como Roberto da Matta não há uma cultura melhor do que a outra, não existe essa hierarquização,por exemplo nós não podemos nos achar superior aos índios ianomâmi só porque eles possuem ritos que nós vemos como anormais, mas eles enxergam como algo normal. Fomos” treinados” desde bebês pelos nossos pais a seguir um certo tipo de regra da nossa sociedade e assim treinaremos nossos descendentes,como afirma Chauí” [...] as leis, os valores, as crenças, as práticas e instituições variam de formação social para formação social. Além disso, uma mesma sociedade, por ser temporal e histórica, passa por transformações culturais amplas e, sob esse aspecto, antropologia e História se completam, ainda que os ritmos temporais das várias sociedades não sejam os mesmos, algumas mudando mais lentamente e outras mais rapidamente.”
    As culturas mesmo sendo tão divergentes em certos pontos se complementam. O termo cultura é um processo de conhecimento que vem sendo modificado ao longo dos anos , se transformando e nos transformando.

    DadosBibliográficos:
    Napoleon Chagnon .Antropologia revista Veja março 2013
    Dietrich Schwanitz.Cultura geral-Tudo o que se deve saber
    Roberto da Matta.o que é cultura
    cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_24/demochaui.html

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  91. Em um mundo contemporâneo como o nosso, estudar cultura tem dois significados. O conceito geral, na qual citarei abaixo, e o conceito antropológico que tem a humanidade e seus povos como foco e estuda a cultura em cada caso, respeitando as diferenças entre elas.
    Na cultura geral, há uma “compreensão da própria civilização, obtida a partir de um minucioso estudo” escreveu Dietrich Schwanitz em Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. Dá-se como cultura as grandes obras literárias, de Antígona de Sófocles à Crime e Castigo de Dostoiévski. Assim como Mozart e Villa-Lobos na música, Michelangelo e Manet nas artes, Platão e Kant na filosofia. Ter cultura é ter um conhecimento nessas aréas, mesmo que não aprofundadas, mesmo que você não tenha lido todas as peças de Shakespeare, ou escutado a 9ª sinfonia de Beethoven, você ao menos tem que saber de que área cada um pertenceu. Porém, afirmo que o Cinema também é uma fonte de cultura. Especialmente o cinema pré-1970. Afinal, não podemos ignorar a criação dos irmãos Lumière (e saber quem são também é cultura) que revelou os grandes mestres das telas como Charles Chaplin e Alfred Hitchcock.
    Schwanitz afirma que para manter uma conversa “culta”, não basta apenas ter uma “troca de informação” e sim “um jogo de futebol, em que a pessoa que responde passa a bola para quem fez uma colocação”. Nesse caso, o autor quer dizer que uma pessoa que não leu Madame Bovary pode simplesmente rebater a bola e comentar sobre Orgulho e Preconceito.
    Cultura é o que você tem na bagagem. Os livros que você leu, as infinitas horas na biblioteca conhecendo um pouco de cada obra e sair de lá com três livros para se ler em uma semana. É ir a uma ópera assistir e Carmen, se emocionar com A Morte do Cisne. É assistir O Ditador de Chaplin e ver o significado por trás de todo o discurso final. É abrir uma discussão entre A Felicidade Não Se Compra e As Pontes de Waterloo. Ter cultura não significa ser arrogante e nariz empinado, mas é discutir com paixão o conhecimento que herdamos.
    Bibliografia:
    Schwanitz, Dietrich; Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo. Martins Fontes. 2007

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  92. Camila Zanirato Silva

    A definição do termo cultura é mais abrangente do que parece, podemos achar várias idéias a respeito desse termo. Podemos começar pela sua origem, que vem do latim colere e significa cultivar. “ Cultura: Conjunto de conhecimentos adquiridos (...) Conjunto das estruturas sociais” essa definição é a do site do dicionário Aurélio. A definição que aparece no dicionário é simples e também ideal para essa resposta, pois para qualquer pessoa sem nenhum aprofundamento desse tema diria que cultura é a característica de uma sociedade, um conjunto de comportamentos, de valores e crenças de um povo.
    De acordo com o antropólogo Edward Tylor “ Cultura é o todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade”. Tylor foi considerado o denominador do conceito moderno de cultura. Para ele cultura são conjuntos de comportamentos aprendidos, e de certo modo é a definição mais popular para esse termo. No livro: “ Cultura Um conceito antropológico” de Roque de Barros Laraia ele compartilha a idéia de Tylor que cultura é nosso comportamento adquirido, de tal forma que na primeira parte do livro em que os primeiros capítulos falam sobre determinismo biológico e geográfico ele mostra que a cultura é algo aprendido, e não tem relação com nossos genes, raças, ou com o local aonde vivemos, e sim com o que nós é ensinado. Qualquer pessoas pode se adaptar a outra cultura desde que ensinada.
    Diferentemente do conceito de Tylor, e do livro de Laraia, o livro: “ Cultura tudo o que se deve saber” de Dietrich Schwanitz trás a idéia de uma cultura de forma mais erudita.
    Diferentemente dos autores citados anteriormente que acreditam mais na cultura como conhecimento aprendido Schwanitz denomina como um conjunto desses conhecimentos. Ele idealiza de forma mais restrita e clássica a necessidade desses conjuntos,que vai além da denominação e do conhecimento popular. “ Cultura é a familiaridade com os traços principais da historia de nossa civilização, com as grandes teorias da filosofia e da ciência, bem como as formas lingüísticas e as principais obras de arte, da música e da literatura.” Ele destaca uma separação entre quem consegue manter uma conversa culta sem ser desagradável, e a partir daí os indivíduos são separados entre os integrados e os marginalizados como ele se refere.
    Mas parece ser uma idéia um tanto radical se pensarmos que se estamos falando de cultura e vimos que é um conjuntos de comportamentos distintos, como duas pessoas de culturas diferentes podem manter uma conversar ‘culta’ se provavelmente eles conheceram as coisas e descobriram o mundo com um olhar diferente. Temos a mania de achar que tudo que não é da nossa cultura é o exótico, o diferente, e que o nosso é o certo. E caso a conversa tome rumos desagradáveis como podemos dizer quem é o culto ou não da conversa?
    Cultura não é só o olhar clássico diante das artes, arquitetura e músicas, é tudo o que aprendemos e vivemos, é aquilo que as pessoas próximas a nós nos ensinam geração pós geração. É aquilo que nos ensinaremos para o próximos, mas como o termo cultura esta sempre sofrendo alterações as culturas também se modificam com o tempo.


    Referências Bibliográficas

    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
    LARAIA, Roque de Barros. Cultura um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 19ª edição.
    http://www.dicionariodoaurelio.com/Cultura.html
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
    http://www.grupoescolar.com/pesquisa/cultura-um-conceito-antropologico.html

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  94. Hugo Fernandes Costa

    Cultura numa visão geral é o que define uma sociedade, o que te faz enquadrado em um determinado país ou região (pensamento ligado a corrente territorialista), é algo sobre o qual, sem sombra de duvida pode-se olvidar quem pensa sobre o que é cultura, é o ser humano em sociedade e o que o liga, ou faz sentir, vinculado a esse conjunto de pessoas que se relacionam.
    Cultura está intimamente ligada ao Poder, como relaciona Dietrich Schwanitz, em sua obra em tela, é sobre a luz desse conjunto de códigos de informações que faz da cultura um poder. Bem, mas passemos a observar a cultura.
    Cultura está intimamente ligada a dialética de sociedade e conceito, pois não consigo observar cultura sem que haja uma sociedade para que, os indivíduos dentro dela possam buscar uma forma de compreensão e assim criando construções interpretativas para tudo. O ser humano como em estado de fome, busca e encontra uma forma de conceituar uma coisa, no seu vetor de visão sobre ela, influenciado pelo meio social que ele vive, que ao meu ver, passa a criar códigos, não tendo um tempo certo sobre o espaço para que se possa dizer onde e como surgiu, é um construção temporal, e além do mais, é o código capaz de se sustentar por tempos se infiltrar em diferentes aglomerações sociais, é com ele que se faz a cultura.

    SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo. Martins Fontes, 2007

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  95. Nome: Danielle de Paula Andrade
    O que é Cultura?
    Denomina-se cultura a compreensão da própria civilização, obtida a partir de um minucioso estudo. Se o conjunto dos conhecimentos fosse uma pessoa, seu nome seria cultura .Cultura é a Familiaridade com os traços principais da historia de nossa civilização,com as grandes teorias da filosofia e da ciência,bem como as formas linguísticas e as principais obras de arte,da musica e da literatura.Cultura é a capacidade de manter uma conversa com pessoas cultas,sem produzir uma impressão desagradável ;está voltada ao ideal de formação geral de personalidade,em contraposição a formação profissional e pratica dos especialista. Entretanto ,se considerarmos a realidade social,constataremos que a cultura não é apenas um ideal ,um processo,um estado ,mas também um jogo social .O objetivo desse jogo é simples:Parecer culto,e não o contrario .Porém o jogo da cultura tem a suas regras ,e quem não o tiver praticado desde a infância terá posteriormente dificuldade para aprende las. Por que? Porque já é preciso conhecê-las para poder pratica las. Porque o jogo da cultura é um’’ jogo de suposições ‘’ nas relações sociais ,cada um supõe que o outro é culto ,e o outro,por sua vez,supõe que é tido por culto . Portanto o saber cultural não se compõe fundamentalmente de meras informações .Ao contrario,como no caso de um jogador de xadrez,há uma mistura de regras informações e visão geral do tamanho do campo de jogo,bem como do numero de peças e de seu valor.A partir disso,o participante do jogo da cultura pode recordar o que esqueceu,e ,apesar dos conhecimentos falhos, sua capacidade de jogar permanece intacta. Mas a cultura literária apresenta certas característica insidiosa:Não se pode obrigar ninguém a ler .Ler tem que ser um ato voluntário.Nesse sentido,a literatura,é como o amor: deve seduzir-nos a leitura.Ler porque é preciso significa o mesmo que torna o amor uma obrigaçao conjugal. No jogo da cultura,a filosofia aparece apenas como pano de fundo como uma especial de caixa de ressonância para aquilo que chamamos de panorama teórico atual. Portanto quem não gosta de ler deveria refletir seriamente se não valeria a pena vencer essa falta de vontade,pois,caso contrario não terá acesso aos caldeiros da cultura,bem como a remunerações melhores.Essa pessoa deveria encarar esse treino como uma espécie de exercício para manter a mente em forma .A leitura torna-se então algo a que todos os dias dedicamos uma parte do nosso tempo,ate que por sim ,tenhamos adquirido o habito .Em todo o jornal que se preze há um sessão dedicada a cultura,o chamado suplemente cultural ou folhetim .Quem está interessado no mundo dos livros ,da literatura e a ciência deve escolher um jornal diário ou um periódico semanal que possua um bom suplemento cultural. É culto quem participa da comunicação publica,que atualmente é internacional.Isso dividi a sociedade em duas classes:A das pessoas que tomam parte na comunicação internacional e das que se limitam ao horizonte de usa cidade .Por isso,aquele que recentemente para o pais da cultura deveria tentar-se familiarizar com os costumes nele cultivados e saber quais são as províncias a serem evitadas ou caso já as conheça muito bem esconder cautelosamente esse conhecimento Somente é culto aquele que consegue ordenar o seu próprio saber.porém não se trata de um confronto direto entre saber e não saber .Em outras palavras ,a cultura também é uma esfera que influencia com intensidade diferente a ascensão social ,de ambos os sexos o que posteriormente se converte em uma das causas mais inadvertida dos conflitos entre os casais. Cultura inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem.
    Referências: SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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  96. Nome: Adriana de Souza
    O que é cultura?
    A palavra cultura significa cultivar, vem do latim Colere.A cultura é todo um complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes, e todos os hábitos e aptidões.
    Poderíamos simplesmente nos conformar com esta definição, mas é muito mais complexo. A cultura forma um povo que absorve e compartilha experiências, ela tem um mecanismo cumulativo, ela traz as modificações de uma geração para geração seguinte, onde vai se transformando, perdendo, e incorporando aspectos novos para melhorar a vivência de um povo. Existem outros conceitos mais racionais que definem cultura como um bem patrimonial, como o artigo da Constituição da República Federativa do Brasil CF/88 onde fala o seguinte sobre cultura:¨Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto portadores de referencias a identidade ,a ação, á memória, dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I- as formas de expressão,II- os modos de criar,III-as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV-as obras e objetos,documentos,edificações e demais espaços destinados a manifestações artísticos-culturais;V- os conjuntos urbanos e sítios de valor históricos,paisagistico,artístico,arqueológico,ecológico e científico (Brasil 2005,p.80).Ainda na Antropologia, a cultura formula idéias,valores, estética,língua,religião e arte. Estes aspectos são considerados onde houver sociedade humana. A cultura e a arte são muitas vezes confundidas, a arte é uma forma de expressão da cultura e a cultura é muito maior engloba um todo. Ela está ligada a uma construção social. Podemos entender assim que qualquer pessoa é culta, independente do seu grau de instrução ,pois ela já traz consigo uma bagagem de experiência e conhecimento que foram adquiridos e absorvidos com o passar do tempo.

    Referencias: www.google-Michelli Franzone Tese de Doutorado
    www.google-Constituição da República Federal do Brasil CF/88 Brasil 2005 p.88
    www.significados.com

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  97. O que é cultura ?
    Um conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou o comportamento natural. É uma atitude de interpretação pessoal e coerente da realidade, destinada a posições suscetíveis de valor íntimo, argumentação e aperfeiçoamento. Além dessa condição pessoal, cultura envolve sempre uma exigência global e uma justificação satisfatória, sobretudo para o próprio. Podemos dizer que há cultura quando essa interpretação pessoal e global se liga a um esforço de informação no sentido de aprofundar a posição adotada de modo a poder intervir em debates. Essa dimensão pessoal da cultura, como síntese ou atitude interior, é indispensável.
    Cultura também é definida em ciências sociais como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade. Seria a herança social da humanidade ou ainda de forma específica, uma determinada variante da herança social. Já em biologia a cultura é uma criação especial de organismos para fins determinados.
    A principal característica da cultura é o mecanismo adaptativo que é a capacidade, que os indivíduos tem de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais até que possivelmente uma evolução biológica. A cultura é também um mecanismo cumulativo porque as modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte, onde vai se transformando perdendo e incorporando outros aspetos procurando assim melhorar a vivência das novas gerações.
    Ou seja a cultura é um conceito que está sempre em desenvolvimento, pois com o passar do tempo ela é influenciada por novas maneiras de pensar inerentes ao desenvolvimento do ser humano e o que define as sociedades.

    Referencias :SCHWANITZ, Dietrich. Cultura Geral: Tudo o que se deve saber. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura

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  98. Lydiane Assis Olivato

    O que é cultura?
    Cultura são todas as formas de vida e de expressão de uma sociedade determinada.Como tal inclui costumes, práticas, códigos, normas e regras da maneira de ser, vestir-se, religião, rituais, normas de comportamento e sistemas de crenças. De outro ponto de vista poderíamos dizer que cultura é toda a informação e habilidade que possui o ser humano que resultam úteis para sua vida cotidiana.
    Como as sociedades estão profundamente divididas é fácil entender que a Cultura delas só podia mesmo ser contraditória. Por isso, temos, na verdade, diferentes culturas numa mesma sociedade.
    A Cultura dos “de cima“ se orgulha de proporcionar aos seus admiradores obras que os “de baixo” nem sempre entendem. A erudição alcançada por muitos intelectuais e artistas, cientistas e políticos tradicionais merece respeito. Porém paga um preço alto por fixar-se freqüentemente em si mesma, limitando-se aos horizontes elitistas da classe dominante.
    Já se comprovou historicamente que, nos poucos momentos em que se abriu para o aproveitamento cultural das criações das camadas populares, surgiram obras de arte extraordinariamente significativas, como, por exemplo, na França e na Itália do Renascimento. Os leitores do padre bilontra François Rabelais nunca hão de esquecer as histórias da família de gigantes que ele inventou.
    No Brasil, as coisas caminham devagar. Quando as mudanças se tornam imperativamente necessárias, elas vão se fazendo, mas tudo em ritmo lento. Entre os intelectuais ainda se encontram manifestações de desinteresse e desprezo pelos pontos fortes da cultura popular. Mesmo democratas se descuidam e deixam transparecer preconceitos em relação à Cultura dos “outros”.
    Os “de cima” deveriam levar em conta a dificuldade que os “de baixo” têm para entendê-los, porém deveriam prestar atenção também na suas próprias dificuldades para entender o que se passa na esfera deles, os “de cima”.
    Até certo ponto é bom que os homens acreditem nos valores da cultura particular em que foram criados. É saudável que tenham valores e convicções. O perigo está em exagerarem nas suas crenças e se esquivarem ao diálogo com os outros. Não é raro perceber entre os membros das camadas mais pobres na população certa dificuldade para compreenderem a linguagem dos “ricos”.
    Mesmo quando se trata de “ricos progressistas”, os “pobres” têm uma sensação de “estranheza” ao ouví-los criticar o “povo” e fazer sugestões para a ação política das camadas populares.
    Um conceito filosoficamente essencial, tal como é desenvolvido pelos intelectuais – o conceito de tempo – representa experiências distintas quando aparece na perspectiva de uns ou transparece na perspectiva dos outros.
    Quando um intelectual de esquerda, subjetivamente disposto a dialogar com o “povo”, fala em tempo histórico, ele freqüentemente manifesta certa impaciência ética que os trabalhadores não têm espaço para cultivar, em suas usuais condições de vida.
    Quando os trabalhadores falam em paciência, eles não estão necessariamente capitulando diante da resignação. O tempo que lhes é imposto exige deles uma capacidade de suportar a pressão, reagindo da forma que lhes parece possível.

    Referências Bibliográficas:
    http://pt.wikiquote.org/wiki/Cultura
    http://laurocampos.org.br/2008/06/o-que-e-a-cultura/

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  99. Transcendendo o sentido popularmente usado como campo de conhecimento, e levando em conta que não existe um consenso concreto sobre o conceito da palavra, pode-se dizer que cultura, tomando como base alguns autores, é:
    Um complexo de padrões de uma sociedade, e suas relações entre si, e com os indivíduos. Padrões esses que abrangem todas as produções do ser humano, desde a arte e a linguagem, até os costumes, o comportamento, as crenças e as instituições, e que são cultivados pela sociedade, e socialmente transmitidos servindo como adaptação para as comunidades estabelecerem uma organização social.
    Pode-se também interpretar como um código pelo qual as pessoas de um certo grupo agem e pela maneira como elas pensam e usam o poder de modificar o mundo e elas mesmas. Esse código provém de uma série de aprendizados, chamado de endoculturação, onde, diferentemente do que antigas pesquisas afirmavam, a cultura não surge a partir de fatores biológicos, como a diversidade genética, por exemplo, mas sim pelo meio onde o homem foi socializado. Ou seja, a partir da adaptação do homem e da comunidade a diferentes ambientes, e de um processo de acumulação de conhecimento. Por isso, pode-se dizer que o homem é na verdade marcado e fundamentado pela cultura.
    Assim podemos dizer que cultura é o que organiza e desenvolve as relações individuo e sociedade. É como um receituário que permite uma leitura de uma sociedade e que revela como ela deve ser classificada; é uma “lente pela qual o homem vê o mundo”.

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    Referências:
    Cultura geral – Tudo o que se deve saber – Dietrich Schwanitz
    Você tem cultura? – Roberto da Matta
    Dicionário Aurélio da Língua portuguesa

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